quarta-feira, 19 de março de 2014

Pesquisa: Terra foi atingida por impacto duplo de asteroides

Nós todos já vimos filmes em que asteróides se movem rapidamente em direção à Terra, ameaçando sua civilização.

Mas o que é menos conhecido é que às vezes essas rochas espaciais ameaçadoras se movimentam em pares.

Pesquisadores delinearam algumas das melhores evidências até hoje de um impacto duplo, em que um asteroide e sua lua aparentemente atingiram a Terra um atrás do outro.

Usando minúsculos fósseis de plâncton, eles estabeleceram que crateras vizinhas na Suécia são da mesma idade - 458 milhões de anos de idade.

No entanto, outros cientistas alertaram que crateras aparentemente contemporâneas poderiam ter sido formada com semanas, meses ou mesmo anos de intervalo.

Detalhes do trabalho foram apresentados na 45ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária em Woodlands, no Texas, e os resultados devem ser divulgados na publicação científica Meteoritics and Planetary Science Journal.

Lockne e Malingen
Segundo Jens Ormo, pesquisador do Centro de Astrobiologia de Madri, na Espanha, um punhado de possíveis impactos duplos na Terra já são conhecidos, mas há divergências sobre a precisão das datas atribuídas a estas crateras.

"Crateras de impacto duplo devem ser da mesma idade, caso contrário, poderiam ser apenas duas crateras localizadas uma ao lado da outra",

Ormo e seus colegas estudaram duas crateras chamadas Lockne e Malingen, que se encontram cerca de 16 quilômetros de distância uma da outra no norte da Suécia. Medindo cerca de 7,5 km de largura, Lockne é a maior das duas estruturas. Malingen, localizada mais ao sudoeste, é cerca de 10 vezes menor.

Acredita-se que os asteroides binários são formados quando um asteroide formado por um grande grupo de rochas começa a girar tão rápido sob a influência da luz solar que uma pedra solta é jogada para fora do seu eixo e forma uma pequena lua.

Observações feitas com telescópio sugerem que cerca de 15% dos asteroides próximos da Terra são binários, mas é provável que a porcentagem de crateras formadas por impacto na Terra seja menor.

Apenas uma fração dos binários que atingem a Terra terá a separação necessária entre o asteroide e sua lua para produzir crateras separadas (aqueles que estão muito próximos a suas luas formarão estruturas sobrepostas).

Os cálculos sugerem que cerca de 3% de crateras formadas por impacto na Terra devem ser duplas - um número que está de acordo com o número já identificado pelos pesquisadores.

As características geológicas pouco comuns tanto de Lockne como de Malingen são conhecidas desde a primeira metade do século 20. Mas foi apenas nos anos 1990 que Lockne foi reconhecida como uma cratera formada por um impacto.
Nos últimos anos, Ormo perfurou cerca de 145 metros na cratera Malingen, passando pelo sedimento que a preenche, por pedra britada, conhecida como brechas, e atingindo a pedra intacta no fundo.

Análises das brechas revelaram a presença de uma forma do mineral quartzo, que é criado sob pressões intensas e está associado com o impacto de asteróides.

Esta área era coberta por um mar raso no momento do impacto que formou Lockne, então sedimentos marinhos teriam preenchido imediatamente qualquer cratera formada por impacto no local.

A equipe de Ormo estabelecida para datar a estrutura Malingen usou minúsculos animais marinhos fossilizados chamados chitinozoas, que são encontrados em rochas sedimentares no local.

Eles usaram um método conhecido como biostratigrafia, que permite que geólogos atribuam idades relativas a rochas com base nos tipos de criaturas fósseis encontradas dentro delas.

Os resultados revelaram que a estrutura Malingen era da mesma idade que Lockne - cerca de 458 milhões anos de idade. Isto parece confirmar que a área foi atingida por um impacto duplo de asteroides durante o período Ordoviciano, da era Paleozoica.

Evidências convincentes
Gareth Collins, que estuda crateras formadas por impacto no Imperial College de Londres, e não estava envolvido na pesquisa, disse à BBC: "Com falta de testemunha dos impactos, é impossível provar que duas crateras próximas foram formadas simultaneamente."

"Mas a evidência neste caso é muito convincente. Sua proximidade no espaço e estimativas consistentes de idade tornam bastante provável um impacto binário."

As simulações sugerem que o asteróide que criou a cratera de Lockne tinha cerca de 600 m de diâmetro, enquanto o que esculpiu Malingen tinha cerca de 250m. Estas medições são um pouco maiores do que pode ser sugerido pelas suas crateras por causa dos mecanismos de impactos em ambientes marinhos.

