sábado, 29 de junho de 2013

Nasa testa no deserto do Atacama robô que irá a Marte

O protótipo de sonda Zoe é testado no Chile Foto: AFP 
Zoe, um protótipo do qual sairá uma sonda que a Nasa enviará em missão a Marte em 2020, faz testes de funcionamento no deserto do Atacama, no norte do Chile, que reúne características físicas do planeta vermelho.
O robô explorador iniciou os testes com um primeiro trajeto em um terreno situado 2,3 mil metros sobre o nível do mar, em pleno deserto do Atacama, e sob o estudo de cientistas da Universidade de Carnegie Mellon dos Estados Unidos e da Universidade Católica do Norte do Chile.
"Começou em 15 de junho, percorreu 30 quilômetros. Testamos equipamentos deste protótipo para aproveitar as partes que sejam utilizáveis" que serão incorporadas ao robô que viajará em 2020, disse esta sexta-feira à AFP Guillermo Chong, pesquisador do Departamento de Ciências Geológicas da Universidade Católica do Norte.
O deserto do Atacama, o mais árido do mundo, foi usado pela agência espacial americana em ocasiões anteriores para testar outras unidades que viajaram em missões espaciais, graças à semelhança de sua superfície e condições climáticas com outros corpos celestes.
"A radiação ultravioleta, a 'hiperaridez', as mudanças de clima entre o dia e a noite, a falta de macrovida e a ausência de água" são algumas das analogias entre Marte e o deserto do Atacama, afirmou o pesquisador.
O protótipo, cujo movimento é controlado dos Estados Unidos, fará testes até o próximo domingo no deserto chileno. Durante este tempo, Zoe buscará vestígios de microvida no deserto, enquanto os especialistas revisarão seus equipamentos como sensores usados para a detecção de vida, a definição de minerais que venham a ser coletados, a captação de energia e para tirar fotografias.
Zoe tem um peso aproximado de 771 quilos. Seu chassi é feito de alumínio e outras ligas, tem várias câmaras e na parte superior tem dois painéis solares, enquanto suas rodas são de bicicleta, mas o robô que irá a Marte terá rodas de metal, sustentou Chong.
O robô, que já foi testado em 2005 nestas paragens, também conta com um laboratório interno e uma broca que lhe permitirá fazer sondagens de até um metro de profundidade, mediante os quais poderá detectar microorganismos. O investimento durante a fase de testes do protótipo chegará a US$ 100 mil.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Nasa lança telescópio para estudar atmosfera solar

O Iris ficará em uma órbita a 643 quilômetros da Terra antes de abrir seus painéis solares Foto: Nasa / Reprodução
A Nasa lançou nessa quinta-feira um telescópio espacial para começar a desvendar os segredos da baixa atmosfera do sol, região desconhecida onde se formam os ventos solares que castigam a Terra regularmente. O satélite Iris ("Interface Region Imaging Spectrograph") decolou no foguete Pegasus XL, da empresa americana Orbital Sciences. O lançamento ocorreu na base base militar de Vandenberg, na Califórnia, às 2h27 GMT desta sexta (23h27 de quinta em Brasília).O Iris ficará em uma órbita a 643 quilômetros da Terra antes de abrir seus painéis solares. O custo da missão é de US$ 182 milhões. Esse telescópio ultravioleta pode captar imagens de alta resolução a poucos segundos de intervalo nessa região pouco explorada do sol situada em sua superfície e sua coroa. A coroa se estende por vários milhões de quilômetros, diluindo-se no espaço.
O objetivo dessa missão de pelo menos dois anos é entender como são gerados os ventos solares carregados de partículas magnéticas nessa misteriosa zona. Assim, será possível melhorar a previsão sobre as tempestades magnéticas que se dirigem para a Terra e que são um fator de perturbação para a rede elétrica.
Essa região do sol é também uma fonte de emissões de raios ultravioletas que têm um impacto na base da atmosfera e no clima terrestre, de acordo com a Nasa. "O Iris vai ampliar nossas observações do Sol para uma região até o momento difícil de estudar", explicou Joe Davila, do Centro Goddard de Voos Espaciais da Nasa e responsável científico da missão Iris.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

PayPal quer lançar primeira moeda intergalática

Serviço on-line PayPal foi criado há 15 anos com o objetivo de se tornar uma moeda global Foto: Getty Images 

Para o serviço de pagamentos on-line PayPal, é chegado o momento de conceber uma moeda intergalática que seria utilizada pelos viajantes espaciais, e por isso a empresa lançou uma iniciativa com esta finalidade. "Este é o momento de planejar o futuro, nossa visão terrena deve ser incorporada ao espaço", afirmou na quarta-feira o presidente do PayPal, David Marcus.
A proposta do PayPal Galactic será apresentada oficialmente esta quinta-feira no Instituto SETI de Mountain View, cidade do Vale do Silício, região central da Califórnia, com a participação do astrônomo americano Jill Tarter, especializado na busca por vida extraterrestre, e o ex-astronauta Buzz Aldrin.
Seu objetivo é reunir todas as partes que possam desempenhar um papel na comercialização do espaço e na projeção de um sistema financeiro intergalático.
Tanto na saga cinematográfica Jornada nas Estrelas quanto na série de TV Battlestar Galactica dinheiro é usado, disse Anuh Najar, diretor de comunicações do PayPal. "Estamos no ponto em que tudo parece muito normal para os cientistas, os diferentes governos e todo mundo", acrescentou.
Os astronautas que moram na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) também precisam pagar suas contas, ainda que seja só de livros ou música digital. "Penso que se pudermos encontrar a forma de trabalhar no espaço, nós, vocês e eu também vamos querer ir", disse o astrônomo Jill Tarter, que inspirou a atriz, diretora e produtora americana Jodie Foster a fazer o filme "Contato" (1977).
 O Paypal considera que a SpaceX e a Virgin Galactic, que têm projetos de levar turistas até a fronteira do espaço a bordo de naves espaciais, familiarizaram as pessoas com a ideia do turismo espacial, e quando os turistas deixarem a Terra, necessariamente precisarão de dinheiro.

