domingo, 29 de setembro de 2013

Cargueiro privado se acopla à Estação Espacial Internacional

A cápsula Cygnus se tornou neste domingo o segundo cargueiro desenvolvido por uma empresa privada que leva provisões à Estação Espacial Internacional (ISS), ao acoplar-se com sucesso à plataforma, informou a Nasa (agência espacial americana).

Após uma semana de atraso, a sonda criada pela empresa Orbital Science chegou à ISS, onde a tripulação conseguiu acoplá-la ao módulo Harmony do laboratório espacial por meio de um braço robótico. A tripulação abrirá na tarde de segunda-feira a escotilha para começar a descarregar os cerca de 590 quilos de provisões transportadas pelo Cygnus, que incluem alimentos e roupas.

A Orbital Science se transforma assim na segunda companhia privada que completa uma missão de transporte de carga à ISS, depois da empresa californiana SpaceX, que há um ano envia provisões com sua cápsula Dragon.

Ao contrário da Dragon, projetada para voltar à Terra após completar sua missão, o Cygnus está programado para desintegrar-se logo após ser desacoplado da ISS, algo previsto para o final de outubro.

A cápsula espacial decolou no dia 18 de setembro da Virgínia (EUA) e sua chegada estava prevista inicialmente para o domingo passado, mas foi atrasada devido a um falha de software antes que se iniciassem as manobras de aproximação.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Nova câmera revela imagem detalhada da Nebulosa da Pata do Gato


Primeiras imagens científicas do instrumento ArTeMiS mostram a região de formação estelar da nebulosa
Recém-instalado no telescópio APEX (Atacama Pathfinder Experiment), ​um novo instrumento chamado ArTeMiS acaba de divulgar suas primeiras imagens científicas - e elas mostram o brilho da Nebulosa da Pata do Gato em detalhes. A ArTeMiS é uma nova câmara de grande angular que trabalha na região submilimétrica do espectro, e deve aumentar a profundidade com que se poderá observar o espaço. Sua rede de detectores permitirá fazer mapas do céu de campo largo mais depressa e com muito mais pixels.
O APEX é um telescópio de 12 metros de diâmetro instalado a elevada altitude no deserto do Atacama, que opera nos comprimentos de onda do milímetro e submilímetro - entre a radiação infravermelha e as ondas rádio do espectro eletromagnético - dando aos astrônomos uma ferramenta valiosa para observar o Universo. 
A equipe que instalou a ArTeMiS teve que lutar contra condições meteorológicas extremas para conseguir completar a tarefa, uma vez que o Centro de Controle do APEX encontrava-se praticamente soterrado pela neve que caiu no planalto do Chajnantor. Para testar o instrumento, foi preciso esperar por tempo muito seco, já que os comprimentos de onda no submilímetro que o telescópio observa são fortemente absorvidos pelo vapor de água. No entanto, quando o bom tempo chegou, foram feitas observações de teste bem sucedidas.
No seguimento dos testes e das observações de instalação, a ArTeMiS foi utilizada para vários projetos científicos. Um dos alvos apontados foi a região de formação estelar NGC 6334 (Nebulosa da Pata do Gato), situada na constelação austral do Escorpião. De acordo com o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), esta nova imagem está significativamente mais nítida do que as da mesma região obtidas anteriormente.

