sábado, 28 de dezembro de 2013

De volta aos holofotes, Lua recebe missões chinesa e americana

A Lua voltou a ser um destino requisitado - e não apenas turístico, em planos ousados para o futuro. No dia 14, a sonda chinesa Chang'e 3 foi a primeira a realizar um pouso “suave” no satélite natural da Terra em 37 anos. A missão faz companhia à Ladee (Lunar Atmosphere and Dust Environment Explorer), da Nasa, que estuda a atmosfera da rocha desde o fim de novembro. Mas, 65 anos depois de o primeiro objeto terrestre alcançar a superfície lunar, o que falta descobrir sobre ela?

De acordo com Rui Barbosa, editor do Boletim Em Órbita, publicação sobre astronáutica, ainda há muito a ser estudado. “A cada segredo que é desvendado, muitos outros surgem no nosso horizonte, e muitos desses mistérios podem nos ajudar a compreender não só a dinâmica e a forma como a Lua se formou, mas também a forma como o nosso planeta e todo o Sistema Solar evoluiu”, afirma.

As duas missões, a chinesa e a americana, têm objetivos bem diferentes. A Chang'e 3, cujos detalhes não foram revelados em sua plenitude, possui um viés mais político, já que se trata de mais um marco na história da exploração espacial chinesa: um pouso na Lua. “Mas, de qualquer forma, a ciência sempre acaba se beneficiando dessa ‘corrida espacial’”, aponta João Batista Garcia Canalle, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro com pós-doutorado em astronomia pela University College London, da Inglaterra. 
Já a Ladee, lançada em setembro e em órbita desde novembro, vislumbra um horizonte plenamente científico: “Determinar a densidade da tênue exosfera lunar, bem como sua composição e variabilidade temporal, antes que ela seja perturbada por atividades humanas naquele corpo celeste. E também determinar se uma certa difusa emissão observada pelos astronautas das Apollos, a dezenas de quilômetros acima da superfície, era um brilho de sódio ou poeira”, segundo Canalle.

Essa “poeira” foi avistada ainda no início da década de 1970, pelos astronautas das missões Apollo, os primeiros e últimos (humanos) a pisar na superfície lunar. Com cortes no orçamento da Nasa, os Estados Unidos não enviarão no futuro próximo missões tripuladas à Lua. Até hoje, apenas 12 homens desembarcaram por lá, no restrito período entre 1969 e 1972. 

A vez da China
Mais de 40 anos depois, os chineses se credenciam para ocupar o espaço. A sonda Chang’e 3 sucede as Chang’e 1 e 2, que orbitaram o satélite natural. Caso tenha sucesso, a Chang’e 3 realizará o primeiro pouso “suave” desde a missão soviética Luna 24, em 1976. Depois dela, em 2015, está programa a quarta missão chinesa à Lua, que também levará uma sonda à superfície. A quinta missão, prevista para 2017, prevê a extração de material lunar e seu transporte para a Terra.
O passo seguinte, então, seria a missão tripulada. No cronograma chinês, a empreitada pode ocorrer entre 2025 e 2030. A menos que surjam concorrentes no meio do caminho, é provável que somente então, mais de cinco décadas depois da Apollo 17, o ser humano retorne ao seu satélite natural.

Barbosa cogita ainda, para um futuro de médio prazo, a abertura da exploração dos recursos naturais da Lua para empresas privadas. “Mais cedo ou mais tarde, vai levar a uma verdadeira corrida a esses recursos naturais”, acredita.

Importância
Para o Dr. Canalle, voltar à Lua é importante - de preferência, com a união de diversas nações em prol desse objetivo, como na Estação Espacial Internacional. “Acredito que o mundo precisa ver que nossas fronteiras geográficas e científicas precisam ser expandidas, assim como fizeram Colombo e outros”, afirma. “Apenas que agora nossas caravelas viajam pelo espaço, e não mais sobre os oceanos. Nosso instinto aventureiro e curioso continua a nos levar para o espaço, com a vantagem de que esta viagem não mais, talvez, será feita por uma nação, mas  por várias juntas”.
Daqui a alguns anos, muitas gerações terão nascido depois dos pousos lunares. “Algumas pessoas nem mesmo acreditam que o homem um dia esteve lá, o que é um absurdo”, diz. Segundo o professor, um retorno à Lua despertaria muitos jovens para as ciências aeroespaciais e reforçaria políticas de países que investem no domínio de tecnologias espaciais. “Ou seja, não há dúvida de que novos pousos lunares tripulados seriam fenômenos extraordinários”.