Além disso, está em desenvolvimento o projeto de um hotel espacial que orbite ao redor da Terra e lá será preciso dar gorjetas e pagar por serviços diversos. "Na medida em que começarmos a pensar em habitar outros planetas, será necessário levar em conta as realidades práticas da vida", disse DMarcus.
O serviço on-line PayPal foi criado há 15 anos com o objetivo de se tornar uma moeda global, explicou Colina Ferguson, que faz parte dos organizadores do projeto. "No começo, riem e acham que é uma loucura", disse Ferguson. "Mas a exploração espacial e a ideia de comercializá-la está muito mais próxima do que se pensa", acrescentou.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Imagem divulgado pela Nasa mostra movimentação do asteroide 2013 MZ5 (indicado pela seta) com um conjunto de estrelas ao fundo Foto: PS-1/UH / Divulgação
Mais de 10 mil asteroides e cometas que podem passar próximos à Terra já foram descobertos por astrônomos. A marca foi atingida no último dia 18 de junho, quando o telescópio Pan-STARRS-1, localizado no cume da cratera vulcânica do Monte Haleakalā, no Maui (a 3 mil metros de altura), detectou o 10.000º objeto espacial nas proximidades do planeta: o asteroide 2013 MZ5. Operado pela Universidade do Havaí, o telscópio faz parte dos projetos financiados pela Nasa, a agência espacial americana."Encontrar 10 mil objetos próximos à Terra é uma marca significativa", afirmou Lindley Johnson, da Nasa. "No entanto, há um número pelo menos 10 vezes maior ainda a ser descoberto antes que possamos estar certos de que teremos encontrado todos e quaisquer objetos que tenham a capacidade de impactar e causar danos significativos aos cidadãos da Terra", afirmou o pesquisador, sobre cujo comando - que já dura uma década - 76% das descobertas foram feitas.
Objetos próximos da Terra (NEO, na sigla em inglês) são asteroides e cometas que podem se aproximar da Terra até uma distância orbital de 45 milhões de quilômetros. Eles variam em tamanho desde apenas alguns centímetros - os mais difíceis de se detectar - até dezenas de quilômetros, caso do asteroide 1036 Ganymed, o maior do tipo já descoberto, com quase 41 quilômetros de diâmetro.

O asteroide 2013 MZ5 tem aproximadamente 300 metros de diâmetro. Sua órbita já foi analisada e não inclui uma passagem pelo planeta próxima o suficiente para ser considerada potencialmente perigosa. Dos 10 mil objetos descobertos, apenas cerca de 10% tem mais de um quilômetro - tamanho grande o suficiente para causar impacto global, caso atingissem a Terra. Porém, a Nasa avalia que nenhum desses asteroides e cometas maiores são uma ameaça ao planeta atualmente - e é provável que apenas algumas dezenas desses permaneça descoberta.

Astrônomos descobrem 'super-Terras' em zona habitável de estrela

Impressão artística mostra uma vista do exoplaneta Gliese 667Cd em direção à sua estrela progenitora Foto: ESO/M. Kornmesser / Divulgação 
Uma equipe de astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) descobriu um sistema com pelo menos seis planetas em torno da estrela de baixa massa Gliese 667 C - a uma distância de apenas 1/20 da existente entre a Terra e o Sol. Três desses planetas são "super-Terras" orbitando em torno da estrela em uma região onde a água pode existir sob forma líquida, o que torna estes planetas bons candidatos à presença de vida. Este é o primeiro sistema descoberto onde a zona habitável se encontra repleta de planetas.​
Em termos astronômicos, Gliese 667C encontra-se muito próxima da Terra - na vizinhança solar, muito mais próximo do que os sistemas estelares investigados com o auxílio de telescópios espaciais tais como o caçador de planetas Kepler. Estudos anteriores descobriram que a estrela acolhe três planetas, um deles na zona habitável. Agora, uma equipe de astrônomos liderados por Guillem Anglada-Escudé da Universidade de Göttingen, Alemanha e Mikko Tuomi da Universidade de Hertfordshire, Reino Unido, voltou a estudar o sistema.Os pesquisadores encontraram evidências da existência de até sete planetas em torno da estrela, orbitando a terceira estrela mais tênue do sistema estelar triplo. Os outros dois sóis seriam visíveis como um par de estrelas muito brilhantes durante o dia e durante a noite dariam tanta luz como a Lua Cheia. Os novos planetas descobertos preenchem por completo a zona habitável de Gliese 667C, uma vez que não existem mais órbitas estáveis onde um planeta poderia existir à distância certa.“Sabíamos, a partir de estudos anteriores, que esta estrela tinha três planetas e por isso queríamos descobrir se haveria mais algum”, diz Tuomi. “Ao juntar algumas observações novas e analisando outra vez dados já existentes, conseguimos confirmar a existência desses três e descobrir mais alguns. Encontrar três planetas de pequena massa na zona habitável de uma estrela é algo muito animador!”.Três destes planetas são super-Terras - planetas com mais massa do que a Terra mas com menos massa do que Urano ou Netuno - que se encontram na zona habitável da estrela, uma fina concha em torno da estrela onde a água líquida pode estar presente, se estiverem reunidas as condições certas. De acordo com o ESO, esta é a primeira vez que três planetas deste tipo são descobertos nesta zona em um mesmo sistema.

Cápsula espacial chinesa Shenzhou X regressa à Terra



A cápsula Shenzhu X regressou à Terra nesta quarta-feira, pousando sem problemas no território chinês, após a missão tripulada mais longa da história espacial da China.