Marte: Nasa divulga análise de rocha com forma de pirâmide

Rocha com forma de pirâmide foi achada pela sonda Curiosity. Pontos marcados em amarelo e vermelho foram analisados pelos instrumentos da sonda Foto: Science/AAAS/Nasa / Divulgação 
A primeira rocha analisada por alguns dos instrumentos da sonda Curiosity em Marte chamou a atenção pelo incomum formato de pirâmide. A pedra, contudo, é comum na Terra e se forma nas profundezas do planeta, afirmam os cientistas, que apresentaram o resultado da análise nesta quinta-feira na revista especializada Science.
A rocha foi apelidada de Jake_M pela Nasa - em homenagem ao engenheiro Jake Matijevic, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) da agência. Ela é um mugearite, um tipo encontrado na Terra em ilhas oceânicas e fendas nos continentes. A presença dessa pedra indica a presença de água em regiões profundas de Marte.
"Na Terra, temos uma boa ideia de como as mugearites e rochas parecidas se formam", diz Martin Fisk, geólogo marinho da Universidade do Estado do Oregon e membro da missão da Curiosity. "(O processo de formação) começa com o magma profundo na Terra que cristaliza com a presença de 1 ou 2% de água. Os cristais se formam no magma e o que não cristaliza é o magma mugearite, que pode eventualmente sair para a superfície em uma erupção vulcânica."

"Ela (a rocha) implica que o interior de Marte é composto de áreas com diferentes composições. Não é bem misturado. Talvez Marte nunca fique homogeneizado da forma como a Terra consegue através das placas tectônicas e do processo de convecção."



Nave russa se acopla à ISS com três tripulantes a bordo

A nave russa Soyuz TMA-10M, com três tripulantes a bordo, se acoplou com sucesso nesta quinta-feira à Estação Espacial Internacional (ISS), informou o Centro de Controle de Voos (CCVE) da Rússia. A manobra, que aconteceu de forma automática, aconteceu às 23h48 (de Brasília da quarta-feira), como estava previsto, segundo as agências locais.

A Soyuz foi lançada cerca de seis horas antes da base de Baikonur no Cazaquistão, com a ajuda de um foguete portador Soyuz-FG. A tripulação da Soyuz TMA-10M, que abrirá as escotilhas dentro de uma hora, é composta pelos cosmonautas russos Oleg Kotov e Sergei Riazanski, e pelo astronauta americano Michael Hopkins.
Para Kotov, está é sua terceira viagem à Estação Espacial Internacional, enquanto para Riazanski e Hopkins, está é a primeira. Segundo as previsões, os três astronautas permanecerão na estação durante 168 dias e vão realizar várias caminhadas espaciais e diversos experimentos científicos.

Entre outras coisas, receberão a tocha dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014, que sairá pela primeira vez ao espaço exterior durante uma caminhada no próximo dia 9 de novembro, segundo o Centro de Treinamento de Cosmonautas da Rússia. Precisamente, Kotov e Riazanski serão os encarregados de levar a tocha olímpica para o espaço exterior pela primeira vez na história.

"A tocha, que sairá ao espaço exterior, é a mesma que acenderá a pira com a chama olímpica de Sochi", disse Dmitri Chernishenko, presidente do comitê organizador dos Jogos de Inverno.

No dia 20 de novembro os seis astronautas da Estação celebrarão o 15º aniversário do início da construção da plataforma, cuja vida útil foi prolongada até 2020.

Na Estação Espacial estão o cosmonauta russo Fyodor Yurchikhin, o italiano Luca Parmitano e a americana Karen Nyberg, que retornarão ao planeta Terra no dia 11 de novembro. Desde que os ônibus espaciais americanos foram aposentados, as naves Soyuz são o único meio de transporte entre a Terra e a ISS.

Na 1ª amostra recolhida, sonda Curiosity acha água em Marte

Curiosity recolheu amostras do solo de Marte Foto: Nasa / Divulgação 
A primeira amostra de solo analisada pela sonda Curiosity em Marte encontrou uma quantidade significativa de água, anunciou nesta quinta-feira a Nasa - a agência espacial americana - em artigo na revista Science.

"Um dos mais emocionantes resultados da primeira amostra ingerida pela Curiosity é a alta porcentagem de água no solo", diz Laurie Leshin, do Instituto Rensselaer (EUA) e líder do estudo apresentado hoje. "Cerca de 2% do solo na superfície de Marte é feito de água, o que é um grande recurso, e cientificamente interessante", diz a cientista. A análise do laboratório ambulante identificou ainda dióxido de carbono, oxigênio e compostos sulfúricos, entre outros, quando aqueceu a terra coletada.