Serviço de Meteorologia britânico fará 'previsões do tempo no espaço'

Met Office, Serviço Nacional de Meteorologia do Reino Unido, começará a oferecer previsões diárias do tempo no espaço. O serviço, que funcionará 24 horas, pretender ajudar empresas e departamentos governamentais a saber com antecedência sobre tempestades solares que podem interromper o funcionamento de satélites, comunicações por rádio e redes elétricas.

A primeira previsão deve acontecer por volta de março ou abril de 2014, durante a primavera no hemisfério norte. O Departamento de Negócios do governo britânico irá financiar o projeto com 4,6 milhões de libras (R$ 17,7 milhões) durante os próximos três anos.
O Met Office pretende desenvolver melhores maneiras de prever o tempo no espaço em colaboração com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).

Tempestades solares
As "condições de tempo" no espaço são determinadas por partículas energéticas do Sol. Proeminências solares (espécie de labaredas que se destacam da superfície do Sol) e erupções na atmosfera solar - conhecidas como ejeções de massa coronal - são fontes poderosas de tempestades solares potencialmente destrutivas.

Elas tem o potencial de prejudicar componentes sensíveis de satélites e induzir sobrecargas elétricas que são fortes o suficiente para derrubar redes de distribuição de energia na Terra. Um grande blecaute em Québec, no Canadá, em 1989, foi atribuído a uma tempestade solar.

A atividade do Sol atinge seu ápice a cada 11 anos, quando as emissões solares se tornam mais intensas. A estrela está atualmente em uma dessas fases.

"A ciência do tempo espacial é relativamente pouco desenvolvida, mas o conhecimento sobre ela está aumentando rapidamente", disse Mark Gibbs, chefe da divisão de tempo espacial no Met Office.

O projeto do órgão, segundo ele, pretende "acelerar o desenvolvimento de melhores modelos do clima no espaço e de sistemas de previsão que tornem mais eficiente o uso dos dados sobre o tempo espacial".

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Astronautas vão fazer caminhada espacial para realizar reparos na ISS

Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) anunciou nesta terça-feira que seus astronautas deverão realizar três caminhadas espaciais a partir do sábado para fazer reparos na válvula danificada que provocou problemas no sistema de refrigeração da Estação Espacial Internacional (ISS).

A agência espacial informou que está previsto que os dois astronautas americanos da expedição 38 da Estação Espacial, Rick Mastracchio e Mike Hopkins, substituam a bomba de refrigeração defeituosa em uma atividade extraveicular, depois que as tentativas de repará-la por outros meios não foram bem sucedidas.

As caminhadas espaciais devem durar em torno de seis horas e meia e serão realizadas nos dias 21, 23 e 25, informou a Nasa em comunicado . Os dois astronautas revisaram hoje os trajes espaciais que vão utilizar para o trabalho no exterior da ISS.

A atividade consistirá em substituir a bomba por outra armazenada em um módulo externo. O aparelho é utilizado para regular o fluxo de amoníaco no exterior da ISS para a refrigeração dos equipamentos eletrônicos da estação.

A Nasa avaliou o modo de operação para consertar o defeito, que ocorreu no último dia 11 e não causou graves problemas no dia a dia da missão espacial da estação, onde vivem seis tripulantes, os dois americanos, três russos e um japonês.

No entanto, o contratempo causou um atraso no lançamento do módulo de carga Cygnus, da empresa privada Orbital Science, que estava previsto para ser lançado esta semana.

A Nasa considerou que o lançamento terá que ser adiado até meados de janeiro, para que a tripulação da ISS dedique todo o tempo para consertar a avaria.