Shenzhu X, que transportava dois homens e uma mulher, pousou às 8h07 local (21h08 Brasília de terça-feira) nas estepes da Mongólia interior, após 15 dias em órbita da Terra, em mais uma etapa do ambicioso programa espacial chinês.
Pequim fixou como objetivo instalar uma estação espacial habitada até 2020. A TV chinesa mostrou os técnicos em torno da cápsula para abrir a escotilha de aço, e a aproximação dos médicos que farão as primeiras avaliações nos três tripulantes.

Uma hora após a cápsula tocar o solo, o comandante da tripulação, general aviador Nie Haisheng, foi o primeiro a sair, amparado por técnicos.Shenzhu (navio divino) X atracou na quinta-feira passada ao Tiangong (palácio celeste), um módulo orbital no qual os três astronautas, entre eles Wang Yaping, segunda mulher chinesa enviada ao espaço, realizaram experiências científicas. O programa espacial chinês inclui um projeto para enviar um homem à Lua.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Fenômeno da Superlua é visto no Brasil e no mundo

O fenômeno que marcou o encontro mais próximo da Terra com a Lua neste ano de 2013 aconteceu na noite desse domingo e pôde ser visto em diversas cidades pelo Brasil e pelo mundo. O satélite natural, que em situações como esta fica maior e mais brilhante, iluminou o céu e foi registrado por muitas pessoas. Conhecido popularmente como Superlua, o fenômeno ocorre aproximadamente uma vez por ano e é cientificamente conhecido como "lua perigeu" – quando o satélite atinge a menor distância em relação à Terra.

Nesse domingo, o perigeu ocorreu no início da manhã às 7h32 (horário de Brasília) quando a Lua chegou a 356.991 quilômetros de distância da Terra. Ela estava 14% maior e 30% mais brilhante que as outras luas cheias de 2013. A última Lua perigeu aconteceu no dia 5 de maio de 2012.

De acordo com a Nasa, o próximo encontro do tipo deve ocorrer só em agosto de 2014. Já o “apogeu”, quando o satélite estará em seu ponto mais distante da Terra – a 406.490 quilômetros de distância – deve ocorrer no dia 9 de julho.

Nasa divulga imagem de interação entre galáxias

A agência espacial americana divulgou uma imagem capturada pelo telescópio espacial Hubble que mostra a interação entre duas galáxias. As dupla, conhecida como Arp 142, é formada pelas galáxias NGC 2936 e pela NGC 2937 e fica na constelação de Hydra.

A galáxia que lembra o formato de um pássaro era originalmente uma galáxia em espiral comum, mas ganhou esse formato por causa da interação com a galáxia que está ao lado.
Foto: Nasa divulga imagem de interação entre galáxias

A agência espacial americana divulgou uma imagem capturada pelo telescópio espacial Hubble que mostra a interação entre duas galáxias. As dupla, conhecida como Arp 142, é formada pelas galáxias NGC 2936 e pela NGC 2937 e fica na constelação de Hydra. 

A galáxia que lembra o formato de um pássaro era originalmente uma galáxia em espiral comum, mas ganhou esse formato por causa da interação com a galáxia que está ao lado.

Dia Mundial dos Discos Voadores: ufólogos pedem atenção ao céu

Se você olhar para o céu e encontrar traços incomuns nesta segunda, 24 de junho, Dia Mundial dos Discos Voadores, observe com atenção. A história está repleta de depoimentos de pessoas que veem objetos voadores não identificados. Muitos apenas não são reconhecidos na hora, mas são terrestres. Sobre outros, porém, ainda paira uma aura de mistério.A ufologia defende que a Terra já foi visitada diversas vezes por seres de outros planetas. Área 51, ET de Varginha, Noite dos UFOs e Operação Prato são algumas menções que servem de argumento para quem acredita na passagem de criaturas extraterrestres pela Terra.

sábado, 22 de junho de 2013

Óvnis: Reino Unido libera último lote de documentos secretos

Imagem mostra o que seria um óvni sobre Stonehenge Foto: Reprodução 

Os Arquivos Nacionais do Reino Unido divulgaram nesta sexta-feira o décimo e último lote de documentos da secretaria de óvnis do Ministério da Defesa que haviam permanecido secretos. São 4,4 mil páginas com registros feitos entre o final de 2007 e novembro de 2009 (quando o órgão foi fechado). Entre os registros curiosos estão o de um homem que reclama que seu cão foi abduzido, outro que disse ter morado com um alienígena e até de uma pessoa que reclamou à rainha que o governo não divulgava a verdade sobre os objetos voadores não identificados. Com informações do site do jornal britânico The Guardian. Segundo os Arquivos Nacionais, a secretaria de óvnis recebeu, somente em 2009, 600 relatos. O tempo e o dinheiro gasto no órgão eram cada vez maiores e ele "não servia a propósitos de defesa e apenas encorajava a produção de correspondência". Em 2009, o ministro Bob Ainsworth recebeu a informação de que a secretaria, em mais de 50 anos de funcionamento, não recebeu nenhum dado que sugerisse uma presença extraterrestre ou ameaça militar ao Reino Unido.Entre os documentos, estão cartas curiosas. À rainha, uma pessoa escreve que o governo "continua a se recusar a revelar a verdade por trás dos arquivos e relatos de objetos voadores não identificados". Outra correspondência, endereçada ao primeiro ministro Gordon Brown em 2008, perguntava: "Você acredita que o povo britânico tem o direito de saber se o mundo foi contatado por civilizações alienígenas?". Uma criança de 5 anos perguntou ao governo se há vida fora do planeta - "eu tenho o direito de saber". 
Os arquivos ainda têm reportagens de jornais, como uma de junho de 2009 no The Sun, intitulada "Exército alienígena", que relata que soldados teriam visto luzes no céu e fizeram um vídeo para o tabloide. Segundo a BBC, o texto na verdade descreveria balões chineses que teriam sido lançadas por um hotel próximo. O gerente do estabelecimento achou o caso hilário, descreve o arquivo oficial.