Um dos instrumentos do robô, chamado de SAM (sigla em inglês para "análise de amostra de Marte") inclui um cromatógrafo, um espectrômetro de massa e um espectrômetro a laser. Esses palavrões significam que a sonda tem a capacidade, ao contrário de suas antecessoras, de identificar diversos compostos químicos e determinar a proporção de isótopos (átomos de um mesmo elemento químico que diferem na quantidade de nêutrons) de elementos-chave nas amostras que recolhe.
"Esta é a primeira amostra que analisamos com os instrumentos da Curiosity. É a primeiríssima pá de algo que alimentou o equipamento analítico. Apesar de ser apenas o início da história, nós aprendemos algo substancial", diz Laurie.

A Curiosity usou sua pequena pá para recolher uma amostra de solo de uma região apelidada de "Rocknest" pelos cientistas. Os pesquisadores inseriram porções da amostra no instrumento SAM, que aqueceu a terra a 835°C. O equipamento reconheceu a presença de diversos componentes, inclusive compostos contendo cloro e oxigênio, como clorato ou perclorato, que já eram conhecidos em Marte - mas apenas em regiões mais próximas ao polo, e não na zona equatorial do planeta vermelho, onde está a sonda. A análise indica ainda a presença de carbonatos, que se formam na presença de água.​
"Marte tem um tipo de camada global, uma camada de solo da superfície que tem sido misturada e distribuída por frequentes tempestades de areia. Então, uma pá desse material é basicamente uma coleção microscópica de rochas marcianas", diz Laurie. "Se você misturar muitos grãos dele juntos, você provavelmente terá uma imagem precisa da crosta típica marciana. Ao aprender sobre isso em um lugar, você estará entendendo sobre o planeta inteiro."

Segundo o cientista, os resultados implicarão em futuras missões ao planeta vermelho - inclusive tripuladas. "Nós agora sabemos que deve haver água abundante e de fácil acesso em Marte", diz Laurie. "Quando mandarmos gente, eles podem retirar um pouco do solo em qualquer lugar da superfície, aquecê-lo um pouco e obter água."



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Cientista diz ter achado provas de vida alienígena na estratosfera

Um professor da Universidade de Sheffield (Reino Unido) afirma ter coletado material orgânico a 27 mil metros de altitude. Segundo Milton Wainwright, não é conhecido nenhum fenômeno natural capaz de levar essas partículas a essa altitude, com exceção de violentas erupções vulcânicas. Contudo, como nenhum vulcão entrou em erupção nos últimos três anos na região pesquisada, Wainwright conclui que a única fonte possível para essas "entidades biológicas" é o espaço. As informações são do Huffington Post.
"Nossa conclusão é que a vida está continuamente chegando à Terra pelo espaço, a vida não é restrita a este planeta e certamente não se originou aqui", diz o professor. "Se a vida continua a chegar do espaço, então nós temos que mudar completamente nossa visão de biologia e evolução (...) novos livros didáticos terão que ser escritos!"

Segundo o Huffington Post, Wainwright divulgou seu estudo no Journal of Cosmology, uma publicação especializada controversa, com uma política de revisão por pares "questionável". O professor admite, contudo, que pode ser descoberto um processo natural que tenha levado as partículas à estratosfera.

O próximo passo, afirma o pesquisador, é descobrir se o material é realmente de fora da Terra. "O experimento absolutamente crucial será o que é chamado de 'fracionamento isotópico'. Nós vamos pegar algumas amostras que isolamos da estratosfera e introduzir em uma máquina complexa. Um botão será apertado. Se a proporção de isótopos nos der um número, então os organismos serão da Terra, se der outro, eles são do espaço."

