sábado, 25 de janeiro de 2014

Sonda espacial 'acorda' para missão de pousar em cometa


"Rosetta é uma missão única - tecnologicamente, cientificamente, e filosoficamente, porque os cometas podem estar na origem de quem nós somos", disse o diretor geral da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), Jean-Jacques Dordain.

 Foto: BBCBrasil.comO lançamento da sonda espacial Rosetta, há 10 anos, foi o pontapé de uma jornada épica, o início da primeira tentativa de um encontro com um cometa em movimento.

O cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, uma massa gigante formada por gelo e pedra que se move rapidamente pelo espaço, é o alvo de uma das missões mais arriscadas já feitas.

O satélite, que passou os últimos dois anos e meio viajando pelo espaço em estado de profunda hibernação para guardar energia, está previsto para 'acordar' nesta segunda-feira e enviar um sinal para a Terra.

A reativação da Rosetta acontecerá a cerca de 800 milhões de quilômetros de distância da Terra, próximo a órbita do planeta Júpiter. previsão do grande encontro com o cometa é para agosto deste ano, e, quando isso ocorrer, terá início a fase mais difícil da missão.

A Rosetta deverá lançar um módulo de aterrissagem, o Philae, sobre o cometa em novembro.

O plano é de que o satélite siga o cometa conforme este se aproxima do Sol, monitorando as mudanças que ocorrem no corpo celeste através das informações enviadas pelo Philae da superfície.

Se der certo, a missão permitirá que cientistas tenham um olhar sem precedentes sobre um dos objetos mais antigos do sistema solar.

Acredita-se que o corpo celeste seja um remanescente original da época do surgimento do sistema solar, há 4,6 bilhões de anos, e possa dar pistas sobre a aparição da água e da vida na Terra.


Nasa lança satélite de comunicações usado para dar suporte à ISS

A Nasa lançou na noite dessa quinta-feira do Cabo Canaveral, na Flórida, um novo satélite de comunicações, usado para dar suporte à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) e ao telescópio Hubble, entre outros, de acordo com informações da agência AP.

O sistema TDRS fica a uma altura de quase 36 mil quilômetros de altura, em várias localidades ao longo da linha do Equador, e permite a comunicação entre a ISS e seus seis habitantes. O sistema é tão importante que é considerado um patrimônio nacional.
Um programa espacial moderno, envolvendo astronautas, seria muito difícil, se não impossível, sem a cobertura providenciada pelos satélites TDRS, de acordo com Badri Younes, administrador da Nasa para comunicações e navegação espaciais.

Nasa tenta explicar pedra que "surgiu" em frente a sonda em Marte

 Imagem à esquerda mostra a rocha. Dias antes, na fotografia da direita, o objeto não aparecia Foto: Nasa / Divulgação



Especialistas dizem estar "completamente confusos" com uma rocha que apareceu misteriosamente em uma imagem da sonda Opportunity, em Marte. Uma fotografia tirada do mesmo ponto dias antes não mostrava a pequena pedra.

"Nós vimos essa rocha simplesmente parada ali. Parece branca nos extremos e no meio parece ter uma depressão que é vermelha e escura - lembra uma rosquinha de geleia", diz o cientista Steve Squyres, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) da Nasa.

Segundo o jornal britânico Independent, a sonda está parada há dias no mesmo ponto devido ao tempo ruim em Marte, portanto fez muitas fotos no local. As imagens - a que mostra e a que não mostra a rocha - têm 12 dias marcianos de diferença. Segundo Squyres, a sonda não passou por cima do ponto no qual a pedra apareceu.​
A equipe, afirma o cientista, tem duas teorias para a origem do objeto: ele foi levado até ali pela colisão de um meteoro no solo marciano ou foi jogado pelo movimento das rodas da sonda. "Nós dirigimos um metro ou dois dali, então acho que a ideia de que uma roda misteriosamente jogou a pedra é a melhor explicação", diz Squyres.

A rocha, contudo, voltou a surpreender os cientistas quando eles analisaram ela. "Nós tiramos fotos tanto da parte da 'rosquinha' quanto da 'geleia' e conseguimos os primeiros dados da composição da 'geleia' ontem. Não é parecido com nada que nós vimos antes. Tem uma grande quantidade de enxofre, uma grande quantidade de magnésio e duas vezes mais manganês do que nós vimos em qualquer outra coisa em Marte."