Astronauta celebridade ganha boneco em versão crochê

O astronauta canadense exaltou a semelhança entre ele e sua versão em crochê Foto: Chris Hadfield/Twitter / Reprodução
O astronauta canadense Chris Hadfield, que ficou conhecido por relatar experiências no espaço em seu Twitter e registrar - e compartilhar - imagens de diversas partes do mundo virou, agora, um boneco. Nada que lembre Buzz Lightyear (o personagem animado de Toy Story), porém: a versão de Hadfield foi feita em crochê.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Bola de Fogo é registrada nos céus do Brasil

                                                       Bola de Fogo é registrada nos céus do Sudoeste
Uma bola de fogo pôde ser vista nos céus do País no final da noite de terça-feira. Segundo o professor Gustavo Rojas, da Universidade Federal de São Carlos, tudo indica que o objeto era um foguete chinês, lançado há seis dias para colocar em órbita um satélite e que queimou ao retornar à atmosfera.Segundo Rojas, a trajetória e o tempo de reentrada estavam previstos e coincidem, o que indica que realmente era o foguete chinês. "Todo foguete que é lançado em órbita, ele acaba caindo de volta na Terra. Ele é queimado na reentrada, isso é calculado (...) se sobrou alguma bomba, ela caiu no oceano", diz o professor, que complementa que esse tipo de evento é considerado comum.O professor do Departamento de Astronomia da USP, Amaury de Almeida, explica o motivo da incandescência do material. “O detrito espacial viaja a milhares de quilômetros por segundo e, ao enfrentar a atmosfera mais densa da Terra, sofre com o atrito, que causa o aumento na temperatura e torna o material abrasivo”. Almeida conta ainda que uma forma de diferenciar pedaços de satélites e foguetes de meteoros é a coloração. Se esbranquiçado, a probabilidade maior é que se trata de lixo espacial. Meteoros apresentam cor mais escura.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Telescópio financiado pelo público pode ampliar acesso à exploração espacial

Um novo caminho para a exploração espacial foi lançado em 29 de maio. A Planetary Resources, companhia americana que pretende minerar asteroides, criou campanha de crowdfunding para desenvolver um telescópio espacial de uso compartilhado. O valor almejado, de US$ 1 milhão, deve ser atingido em breve.

O diferencial não reside na tecnologia do Arkyd 100, como foi batizado o telescópio, mas em seu sistema de financiamento público, via Kickstarter, até então inédito para essa finalidade. Conforme a porta-voz da empresa, Stacey Tearne, o projeto quebra barreiras de acesso ao espaço e coloca a tecnologia de exploração avançada nas mãos de cientistas e estudantes.

Uma contribuição de US$ 25, além de colaborar para a viabilização do projeto, garante ao doador uma foto sua no espaço. A imagem escolhida será exibida em tela LCD no próprio Arkyd, cujo conjunto de câmeras fará o registro fotográfico com o planeta Terra ao fundo. Em seguida, o arquivo é transmitido ao financiador.
Até 18 de junho, o total arrecadado já atingia quase US$ 920 mil, do total de US$ 1 milhão Foto: Divulgação
Quanto maior a doação, maiores são os benefícios. Quem colabora com US$ 10 mil, por exemplo, tem direito a: alocação de tempo de uso para instituição de ensino a sua escolha, foto de si mesmo em alta definição no espaço, ingressos para os eventos de conclusão do telescópio e de seu lançamento, assinatura na aeronave, acesso ao telescópio para observações detalhadas e um ano de associação na Sociedade Planetária, nos Estados Unidos.Até 18 de junho, o total arrecadado já atingia quase US$ 920 mil, comprovando o sucesso da iniciativa. Stacey explica que qualquer recurso captado além da meta vai ser direcionado para ampliação do acesso ao Arkyd para salas de aula, museus e centros de ciência, além do uso adicional para os apoiadores individuais via Kickstarter.O projeto conquistou adeptos importantes, como os atores Seth Greeen, Brent Spiner e Rob Picardo, o cientista e apresentador Bill Nye (conhecido como “the Science Guy”), o cineasta e futurista Jason Silva, o executivo Richard Branson, da companhia Virgin, e a astrofísica Sara Seager, que define a iniciativa como “fantástica”. “Arkyd pode preparar o terreno para uma espécie de revolução no acesso barato ao espaço”, diz ela.Segundo Sara, o projeto abre um espaço democrático, bem distante dos modelos adotados pelas agências espaciais. Ela também destaca que o Arkyd 100 é muito mais barato do que qualquer outro telescópio espacial até hoje. “Uma versão mais sofisticada de seu telescópio pode ser útil para minha própria pesquisa científica”, completa a professora de Ciências Planetárias no renomado MIT (Massachusetts Institute of Technology).
Quem também revela entusiasmo com o projeto é Jason Silva. Para ele, o Arkyd é um instrumento maravilhoso, que amplia o nervo óptico da humanidade. “Representa o melhor de nós: o nosso desejo de exploração, de testar os nossos limites e de superá-los”, afirma.

O futurista acrescenta ainda que apoia o projeto por enxergar nele referenciais do seu trabalho, que se concentra em celebrar criatividade e tecnologia. “Parte do que eu faço é promover grandes ideias e torná-las acessíveis a um público mais vasto. Eu acho que o Arkyd era uma aliança natural por compartilharmos a mesma mensagem”, diz.

Nasa lança iniciativa para rastrear e capturar asteroides

A Nasa lançou nesta terça-feira, dia 18, uma ampla iniciativa que envolve as agências federais, a comunidade científica, o setor industrial, as universidades e o público em geral, com a finalidade de rastrear e capturar asteroides que poderiam ser uma ameaça para o mundo."A Nasa já trabalha no acompanhamento de asteroides que poderiam representar um perigo para o nosso planeta e, apesar de termos encontrado 95% dos maiores (com mais de um quilômetro de diâmetro), cuja órbita está perto da Terra, temos que detectar a todos", declarou a administradora adjunta da Agência Federal americana, Lori Garver.Este projeto completa uma missão que consistirá em que uma nave não tripulada capture um asteroide e o reboque até a órbita lunar, onde poderia ser estudado por astronautas.