Há 167 anos, era descoberto o 1º planeta previsto matematicamente

A sonda Voyager 2 registrou essa imagem durante sua passagem por Netuno em 1989 Foto: Nasa / Divulgação 
Uma das características da astronomia é que ela consegue prever com precisão o movimento dos principais corpos estudados. Com muitos anos de antecedência, sabemos o dia exato de um eclipse, por exemplo. Contudo, quando o planeta Urano não se movia conforme o previsto, os cientistas dessa área sabiam que havia algo errado. Coube a um matemático, o francês Urbain Joseph Le Verrier, propor a massa e posição de outro corpo que estaria influindo no movimento de Urano. Esse objeto depois ganhou o nome de Netuno, o primeiro planeta cuja existência foi prevista matematicamente, e não por observação.​
A princípio, Le Verrier foi ignorado pelos astrônomos franceses. Ele então mandou seus cálculos para Johann Gottfried Galle, do observatório de Berlim. Este encontrou Netuno logo na primeira noite de busca, em 1846. Dezessete dias depois, ele achou Tritão, sua maior lua.

Independentemente do colega, John Couch Adams também previu a existência de Netuno - mas ao contrário de Le Verrier -, nunca publicou seu trabalho. Galle quis nomear o planeta em homenagem ao matemático francês, mas a ideia não foi aceita pela comunidade astronômica, que decidiu seguir a tradição e dar o nome do deus romano dos mares.

Desde o "rebaixamento" de Plutão a planeta-anão, Netuno é considerado o último planeta do Sistema Solar. A 4,5 bilhões de quilômetros do Sol, um ano netuniano (o tempo que ele leva para orbitar nossa estrela) leva 165 anos terrestres. Além disso, fica tão distante da Terra que não conseguimos vê-lo a olho nu.


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Companhias espanholas criam estrutura para maior telescópio solar do mundo

As companhias espanholas Gometegui e Hilfa construíram o domo do Advanced Technology Solar Telescope (ATST), a estrutura que protegerá o futuro telescópio solar mais avançado do mundo, que ficará no Havaí (EUA).

O projeto de construção da "casa do telescópio", como definiu Iñaki Gento, diretor comercial da empresa Gometegui, foi uma encomenda do Observatório Solar Nacional dos Estados Unidos.
O novo telescópio começará a funcionar dentro de um ano e meio na ilha de Malawi do Havaí, no Observatório Haleakala, que ficará em um parque natural a 3.000 metros de altitude.

Sua tecnologia de ponta permitirá a realização de medições precisas dos campos magnéticos solares em circunstâncias nas quais agora se mostraram invisíveis.

O Observatório Solar Nacional dos Estados Unidos, responsável pelo projeto, é dirigido pela Associação de Universidades para a Pesquisa em Astronomia, formada por 36 centros acadêmicos.
O domo fabricado na Espanha, que protegerá o telescópio, começou a ser construído no começo de 2012 e custou 3,5 milhões de euros (US$ 4,7 milhões).

Com um diâmetro de 26 metros, uma altura de 24 e um peso de 600 toneladas, permite mudar de direção para seguir o movimento do sol, segundo explicou Gento no ato de apresentação desta infraestrutura.

Após superar a fase de testes na qual se encontra agora, o domo será desmontado para sua transferência a partir de janeiro de 2014 para o Havaí.

Terra será habitável por pelo menos mais 1,75 bilhão de anos, diz estudo

A quantidade de tempo habitável de um planeta é relevante pois revela dados sobre a possibilidade de evolução da vida complexa Foto: Nasa / Divulgação 
​As condições que fazem com que o planeta Terra seja habitável durarão, pelo menos, outro 1,75 bilhão de anos, segundo um estudo realizado por cientistas da universidade inglesa de East Anglia. A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira pela revista Astrobiology, revela o tempo de habitabilidade da Terra com base na distância para o sol e nas temperaturas que possibilitam que o planeta tenha água líquida.
A equipe de cientistas observou as estrelas na busca de inspiração e usaram alguns planetas recentemente descobertos fora de nosso sistema solar (exoplanetas) como exemplos para calibrar seu potencial para abrigar vida.
O responsável pelo estudo, Andrew Rushby, da Escola de Ciências Ambientais da Universidade de East Anglia, explicou que foi utilizado "o conceito de zona habitável para fazer estimativas", ou seja, "a distância de um planeta em relação a sua estrela que faz com que as temperaturas sejam propícias para ter água líquida na superfície".
"Usamos os modelos de evolução estelar para calcular o final da vida habitável de um planeta, determinando quando deixará de estar na zona habitável", disse Rushby.