Ormo acrescentou que a distância entre Malingen e Lockne está de acordo com a teoria de que elas teriam sido criadas por um binário. Como mencionado, se duas rochas espaciais estão muito próximas, suas crateras se sobrepõem. Mas para se qualificar como uma dupla, as crateras não podem estar muito longe, porque elas vão exceder a distância máxima em que um asteróide e sua lua podem ficar vinculados por forças gravitacionais.

"O asteroide formador de Lockne era grande o suficiente para gerar uma abertura na atmosfera acima do local de impacto", disse Ormo.

Isso pode fazer com que o material do asteroide se espalhe ao redor do globo, como aconteceu durante o enorme impacto que formou a cratera de Chicxulub, que muitos acreditam ter matado os dinossauros, há 66 milhões de anos.

O evento ordoviciano não foi potente o suficiente para que o material fosse espalhado, já que teria sido muito diluído na atmosfera. Mas o impacto pode ter tido efeitos locais, como por exemplo, ter vaporizado instantaneamente qualquer criatura do mar que estivesse nadando nas proximidades.

Outros crateras que podem ter sido formadas por um impacto duplo incluem Clearwater Ocidental e Oriental em Quebec, Canadá; Kamensk e Gusev no sul da Rússia, e Ries e Stenheim no sul da Alemanha.

domingo, 16 de março de 2014

Nave espacial com russos e americano aterrissa em segurança

agência especial americana NASA afirmou no final de segunda-feira (início de terça-feira no Brasil) que uma cápsula da nave espacial russa Soyuz com uma tripulação formada por russos e americanos aterrissou em segurança nas estepes do Cazaquistão. A nave passou seis meses em órbita na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A agência afirmou em uma transmissão ao vivo que a cápsula - que trazia a bordo o americano Mike Hopkins e os russos Oleg Kotov e Sergey Ryazanskiy - aterrissou ao sudeste da cidade de Dzhezkazgan por volta da 0h24 (horário de Brasília), após passar 166 dias no espaço. 

A TV da NASA mostrou a cápsula descendo vagarosamente com um paraquedas em meio às estepes cobertas de neve do Cazaquistão. Veículos russos de busca e resgate removeram rapidamente a equipe do local. Ao longo da descida, as equipes de resgate mantiveram contato com a tripulação e afirmaram que os russos e o americano estão bem. 

Inicialmente, foi informado o adiamento do retorno da Soyuz para quarta-feira devido às condições do tempo no Cazaquistão, mas, em um último momento, as autoridades espaciais russas decidiram efetuar a aterrissagem na data programada.

A bordo da ISS ficaram três tripulantes: o russo Mikhail Tyurin, o americano Ric Mastracchio e o japonês Koichi Wakata. A Estação Espacial Internacional, um projeto de mais de US$ 100 bilhões do qual participam 16 país, está em órbita a cerca de 400 quilômetros de distância da Terra.
Noticia do dia 11(onze) de março!

domingo, 2 de março de 2014

Japão lança satélite para monitorar a chuva em todo planeta

A agência espacial japonesa lançou com sucesso nesta sexta-feira um foguete transportando um satélite meteorológico, cuja finalidade é monitorar com maior precisão a precipitação de chuva em quase todo planeta, o que pode ajudar os cientistas na prevenção de tempestades.

O foguete H2A foi lançado do Centro Espacial de Tanegashima, no sul do país, às 3h37 do horário local, de acordo com a Agência de Exploração Espacial do Japão (Jaxa, na sigla em inglês). O satélite foi liberado após 16 minutos de voo do foguete, a uma altura de 400 quilômetros.

O satélite foi desenvolvido em conjunto com os Estados Unidos. Atualmente, os pesquisadores podem obter dados detalhados sobre a chuva somente acima da linha do Equador, apesar da grande quantidade de imagens fornecidas pelos radares em órbita. O novo satélite deve oferecer informações sobre 90% da superfície terrestre, utilizando também dados coletados por outros satélites já existentes.

Os dados obtidos serão compartilhados globalmente e deverão ajudar na previsão do curso e desenvolvimento de tufões e tempestades.

Nasa anuncia descoberta de 715 novos planetas

A NASA anunciou nesta quarta-feira, 26, uma série de novos planetas descobertos pelo telescópio Kepler. Um novo método de verificação de potenciais planetas levou à descoberta de 715 novos mundos, que orbitam 305 estrelas diferentes. A missão do telescópio é encontrar estrelas semelhantes à Terra.
"Nós praticamente dobramos o número de planetas conhecidos", explicou Jack Lissauer, cientista da agência. O índice chegou a cerca de 1.700.

Não existem muitas informações sobre esses planetas, principalmente se eles realmente têm as condições necessárias para o surgimento da vida - água, superfície rochosa e uma distância de suas estrelas que os mantenha na temperatura ideal.

Cinco deles estão na zona habitável de suas estrelas e têm um tamanho semelhante ao da Terra, informou a NASA.