Esta iniciativa se emoldura em um programa da Casa Branca que se propõe a superar uma série de grandes desafios científicos em escala nacional e internacional.

Viagem da primeira americana ao espaço completa 30 anos

Sally K. Ride embarcou a bordo do ônibus espacial Challenger em 1983, tornando-se a primeira astronauta dos Estados Unidos a participar de uma viagem ao cosmos

Sally K. Ride foi a primeira astronauta americana a participar de uma missão espacial, em 1983 Foto: Nasa / Divulgação

Há exatos 30 anos, no dia 18 de junho de 1983, a astronauta Sally K. Ride tornou-se a primeira americana a viajar ao espaço, decolando a bordo do ônibus espacial Challenger na missão STS-7. A viagem aconteceu 20 anos depois da cosmonauta russa Valentina Tereshkova ter alcançado o feito de ser a primeira mulher a participar de uma missão espacial.Tida como um dos ícones da exploração espacial pelos Estados Unidos, Sally voltou ao espaço em 1984, na missão STS-41G. Ela deixou a Nasa em 1987, quando passou a integrar o Centro para Segurança e Controle de Armas na Universidade de Stanford. Dois anos depois, passou a dar aulas de física na Universidade da Califórnia e se tornou diretora do instituto espacial da instituição. Em 2001, ela fundou a própria companhia, a Sally Ride Science.De acordo com informações da fundação da astronauta, a Sally Ride Science, em 1977 Sally já possuía formação em física e inglês pela Universidade de Stanford. Ela estava prestes a terminar seu Ph.D em física quando viu um anúncio em um jornal estudantil afirmando que a Nasa procurava por astronautas. Até então, os astronautas eram pilotos de teste e militares, todos homens. Na época, a Nasa começou a buscar cientistas e engenheiros e permitiu que mulheres se inscrevessem. Sally enviou seu currículo, junto a outras 8 mil pessoas. Desse grupo, foram escolhidos 35 astronautas, incluindo seis mulheres. Sally foi selecionada em janeiro 1978.O treinamento de Sally para se tornar astronauta incluiu paraquedismo, aprender sobrevivência na água, comunicação por rádio e navegação. Ela gostou tanto do processo que ele se tornou um de seus hobbies. Durante o segundo e terceiro voo do ônibus espacial Columbia, ela trabalhou da Terra como oficial de comunicações, transmitindo mensagens do controle de missão para as tripulações. Ela fez parte, ainda, da equipe que desenvolveu o braço robótico utilizado pelas equipes dos ônibus para implantar e recuperar satélites.Em agosto de 1979, após o treinamento de um ano e o período de avaliação, Sally se tornou elegível para ser astronauta em uma tripulação do ônibus espacial. Na viagem que a fez entrar para a história em 18 junho de 1983, Sally decolou acompanhada de quatro homens que integravam a tripulação. Durante essa missão, a equipe implantou satélites para Canadá e Indonésia, operou um braço robótico para realizar a primeira implantação e recuperação do Shuttle Pallet Satellite, entre outros feitos. A missão durou 147 horas, e a Challenger pousou na Califórnia no dia 24 de junho.

O segundo voo de Sally, em 5 de outubro de 1984, contou com uma tripulação de sete pessoas, a maior até o momento para uma missão do tipo. A viagem durou oito dias, implantando o Earth Radiation Budget Satellite e conduzindo observações científicas. Foram 197 horas de voo. Em 1985, Sally foi chamada para a missão STS 61-M, mas o treinamento foi interrompido um ano depois, quando a Challenger explodiu ao decolar. A astronauta participou da comissão que investigou a tragédia. Após a conclusão, ela foi designada para a sede da Nasa como assistente especial para planejamento estratégico de longo prazo. Lá, ela se tornou a primeira diretora do Escritório de Exploração da Nasa.

Ela se aposentou da agência em 1987, quando passou a integrar o Centro para Segurança e Controle de Armas na Universidade de Stanford. Em 1989, começou a lecionar física na Universidade da Califórnia, tornando-se diretora do instituto espacial da instituição.

Sally morreu no ano passado, aos 61 anos, depois de lutar contra um câncer no pâncreas por 17 meses.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Pesquisadores criam Rede Brasileira de Astrobiologia

Com o objetivo de integrar a comunidade científica e partilhar os trabalhos, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), do Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia da Universidade de São Paulo (NAP-Astrobio/USP) e do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) criaram a Rede Brasileira de Astrobiologia (RBA). Para viabilizar o sistema de troca de informações, instituições de diversos estados contribuíram na criação da RBA. O site www.astrobilogia.net.br está em funcionamento desde maio deste ano.
"A ideia da rede é criar um sistema, em princípio, virtual para aumentar a integração de pesquisadores e educadores na área de astrobiologia no Brasil. Como essa é uma área relativamente recente no país, tanto em pesquisa quanto em educação, as pessoas ainda não se conhecem muito bem e falta informação de quem faz o que e sobre qual assunto", explicou Douglas Galante, pesquisador do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, também pesquisador associado do Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia da USP e um dos fundadores da rede.
Por astrobiologia, disse Galante, entende-se uma área multidisciplinar. "Astrobiologia é uma área de pesquisa relativamente recente no país e no mundo. A ideia dessa área é entender o fenômeno da vida no universo: quais os processos que levaram à origem da vida no nosso planeta, como ela se desenvolveu e evoluiu no planeta ao longo do tempo, como esse desenvolvimento foi alterado, como a biologia está relacionada a fenômenos astronômicos e astrofísicos e como a vida se distribuiu no nosso planeta, entre outros", disse o pesquisador.
Para incluir o trabalho de pesquisa na rede basta entrar no site, na seção chamada Associe-se. Não há cobrança de taxa de inscrição ou de mensalidade. No entanto, é necessário comprovar que o trabalho realmente exista. O pedido de associação de qualquer membro ou trabalho será avaliado pela Comissão de Implantação, que poderá ou não aceitar o pedido.
"Na seção Associe-se será preenchido um formulário no qual se informa, além dos dados básicos (do pesquisador), os dados do trabalho que está sendo desenvolvido nessa área. As informações são enviadas para a coordenação da rede, da qual faço parte, e serão analisadas. Uma vez que, de fato, elas sejam comprovadas, o cadastro será incluído e ficará disponível online", explicou Galante, em entrevista à Agência Brasil. Segundo ele, qualquer pessoa poderá consultar o banco de dados.