A equipe de cientistas considerou "que a Terra deixará de ser habitável em algum momento dentro de 1,750 bilhão e 3,250 bilhões de anos".

"Passado este ponto, a Terra estará na zona quente do sol, com temperaturas tão altas que os mares se evaporarão. Acontece um evento de extinção catastrófica e terminal para toda a vida", raciocinou.

O responsável pela pesquisa acrescentou que "certamente, as condições dos seres humanos e de outras formas de vida complexas se tornarão impossíveis muito antes", algo que, segundo disse, "está acelerando a mudança climática" gerada pelo homem.

"Os humanos teriam dificuldades inclusive com um pequeno aumento na temperatura e, perto do final, somente os micróbios em alguns nichos ambientais seriam capazes de suportar o calor", explicou.

Rushby disse que ao olhar para o passado "uma quantidade similar de tempo, sabemos que houve vida celular na terra" e deu como exemplo que "tivemos insetos há 400 milhões de anos, dinossauros há 300 milhões e plantas com flor há 130 milhões de anos".

"Anatomicamente, os seres humanos só existiram durante os últimos 200 mil anos, por isso que se vê que é preciso muitíssimo tempo para que se desenvolva a vida inteligente", disse.

A quantidade de tempo habitável de um planeta é relevante pois revela dados sobre a possibilidade de evolução da vida complexa, "que é a que provavelmente mais requeira de um período de condições de habitabilidade".

"A medição de habitabilidade é útil porque nos permite investigar a possibilidade de que outros planetas abriguem vida e para entender que a etapa da vida pode estar em outro lugar da galáxia", segundo explicou Rushby.

Os astrônomos identificaram quase mil planetas fora do sistema solar, alguns dos quais foram analisados por estes especialistas, que estudaram a natureza evolutiva da habitabilidade planetária sobre o tempo astronômico e geológico.

"Comparamos a Terra com oito planetas que estão atualmente em sua fase habitável, incluindo Marte. Descobrimos que os planetas que orbitam estrelas de massa menor tendem a ter zonas de vida mais habitáveis", acrescentou.



Falta de metano reduz expectativa de achar vida em Marte, diz Nasa

As expectativas de encontrar vida em Marte sofreram um revés após novas descobertas da sonda Curiosity, da Nasa, que detectou apenas pequenas quantidades de gás metano na atmosfera do planeta vermelho, segundo estudo publicado esta quinta-feira.
Na última década, cientistas reportaram grandes "colunas" de metano na atmosfera marciana, em afirmações controversas porque foram feitas com base em observações feitas da Terra ou de um satélite em órbita.
Cientistas disseram, em março de 2003, ter encontrado uma nuvem perto do equador marciano que continua 19 mil toneladas de metano.
No entanto, a análise de dados dos instrumentos a bordo da Curiosity mostram apenas pequenas quantidades de metano na atmosfera de Marte.
Os cientistas disseram que as descobertas da Curiosity indicaram que o nível máximo de metano foi de 1,3 parte em um bilhão de volume, seis vezes menos que as estimativas prévias.
O baixo nível de metano na atmosfera reduz consideravelmente as possibilidades de que o solo marciano contenha micróbios ou materiais fósseis orgânicos que produzem este gás, afirmaram os cientistas.
Os resultados também reduzem a probabilidade de níveis significativos de metano produzidos em nível geológico ou de meteoritos, segundo o pesquisador do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), Christopher Webster, coautor do estudo publicado na revista Science.
As colunas de metano identificadas anteriormente podem ter sido resultado de uma interpretação errônea das observações, inclusive as realizadas de telescópios na Terra, segundo os cientistas.
A Curiosity, que pousou no equador marciano em agosto de 2012, já fez observações que indicam que Marte pôde ter abrigado vida microbiana em um passado distante.
Nas últimas semanas, o robô iniciou uma viagem de oito quilômetros com destino ao Monte Sharp, objetivo principal da missão de exploração de dois anos.
Espera-se que a viagem dure vários meses e que Curiosity pare no caminho para analisar as formações geológicas.
A região do Monte Sharp é de particular interesse de particular interesse devido a que as camadas sedimentares podem revelar quando Marte foi apto para a vida, segundo a Nasa.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Nasa paga salário para selecionados passarem 70 dias na cama