Astronautas vão fazer caminhada espacial para realizar reparos na ISS

Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) anunciou nesta terça-feira que seus astronautas deverão realizar três caminhadas espaciais a partir do sábado para fazer reparos na válvula danificada que provocou problemas no sistema de refrigeração da Estação Espacial Internacional (ISS).

A agência espacial informou que está previsto que os dois astronautas americanos da expedição 38 da Estação Espacial, Rick Mastracchio e Mike Hopkins, substituam a bomba de refrigeração defeituosa em uma atividade extraveicular, depois que as tentativas de repará-la por outros meios não foram bem sucedidas.

As caminhadas espaciais devem durar em torno de seis horas e meia e serão realizadas nos dias 21, 23 e 25, informou a Nasa em comunicado . Os dois astronautas revisaram hoje os trajes espaciais que vão utilizar para o trabalho no exterior da ISS.

A atividade consistirá em substituir a bomba por outra armazenada em um módulo externo. O aparelho é utilizado para regular o fluxo de amoníaco no exterior da ISS para a refrigeração dos equipamentos eletrônicos da estação.

A Nasa avaliou o modo de operação para consertar o defeito, que ocorreu no último dia 11 e não causou graves problemas no dia a dia da missão espacial da estação, onde vivem seis tripulantes, os dois americanos, três russos e um japonês.

No entanto, o contratempo causou um atraso no lançamento do módulo de carga Cygnus, da empresa privada Orbital Science, que estava previsto para ser lançado esta semana.

A Nasa considerou que o lançamento terá que ser adiado até meados de janeiro, para que a tripulação da ISS dedique todo o tempo para consertar a avaria.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Irã anuncia envio de segundo macaco ao espaço

Imagem mostra o macaco que teria ido ao espaço Foto: BBCBrasil.com 

O Irã anunciou neste sábado ter recuperado ileso na Terra um macaco enviado ao espaço a bordo de um foguete, na segunda operação deste tipo como parte de seu polêmico programa balístico. O presidente iraniano, Hassan Rouhani, transmitiu uma mensagem de felicitação aos engenheiros e cientistas que foi divulgada pela agência de notícias Irna.

Em janeiro, o Irã anunciou o envio de um macaco ao espaço com êxito e informou que o havia recuperado são e salvo no retorno à Terra. Mas o sucesso da missão ficou sob suspeita quando o país apresentou à imprensa, após o pouso, um macaco diferente do enviado ao espaço.

A primeira tentativa do país fracassou em setembro de 2011.

O programa espacial iraniano provoca inquietação entre os países ocidentais, que suspeitam que Teerã tenta adquirir conhecimentos e experiência necessários para utilizar armas com cargas nucleares.


Sonda pousa na Lua neste sábado e faz da China o 3º país em solo lunar

A primeira sonda lunar da China entrou nesta sexta-feira na órbita do satélite natural da Terra, noticiou a imprensa oficial do país, uma manobra que representa um passo importante para o pouso da nave, previsto para o fim do mês.

A primeira sonda lunar chinesa deve pousar neste sábado no satélite natural. Foram menos de três semanas depois do lançamento do equipamento e, quando descer, fará da China o terceiro país a enviar uma sonda à Lua, depois da União Soviética e dos Estados Unidos.​
A espaçonave Chang'e-3 - nome da deusa da Lua segundo a mitologia chinesa, liberará a sonda Yutu (Coelho de Jade), animal de estimação da deusa. O objetivo é explorar a superfície e buscar recursos naturais no satélite.

A missão da sonda foi saudada com expressões de orgulho por internautas chineses e pelo governo de Pequim, que quer capitalizar a excitação despertada pela façanha, que vende réplicas da Coelho de Jade feitas em zinco e prata.

A Yutu tem seis rodas, quatro câmeras e dois braços mecânicos que conseguem cavar até 30 metros para retirar amostras do solo. Movida a energia solar, o equipamento vai explorar a estrutura da superfície lunar por pelo menos três meses.

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