Quantidade inédita de buracos negros é descoberta perto da Via-Láctea

Galáxia de Andrômeda abriga maior número já descoberto desse fenômeno


Em Andrômeda, foram identificados 26 possíveis buracos negros: o maior número já encontrado em uma galáxia fora da Via-Láctea. No detalhe, close dos raio-x emitidos mostra o núcleo da galáxia

Astrônomos descobriram um número sem precedentes de buracos negros na galáxia de Andrômeda, umas das mais próximas da nossa Via-Láctea. Com base em mais de 150 observações realizadas com o telescópio espacial Chandra ao longo de 13 anos., pesquisadores da Nasa (agência espacial americana) identificaram 26 possíveis buracos-negros - o maior número já descoberto em uma galáxia além daquela na qual vivemos. Muitos especialistas consideram Andrômeda uma galáxia-irmã da Via-Láctea, e as duas vão eventualmente colidir, daqui a bilhões de anos.
"Apesar de estarmos empolgados por encontrar tantos buracos negros em Andrômeda, achamos que essa é apenas a ponta do iceberg", afirmou Robin Barnard, pesquisador do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian em Cambridge e principal autor do estudo que relata esses resultados. "A maior parte dos buracos negros não tem companhias próximas e são invisíveis para nós."
Esses candidatos a buracos negros pertencem à categoria dos buracos negros estelares, tendo se formado a partir da morte de estrelas muito massivas e, em geral, têm entre cinco e 10 massas solares. Astrônomos são capazes de detectar esses objetos, de outra maneira invisíveis, quando existe material sendo puxado de uma estrela companheira e esquentado para produzir radiação antes de desaparecer.
A imagem acima mostra 28 dos 35 possíveis buracos negros - os outros sete candidatos já haviam sido descobertos em um estudo anterior. Sete deles estão a menos de mil anos-luz do centro da galáxia de Andrômeda: quantidade maior do que o número de possíveis buracos negroscom propriedade similares localizados próximos ao centro da Via-Láctea. Esse dado, porém, não surpreende os astrônomos, uma vez que o número de estrelas no meio de Andrômeda é maior, permitindo a formação de mais buracos negros.
Andrômeda, também conhecida como Messier 31 (M31), é uma galáxia espiral localizada a cerca de 2,5 milhões de anos-luz de distância da Terra. Astrônomos consideram que a Via-Láctea e a galáxia de Andrômeda vão colidir daqui a bilhões de anos. De acordo com as projeçõs, os buracos negros localizados em ambas as galáxias vão então residir na grande galáxia elíptica que resultar desa fusão.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Gelo seco pode ter provocado fendas nas dunas de Marte, diz Nasa

A presença de gelo seco explicaria a origem de fendas nas dunas marcianas, segundo novo estudo da Nasa Foto: Nasa / Divulgação
Uma pesquisa divulgada pela Agência Espacial Americana (Nasa, na sigla em inglês) aponta que blocos de CO2 congelados - também conhecido como gelo seco - podem ter deslizado pelas dunas de areia de Marte, provocando sulcos no terreno. Segundo a Nasa, esse processo explicaria as marcas nas dunas mostradas por imagens captadas pela sonda  Mars Reconnaissance Orbiter."Eu sempre sonhei em ir para Marte", disse Serina Diniega, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, na Califórnia, e principal autora do estudo, publicado pela revista Icarus. "Agora eu sonho em fazer snowboarding nas dunas de areia marciana sobre um bloco de gelo seco", brincou a especialista.Os sulcos nas encostas de Marte, chamados de voçorocas lineares, apresentam largura relativamente constante de alguns metros, com as bordas elevadas. Ao contrário do que ocorre na Terra, com a erosão provocada pelo sulcos do fluxo de água, as ranhuras de Marte não apresentam acúmulo de detritos em seu final. Comparando as imagens de diferentes períodos em Marte, os cientistas concluíram que os sulcos são formados normalmente durante o começo da primavera. 