A Nasa seleciona candidatos para passarem setenta dias seguidos deitados em uma cama inclinada, na sede da agência, em Houston (Texas), recebendo um salário de US$ 5 mil mensais (cerca de R$ 11 mil). O experimento tenta compreender os efeitos da microgravidade no corpo humano.
"De todos os desafios encontrados no espaço, a microgravidade é um dos mais difíceis de simular na Terra", explicou a entidade em comunicado, ressaltando a importância da pesquisa.
Cientistas e engenheiros pretendem reproduzir um ambiente análogo a uma viagem espacial. Eles acreditam que a longa exposição a uma inclinação para baixo pode simular efeitos da baixa gravidade.
Candidatos aprovados na seleção terão acesso a jogos de tabuleiro, vídeo-games, internet e televisão durante os setenta dias. No entanto, a Nasa informa sobre riscos à musculatura, ossos, funções cardiovasculares e saúde mental dos participantes do projeto.
 Ao fim do estudo, o programa oferecerá duas semanas de "reabilitação" para reparar possíveis danos.


Telescópio registra em detalhes a Nebulosa de Camarão

O Observatório do Paranal, no Chile, registrou a imagem mais nítida já feita da Nebulosa do Camarão, conhecida pelo nome formal IC 4628. Situada a cerca de 6 mil anos-luz da Terra, na constelação do Escorpião, o brilhante amontoado de estrelas é uma extensa região cheia de gás e nodos de poeira escura onde se formam estrelas.
Estas nuvens de gás são regiões de formação estelar que produzem jovens estrelas brilhantes e quentes. Na luz visível, estas estrelas aparecem-nos de cor azul-esbranquiçada, mas emitem igualmente intensas quantidades de radiação noutras partes do espectro eletromagnético - nomeadamente no ultravioleta.​
É na radiação ultravioleta que as estrelas fazem com que as nuvens de gás brilhem. Esta radiação arranca os elétrons aos átomos de hidrogénio, que seguidamente se recombinam, libertando energia sob a forma de luz. Quando este processo ocorre, cada elemento químico emite radiação em determinadas cores – no caso do hidrogénio, a cor predominante é a vermelha.
A Nebulosa do Camarão tem cerca de 250 anos-luz de dimensão, cobrindo uma área no céu equivalente a quatro vezes a lua cheia. Apesar deste tamanho enorme, tem sido frequentemente negligenciada pelos observadores por ser tão tênue e também porque a maioria da sua radiação é emitida a comprimentos de onda para os quais o olho humano não é sensível. A nebulosa é também conhecida pelo nome de Gum 56, em honra do astrónomo australiano Colin Gum, que publicou um catálogo de regiões HII em 1955 – a IC 4628 é um exemplo de uma região HII.
No decorrer dos últimos milhões de anos, esta região do céu formou muitas estrelas, tanto individualmente como em enxames. Existe um grande enxame estelar disperso chamado Collinder 316, espalhado por quase toda a imagem. Este enxame faz parte de um conjunto muito maior de estrelas muito quentes e luminosas. Vemos também muitas estruturas escuras ou cavidades, donde o material interestelar foi soprado pelos ventos poderosos gerados pelas estrelas quentes da vizinhança.