A maioria das novas descobertas está em um "sistema multi-planetário parecido com o nosso", e 95% tem um tamanho entre o da Terra e o de Netuno, que é quatro vezes maior do que o nosso planeta. novo método consiste em uma ferramenta que permite analisar diversos planetas ao mesmo tempo. Antigamente, cada planeta era confirmado de forma individual, dependendo do número de vezes que orbitasse em frente a sua estrela. Três voltas são suficientes para a confirmação.

O Kepler, lançado em 2009, observa 150 mil estrelas, entre as quais 3.600 são possíveis planetas. Até agora, 961 desses candidatos foram confirmados.

Essas descobertas serão divulgadas em 10 de março na publicação científica americana The Astrophysical Journal.

Moradores relatam queda de meteoros nos Estados Unidos

A Sociedade Americana de Meteoros está investigando mais de 200 relatos de pessoas que afirmam terem visto meteoros entre a noite de quinta-feira e a madrugada desta sexta nos Estados Unidos. Testemunhas disseram que bolas de fogo coloridos caíram dos céus como raios, motivando centenas de mensagens em redes sociais e telefonemas a órgãos que analisam fenômenos cósmicos. Moradores de pelo menos quatro Estados americanos disseram ter visto flashes de luz que, creem, são reflexos de meteoros. As informações são do USA Today.
"Um lampejo momentâneo, seguindo o rastro de luz, mas brilhante e azul, que rapidamente desapareceu", disse em um telefone um morador de Fairfax, no Estado americano da Virgínia. Relatos ainda foram registrados em Maryland, na Pensilvânia e Carolina do Sul. "Foi a estrela cadente mais brilhante que eu já vi, e parecia que estava descendo quase em linha reta", completou.

Outras pessoas afirmaram que o objeto celestial teria atingido o chão depois de surgir como uma bola de fogo nos céus dos Estados Unidos. Muitos milhares de meteoros alcançam a atmosfera da Terra todos os dias, conforme a Sociedade Americana de Meteoros. Eles pedem que sejam enviados relatos como esses ao seu site,  amsmeteors.org

Manuscrito perdido de Einstein desafia teoria do Big Bang

Um manuscrito que não foi notado por cientistas durante décadas revela que o físico alemão Albert Einstein certa vez se interessou por uma teoria alternativa ao Big Bang. O trabalho, escrito em 1931 e divulgado recentemente, é simular a uma teoria defendida pelo britânico Fred Hoyle quase vinte anos depois. A ideia foi abandonada pouco depois pelo pai da teoria da relatividade, mas mostra que ele hesitava em aceitar que o universo se formou durante um único e explosivo evento. As informações são do Huffington Post.

As primeiras evidências do Big Bang surgiram na década de 20, quando o americano Edwin Hubble e outros cientistas descobriram que galáxias distantes estão se afastando e que o universo em si está se expandindo. Isso indica que, em um passado distante, o conteúdo do cosmos observável estava comprimido em um pequeno e muito denso espaço.

No final da década de 40, Hoyle argumentou que o espaço poderia estar se expandindo eternamente e mantendo uma densidade constante. Isso necessitaria que o universo estivesse constantemente criando massa, com partículas surgindo espontaneamente no espaço, dizia o britânico. Essas partículas então formariam novas estrelas e galáxias, que tomariam o espaço vazio criado pela expansão do universo.
documento indica que Einstein teve essencialmente a mesma ideia com anos de antecedência. "Para a densidade da matéria permanecer constante, novas partículas devem ser formadas continuamente", escreve o alemão. O manuscrito teria sido produzido durante uma viagem à Califórnia em 1931.
Cormac O’Raifeartaigh, do Instituto de Tecnologia Waterford (Irlanda), diz que quase caiu da cadeira quando descobriu sobre o conteúdo do manuscrito. O físico e colegas publicaram suas descobertas e uma tradução para o inglês do manuscrito no site arXiv.

O manuscrito, afirmam os cientistas, provavelmente foi um rascunho a partir de uma ideia que o alemão teve. Contudo, ele teria notado que seus cálculos estavam errados - e anotações com uma caneta de cor diferente indicam isso. Ele então abandonou a ideia e não teria mais mencionado a hipótese.

O texto, contudo, evidencia a resistência de Einstein à teoria do Big Bang, que, em seus primórdios, foi considerada "abominável" pelo físico, que acreditava em um universo estático. Quando os cientistas descobriram evidências da expansão cósmica, o alemão teve que abandonar a ideia de um universo estático.

"O que o manuscrito mostra é que, apesar de ter aceitado a expansão do universo, (Einstein) estava infeliz com o universo mudando no tempo", diz Helge Kragh, da Universidade Aarhus, na Dinamarca.

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