Astrônomos descobrem novo tipo de estrela de brilho variável

Os astros estudados ficam no aglomerado estelar aberto NGC 3766, na constelação do Centauro Foto: ESO / Divulgação
 Um estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) descobriu um novo tipo de estrela variável. Segundo os astrônomos, esses astros apresentam minúsculas variações de 0,1% do brilho normal em períodos que variam de duas a 20 horas.
Pouco mais quentes e brilhantes que o Sol, as estrelas do aglomerado NGC 3766 foram estudadas durante sete anos com um nível de precisão duas vezes superior ao de pesquisas anteriores. “Chegamos a este nível de sensibilidade graças à alta qualidade das observações combinada com uma análise dos dados extremam“Mas também porque levamos a cabo um extenso programa de observação que durou sete anos. Provavelmente não teria sido possível obter tanto tempo de observação num telescópio maior”. Os cientistas utilizaram telescópio de 1,2 metro Leonhard Euler, que fica no Chile, considerado "relativamente pequeno" pelo observatório.ente cuidadosa”, diz Nami Mowlavi, líder da equipe de investigação.
O estudo das estrelas variáveis ou pulsantes (cujo brilho aparente varia com o tempo) é chamado de astrosismologia, já que os cientistas tentam entender as vibrações complexas dos interiores das estrelas. “A existência desta nova classe de estrelas variáveis constitui por si só um desafio aos astrofísicos”, diz Sophie Saesen, também membro da equipe. “Os modelos teóricos atuais preveem que sua luz não deveria sequer variar de maneira periódica, por isso os nossos esforços atuais estão focados em descobrir mais sobre o comportamento deste novo tipo tão estranho de estrelas.”
Apesar de não se ter certeza sobre a causa da variação do brilho das estrelas, os pesquisadores acreditam que há uma relação com a rápida rotação desses astros. Eles giram a mais que metade de sua velocidade crítica (quando começam a se tornar instáveis e lançar matéria ao espaço).

"Nestas condições, a rotação rápida terá um impacto importante nas propriedades internas das estrelas, no entanto ainda não conseguimos modelar as variações de luz adequadamente”, explica Mowlavi. “Esperamos que a nossa descoberta encoraje especialistas a estudar este assunto, no sentido de percebermos a origem destas misteriosas variações."

China lança três astronautas ao espaço em sua quinta missão tripulada

s astronautas Wang Yaping, Zhang Xiaoguang e Nie Haisheng partiram nesta terça-feira da base espacial de Jiuquan, na China, a bordo da espaçonave Shenzhou X, na quinta missão tripulada realizada pelo país asiático.

O lançamento aconteceu às 17h38 locais (6h38 de Brasília), de acordo com o horário previsto. O presidente da China, Xi Jinping, acompanhou a operação no local.
Wang é a segunda mulher astronauta chinesa a viajar ao espaço, e Nie o primeiro piloto do país a sair da Terra pela segunda vez, já que fez parte da tripulação do Shenzhou VI, em 2005.

Após cinco minutos do lançamento, a espaçonave se desprendeu dos foguetes propulsores e pouco depois entrou em órbita, ativando os painéis solares que abastecerão o veículo de energia durante seus 15 dias de missão.
A televisão estatal CFTV, que transmitiu ao vivo o lançamento, mostrou imagens da cabine e dos astronautas, que fizeram uma saudação militar para mostrar que tudo corria bem.
A China prossegue seu trabalho para o desenvolvimento de uma estação espacial internacional por volta de 2020.

A espaçonave Shenzhou X deverá se acoplar com a base orbital Tiangong I para que os astronautas realizem experimentos e operações de conserto em seu interior.

Além disso, como grande novidade desta viagem, Wang, de 33 anos, dará por videoconferência uma aula de física aos estudantes do ensino primário e secundário da China.
A espaçonave Shenzhou X deverá se acoplar com a base orbital Tiangong I para que os astronautas realizem experimentos e operações de conserto em seu interior. Foto: Reuters

sábado, 8 de junho de 2013

Opportunity encontra sinais de condição de vida no passado em Marte

Uma rocha marciana analisada pelo veículo explorador de Marte (Rover) Opportunity contém amostras de barro formado em água não-ácida, um ambiente potencialmente adequado para que a química da vida antiga se desenvolva.

O Opportunity, movido a energia solar pousou em Marte em janeiro de 2004 para o que se esperava que fosse uma missão de 90 dias para buscar sinais de que já houve água no planeta. Ele e um segundo rover, o Spirit, que sucumbiu ao inóspito ambiente marciano há três anos, tinham encontrado rochas modificadas por água altamente ácida.
Embora existam micróbios que gostam de acidez na Terra, cientistas suspeitam que os blocos químicos de construção de vida precisam de condições mais neutras para evoluir e se transformarem em vida.

"O difícil em relação a um ambiente ácido é que, acreditamos que seja extremamente difícil conseguir uma química pré-biótica, o tipo de química que pode levar à origem da vida," disse aos repórteres, durante uma teleconferência na sexta-feira, Steve Squyres, da Universidade de Cornell e principal cientista das missões Opportunity e Spirit.

"O que é interessante nessa descoberta é que ela aponta para um pH neutro em um momento muito cedo na história marciana," ele acrescentou.
"O que temos aqui é uma química muito diferente. Essa é uma água que podemos beber," disse Squyres. "Essa é a prova mais forte de água (não-ácida) de pH neutro, que foi encontrada pelo Opportunity, ele acrescentou.

O Opportunity levou três anos para chegar à borda de uma cratera chamada Endeavour Crater (Cratera Endeavour), onde ele examinou, entre outros objetos, uma pequena rocha chamada Esperance.
Foram necessárias sete tentativas até que a Opportunity conseguisse se posicionar adequadamente para arranhar a superfície de rocha e ver o que havia embaixo. Ao contrário do Rover Curiosity, da NASA, que pousou no lado oposto de Marte em agosto, o Opportunity não tem nenhuma perfuradora ou laboratório químico a bordo para obter e analisar amostras.

Em vez disso, ele usa seus instrumentos para pesquisar mineralogia básica. Os cientistas descobriram que Esperance contém argilas ricas em alumínio, um sinal revelador de que a água neutra correu sobre a rocha.
O Opportunity está agora se encaminhando para o sul, ao longo da borda da Cratera Endeavour, em direção à uma pilha de rochas que poderão fornecer mais pistas sobre a transição de Marte de um mundo quente e úmido, para o deserto frio, seco e ácido que existe atualmente. Cientistas esperam que o Opportunity chegue lá até 1º de agosto.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Europa comemora 10 anos da sonda que está mapeando Marte

Notícia:dia 02/06/2013
A sonda europeia Mars Express, lançada há dez anos, permitiu concluir quase totalmente o mapa global da superfície do planeta Marte e, para celebrar, a Agência Espacial Europeia (ESA) oferecerá amanhã(03/06)uma entrevista coletiva em seu centro de controle de operações na cidade de Darmstadt, no oeste da Alemanha.