terça-feira, 17 de setembro de 2013

Hackers brasileiros invadem sites da Nasa em protesto

Um grupo hacker brasileiro invadiu pelo menos 14 subdomínios da Nasa, a agência espacial brasileira. Os sites atacados são todos hospedados no Vale do Silício, região da Califórnia conhecida por manter empresas de tecnologia. Na noite desta segunda-feira, os domínios estavam fora do ar. As informações são do site Mashable.
Segundo a reportagem, os ataques começaram na última terça-feira. Um funcionário da Nasa confirmou os ataques a uma TV, contrariando uma nota da agência, mas disse que nenhuma informação confidencial foi acessada.
O site afirma que o ataque foi uma represália aos planos do governo americano de atacar a Síria. 
Não é a primeira vez que a Nasa foi alvo de hackers. O Mashable lembra que algoritmos usados para comandar a Estação Espacial Internacional já foram expostos por invasores, além de dados dos programas Constellation e Órion e de funcionários da agência.

Irã planeja lançar ao espaço foguete com gato persa a bordo

O Irã planeja lançar um foguete ao espaço com um gato persa a bordo, revelou nesta segunda-feira o diretor do departamento de pesquisas da Organização Espacial do país, Mohamad Ebrahimi, em declarações divulgadas pela agência oficial de notícias iraniana "Irna".
"O principal candidato do segundo envio de cápsula com um ser vivo é uma geração especial de gato que no mundo está famoso com o nome de gato persa", disse Ebrahimi.
O diretor explicou que este lançamento será realizado com "combustível líquido e ainda neste ano (o ano persa termina no dia 21 de março)".
No último dia 28 de janeiro, o Irã lançou ao espaço um foguete com um macaco a bordo, que, segundo a agência oficial, alcançou uma altura de 120 quilômetros.
Seu lançamento foi considerado "um êxito", já que se enviou um ser vivo com uma fisiologia parecida à do ser humano e que sobreviveu ao experimento.
O programa espacial iraniano é visto com receio pelos países ocidentais devido ao fato de algumas das aplicações para o lançamento de satélites servirem também para melhorar o sistema dos mísseis balísticos do país.




Fora do Sistema Solar, Voyager é registrada a 19 bilhões de km da Terra

O sinal da sonda Voyager 1, da Nasa, o objeto feito pelo homem que mais se distanciou da Terra até hoje, foi capturado por telescópios do planeta que abandonou há 36 anos. Atualmente fora do Sistema Solar,, a Voyager já passou em sua jornada por diversos outros planetas - e o que pode descobrir a partir de agora, no espaço interestelar, é um mistério para os cientistas. Um longínquo ponto azul é o que mostra a imagem registrada por uma rede de radiotelescópios que vai do Havaí à ilha caribenha de Saint Croix, parte das Ilhas Virgens Americanas.
Esses radiotelescópios não têm capacidade para distinguir a Voyager 1 à luz visível, porém "veem" o sinal da sonda em luz de rádio. As antenas funcionam para um radiotelescópio assim como espelhos e pixels para um telescópio óptico convencional. O registro, divulgado nesta terça-feira pela agência espacial americana, foi feito após um esforço direcionado para procurar um sinal da sonda - e testar a sensibilidade dos equipamentos.
Quando a rede de telescópios, chamada Very Long Baseline Array (VLBA), fez o registro, em 21 de fevereiro, a Voyager 1 estava distante cerca de 18,5 bilhões de quilômetros da Terra. Lançada em 1977 e agora a 19 bilhões de quilômetros do Sol, a sonda se comunica com a Nasa praticamente todos os dias.


domingo, 15 de setembro de 2013

sábado, 14 de setembro de 2013

Cosmonauta diz que retorno da ISS ocorreu "às cegas" após falha na Soyuz

Vinogradov, quem junto a Aleksandr Misurkin e ao americano Christopher Cassidy, aterrissou nas estepes do Cazaquistão procedente da ISS na quarta-feira Foto: EFE 
O cosmonauta russo Pavel Vinogradov denunciou nesta sexta-feira que algumas falhas técnicas nos sensores da nave Soyuz TMA-08M comprometeram parte da manobra de retorno da Estação Espacial Internacional (ISS), concluída na última quarta.