"Eu não sei o que isso significa. Estamos completamente confusos, e todos no time estão brigando e discutindo", diz o cientista. "A beleza desta missão... eu notei que ela nunca será completada. Sempre haverá algo atormentador, algo maravilhoso além do nosso alcance, que nós não conseguiremos alcançar - e essa é a natureza da exploração", diz Squyres, que participou de um evento sobre os 10 anos da sonda.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Buraco negro deve devorar nuvem de gás, sua 'maior refeição' em séculos

Astrônomos estão se preparando para observar o fenômeno de um buraco negro engolindo uma nuvem de gás dentro da Via Láctea.
A expectativa dos cientistas é de que "fogos de artifício" sejam observados no processo.
O fenômeno deve acontecer a partir do mês de março, segundo cientistas que participam de um encontro da Sociedade Americana de Astronomia, em Washington.
O fenômeno será capturado por um telescópio da missão Swift, da Nasa, e transmitido para o público em geral pela internet.
"Esta pode ser a maior 'refeição' deste buraco negro em centenas de anos", disse Leo Meyer, da Universidade da Califórnia. "Isso pode provocar 'fogos de artifício' - e queremos que todos consigam ver isso."
"Todos querem ver isso acontecer, porque é muito raro", disse Nathalie Degenaar, da missão Swift.
A nuvem de gás tem três vezes a massa da Terra. Ela foi observada pela primeira vez em 2011, rumando em direção ao buraco negro Sagittarius A*.

Empresa de turismo espacial faz 3º voo de teste

A Virgin Galactic realizou na sexta-feira seu terceiro voo-teste com a SpaceShipTwo, aeronave que levará turistas ao espaço ainda neste ano. A empresa do bilionário britânico Richard Branson afirmou que o teste supersônico com propulsão de foguete foi completamente bem sucedido.

A SpaceShipTwo decolou acoplada a um avião de carga que o transportou até uma altitude de 46 mil pés (14 mil metros), quando a espaçonave foi desacoplada e a propulsão de foguete acionada, catapultando a SpaceShipTwo a 71 mil pés (21 mil metros) – a maior distancia já atingida nos testes até agora. A velocidade atingiu 1.4 Mach (cerca de 1.700 km/h).

O voo serviu para testar dois sistemas importantes. O primeiro é o controle do piloto no espaço, para melhorar a visão que os turistas terão da Terra, além de melhorar o processo de retorno à atmosfera. O segundo é a proteção antitérmica para manter a temperatura agradável enquanto o foguete está em ação.

Com o teste, Branson afirmou que a empresa está a caminho de iniciar as viagens turísticas suborbitais em 2014. A experiência exclusiva tem um custo por passagem de US$ 250 mil. Cerca de 630 pessoas já fizeram a reserva e a empresa arrecadou mais de US$ 80 milhões em depósitos.

Mostra nos EUA traz o "olhar" das sondas em Marte

 

Uma exposição no Museu do Ar e do Espaço em Washington reúne 50 impressionantes imagens de Marte colhidas pelos robôs Spirit e Opportunity, enviados ao planeta em 2003.

As imagens, além de retratarem cenários impressionantes, também servem para acompanhar a evolução do Planeta Vermelho.

Em muitas delas, aparecem formações rochosas que contêm água, além de outras evidências que, um dia, poderão revelar se realmente houve vida em Marte.




'Frutas' encontradas em Marte indicam existência de vida microbiana

A descoberta de agrupamentos de "frutas" em Marte foi noticiada há uma década e forneceu alguns dos primeiros indícios de que existiria água em estado líquido no Planeta Vermelho - pelo menos em algum momento de sua história. Agora, uma imagem feita por uma das sondas na Nasa, a agência espacial americana, evidencia, em close, que essas esferas ainda existem - e estão embutidas em rochas marcianas como mirtilo (blueberry) em um bolo. A imagem, divulgada neste início de 2014, faz parte das 50 melhores fotografias feitas pelos robôs Spirit e Opportunity reunidas em uma exposição no Museu do Ar e Espaço do Instituto Smithsoniano, nos Estados Unidos.
A Opportunity encontrou esse conjunto de "mirtilo" na cratera Eagle, onde aterrissou em 24 de janeiro de 2004 e logo analisou a composição com seus espectrômetros. Teorias anteriores sugeriam que esses "frutos" foram criados por simples reações químicas, sem contribuição de qualquer forma de vida. No entanto, pesquisadores descobriram no ano passado que havia evidência da participação de vida microbiana na formação desses elementos. Essa descoberta levantou a possibilidade the que os blueberries marcianos podem não apenas revelar que havia água em Marte - mas também que um dia existiu vida microscópica.

A exposição comemorativa aos 10 anos das sondas Spirit e Opportunity em Marte foi organizada por cientistas que participaram da missão e está aberta ao público em Washington, D.C. Além das imagens de "frutas", a mostra conta ainda com imagens em grande escala de crateras, montanhas, dunas, nuvens de poeira, meteoritos, formações rochosas e também o pôr do sol marciano - que tinge o céu em tons de azul, ao contrários da paleta de cores vermelha que ilumina o firmamento terráqueo.