Durante estes dez anos a Câmera Estereofônica de Alta Resolução (HRSC) tirou as fotografias que estão captando a superfície de Marte em cor, em três dimensões e com uma resolução de cerca de 10 metros por pixel.

A Mars Express girou nestes dez anos 12 mil vezes ao redor de Marte para fotografar seus rios de lava e seus vales. Da superfície total de Marte de 145 milhões de quilômetros quadrados já foram feitas 97 milhões de fotos com uma resolução muito boa.

A sonda espacial Mars Express descobriu, por exemplo, que Marte teve água sob sua superfície durante os primeiros bilhões de anos de sua história.

China lança este mês sua próxima missão espacial tripulada

A nave espacial Shenzhou 10 e seu foguete foram transferidos para a área de lançamento Foto: AFP
A China lançará em meados deste mês uma nave espacial tripulada que se acoplará a um módulo experimental, última etapa da construção de uma estação espacial chinesa permanente, informou nesta segunda-feira a agência de notícias estatal Xinhua.
De acordo com o porta-voz do programa espacial do país, a nave se acoplará ao laboratório espacial Tiangong-1 (Palácio Celestial). Trata-se de uma etapa crucial para a obtenção da estação espacial permanente.

A capacidade espacial da China é inferior à dos Estados Unidos e da Rússia, mas o programa do país inclui planos de enviar um homem à lua e construir, até 2020, uma estação que gire em torno da Terra, informa um documento oficial.

A China lançou em 2012 a nave espacial Shenzhou IX na missão, com três astronautas, entre eles Liu Yang, a primeira mulher chinesa ao viajar para o espaço. Pequim realizou seu primeiro voo espacial tripulado em outubro de 2003.

Limbo solar: sonda vai explorar regiões desconhecidas do Sol

A sonda Iris foi construída no centro Lockheed Martin de Palo Alto (Califórnia) Foto: Nasa / Divulgação

A Nasa (a agência espacial americana) afirmou nesta terça-feira em Washington que no próximo dia 26 de junho lançará um novo satélite com destino ao Sol, para explorar uma das regiões mais desconhecidas da estrela, o chamado limbo solar, onde é gerada a maior parte das emissões ultravioleta.

O limbo solar, ou região interface, está localizado entre a superfície visível do Sol e sua atmosfera superior e a Nasa estima que nele se encontram "estruturas" de entre 160 e 240 quilômetros de largura e até 160 mil de comprimento.

"Imaginem jatos gigantes do tamanho da cidade de Los Angeles que são suficientemente longos e rápidos para dar a volta na Terra em 20 segundos. Esta missão nos fornecerá as primeiras imagens em alta resolução destas estruturas, assim como informação sobre sua velocidade, temperatura e densidade", afirmou o pesquisador da Nasa, Alan Title.
  A missão que será lançada no final do mês foi batizada como Iris (acrônimo para Espectógrafo de Imagens da Interface Solar) e está equipada com um telescópio ultravioleta criado para fazer imagens em curtos intervalos de segundos.
O satélite Iris foi projetado e construído no centro tecnológico Lockheed Martin de Palo Alto (Califórnia) e será enviado ao espaço a bordo de um foguete Pegasus XL.

Mais de 3 mil brasileiros já se inscreveram para colonizar Marte

Brasil é o sexto país em número de inscritos do projeto Mars One. Após diversas fases de seleção, serão 24 escolhidos para viagem ao planeta

O Brasil é o sexto país com maior número de inscritos para o projeto Mars One, que pretende colonizar Marte a partir da próxima década. As condições extremas da viagem, só de ida, não dirimiram as convicções de mais de 3 mil brasileiros que enviaram sua aplicação para o programa até o início de maio. No primeiro mês de inscrições online, o site contabilizou aproximadamente 80 mil inscritos.
Na página do programa, encontram-se alguns perfis e vídeos de candidatos. Mas nem todos: "Muitas inscrições ainda aguardam moderação. Algumas pessoas também precisam completar seu perfil ou escolheram não compartilhar sua aplicação publicamente", explica Aashima Dogra, gerente de conteúdo do Mars One.
Um dos brasileiros que decidiu compartilhar suas informações é o paulista Bruno Freire, 22 anos, estudante de publicidade e propaganda. "Assim que fiquei sabendo do projeto, me interessei pela proposta", conta. "Desde criança, sempre fui fascinado pelo assunto. Não apenas de pensar que um dia poderia ir a Marte, mas sempre estive inteirado em relação às coisas sobre o universo".

Freire integra um grupo de 3.018 brasileiros que se propõe a abandonar a Terra e principiar a colonização de Marte em 2023. Ao todo, após diversas fases de seleção, serão 24 escolhidos. Se a empreitada der certo, eles terão seu nome registrado na história espacial. "Caso não haja tecnologia ainda, eu espero. Para quem já esperou 10 anos, um pouco mais não seria nada", diz Freire.

O problema não é chegar a Marte, mas sobreviver por lá. As condições não são animadoras. A gravidade, 40% da experimentada na Terra, é apenas um dos fatores. O ar é mais rarefeito, a temperatura pode chegar a -135°C, e tempestades de poeira são comuns. Pelo menos, segundo dados da sonda Curiosity, os índices de radiação não impediriam a exploração humana no planeta. "A nossa única garantia é de que será o mais seguro possível", reconhece Bas Lansdorp, fundador do Mars One.

Top 7 - inscritos até 3 de maio
1º Estados Unidos: 17.324
2º China: 10.241
3º Grã-Bretanha: 3.581
4º Rússia: 3.236
5º México: 3.176
6º Brasil: 3.018
7º Canadá: 2.767

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