Cientistas japoneses desenvolvem novo método para limpar lixo espacial

Cientistas japoneses vão testar em fevereiro um novo método para limpar a órbita terrestre do lixo espacial, atraindo-o magneticamente à atmosfera para que ele se desintegre.
Os pesquisadores da agência espacial japonesa (Jaxa) anunciaram nesta quinta-feira que desenvolveram uma espécie de cabo encapado com aço inoxidável e alumínio. O princípio do mecanismo consiste em atar o cabo a um dos milhares de destroços que flutuam no espaço, ao redor da Terra, para atraí-los magneticamente à atmosfera.
Os cientistas esperam que a eletricidade gerada pelo cabo, enquanto gira pelo campo magnético da Terra, diminua a velocidade dos resíduos, levando-os a órbitas cada vez mais baixas em cada volta ao redor do planeta, até que entrem na atmosfera e sejam destruídos.
Masahiro Nohmi, professor da Universidade Kagawa que trabalha com a Jaxa, anunciou que o lançamento de um satélite equipado com o cabo, e desenvolvido pela universidade, está previsto para o dia 28 de fevereiro.
"Temos dois objetivos neste primeiro teste: lançar na órbita um cabo de 300 metros e observar a transferência de eletricidade", explicou. O cabo só entrará realmente em contato com os resíduos espaciais em testes futuros.
Uma porta-voz da Jaxa anunciou que a agência lançará sua própria corda em 2015.
Há estimativas de que mais de 20.000 objetivos de todo tipo giram ao redor da Terra, a uma altitude de 800 a 1.400 quilômetros.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Estudos descobrem que 2 exoplanetas estão cobertos de nuvens

Pesquisas divulgadas na revista especializada Nature na terça-feira descobriram que dois planetas fora do Sistema Solar estão envoltos em nuvens. Contudo, os cientistas acreditam que as nuvens desses corpos não tem nada em comum com as da Terra.

Um dos exoplanetas, um pouco maior que a Terra, é chamado de GJ 1214b. Em 2010, cientistas tentaram descobrir a composição da atmosfera do corpo quando ele passou em frente a sua estrela. Contudo, eles não conseguiram registrar nada.
Isso poderia significar duas coisas: que a atmosfera dessa "superTerra" é composta basicamente de moléculas mais pesadas, como água, ao invés de hidrogênio. Isso significaria que a atmosfera seria densa e comprimida, fina demais para ser registrada pelos telescópios. A outra possibilidade era de que nuvens bloqueassem o registro.

Um time liderado por Laura Kreidberg, da Universidade de Chicago, usou o telescópio Hubble para registrar 15 passagens de GJ 1214b em frente a sua estrela no espectro do infravermelho próximo. Isso gerou dados suficientes para indicar que o planeta não tem uma atmosfera rica em água. Sobram as nuvens como explicação.​
As nuvens, contudo, não são nada parecidas com as da Terra. Devido à temperatura e pressão em GJ 1214b, elas devem ser compostas de sulfureto de zinco ou cloreto de potássio. "É a primeira vez que conseguimos caracterizar a atmosfera de um exoplaneta menor que Netuno", diz Laura.

Um estudo muito similar - também utilizando o Hubble -, liderado por Heather Knutson do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), descobriu que GJ 436b, um exoplaneta de tamanho similar ao de Netuno, também é coberto de nuvens.

Projeto que quer colonizar Marte seleciona primeiros 1 mil candidatos

O projeto de um empresário holandês para colonizar Marte selecionou seus primeiros 1.058 candidatos, que passaram à próxima fase de seleção que pretende levar homens e mulheres para viverem e morrerem no planeta vermelho. O objetivo do projeto é levar grupos de quatro pessoas a Marte a partir de 2023.

Mais de 200 mil pessoas se candidataram a uma vaga até o fim das inscrições, em 31 de agosto, e a única exigência era ser maior de 18 anos. Dos selecionados, 297 são dos Estados Unidos, 75 são do Canadá, 62 são da Índia e 52 são da Rússia. Ao todo, foram selecionados candidatos de 107 países diferentes.
A pessoa mais velha selecionada tem 81 anos - 357 candidatos têm menos de 25 anos, 415 têm entre 26 e 35 e 26 pessoas têm mais de 56 anos. Cerca de 55% dos selecionados são homens. Do total, 77% têm empregos e 15% são estudantes.

"As próximas fases de seleção, em 2014 e 2015, incluirão testes rigorosos, muitos em grupo, com foco em examinar as capacidades físicas e emocionais de nossos candidatos", disse o chefe médico do projeto Mars One, Norbert Kraft.

O projeto enfrenta muito ceticismo, mas entre seus apoiadores está o Nobel holandês Gerard't Hooft, ganhador do prêmio de Física em 1999, que aparece em um vídeo promovendo a Mars One no site de financiamento coletivo Indiegogo.

Até agora, as agências espaciais ao redor do mundo só conseguiram enviar sondas robóticas a Marte, sendo a última a Curiosity, da Nasa, estimada em US$ 2,5 bilhões, e que pousou no planeta vermelho em agosto de 2012. Se for bem sucedida, a Mars One será a primeira iniciativa privada, tripulada ou não tripulada, a explorar outro planeta.

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