"Tivemos complicações. Depois da desintegração (dos módulos da nave) todos os parâmetros praticamente desapareceram. Na realidade, (...) voávamos às cegas", afirmou Vinogradov em declarações às agências locais.
De acordo com o cosmonauta russo, nenhum dos três tripulantes do módulo de descenso tinha dados sobre a altura do aparelho espacial e, por isso, precisaram ser guiados pelos serviços de resgate. "Não tivemos nenhum parâmetro em absoluto", destacou Vinogradov, quem junto a Aleksandr Misurkin e ao americano Christopher Cassidy, aterrissou nas estepes do Cazaquistão procedente da ISS na quarta-feira.

A missão espacial dos tripulantes da Soyuz TMA-08M na plataforma orbital teve uma duração de 166 dias. Durante esse período, os cosmonautas russos realizaram quatro saídas ao espaço exterior, uma a mais que o astronauta americano. A bordo da plataforma espacial ficaram o cosmonauta russo Fiôdor Yurchikhin e mais dois astronautas, o italiano Luca Parmitano e a americana Karen Nyberg.

Após fracassos, Japão lança 1º telescópio de observação planetária

O lançamento do foguete aconteceu com sucesso às 14h locais (2h de Brasília) no Centro Espacial de Uchinoura, em Kagoshima, no sudoeste do país Foto: AP 

A Agência Aeroespacial do Japão (JAXA) conseguiu neste sábado, após várias tentativas fracassadas, fazer o lançamento do foguete Epsilon-1, que leva a bordo o primeiro telescópio espacial de observação planetária remota.

O lançamento do foguete aconteceu com sucesso às 14h locais (2h de Brasília) no Centro Espacial de Uchinoura, em Kagoshima, no sudoeste do país.

Com o Epsilon-1, o Japão vai colocar em órbita o telescópio Sprint-A, o primeiro de observação remota de planetas como Vênus, Marte e Júpiter desde a órbita da terra.

No dia 27 agosto, quando foi feita a última tentativa fracassada, o sistema realizou um parada automática de emergência poucos segundos antes do lançamento, devido a um problema com a inclinação do foguete.

Uma semana antes, foi cancelada a primeira tentativa por problemas no sistema de cabos da equipe de comunicação.

"O telescópio representará uma revolução na indústria" espacial, assegurou então Yasuhiro Morita, encarregado do lançamento, em comunicado divulgado pela JAXA, que comemora seu décimo aniversário este ano.

O custo do lançamento do Epsilon chega a 5,3 bilhões de ienes (US$ 54 milhões), quase a metade dos custos do modelo HII-A, mas a agência acredita que ainda pode reduzir mais, para até 3 bilhões de ienes (US$ 30 milhões).

O último lançamento espacial japonês aconteceu no início de agosto, após a decolagem de um foguete HII-B em direção à Estação Espacial Internacional (ISS), com o objetivo de transportar equipamentos para a base, entre eles dois satélites.

O Japão desenvolve desde 2003 um intenso programa espacial que, baseado em sua tecnologia pioneira, está focado na exploração dos planetas e asteroides.

Mercúrio

Mercúrio é um planeta seco, quente e quase não tem ar. O planeta fica a quase 58 milhões de quilômetros do Sol e não tem lua nem atmosfera.
Créditos pág. do Facebook:  Além do Sistema Solar

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Cosmonauta diz que retorno da ISS ocorreu "às cegas" após falha na Soyuz

Vinogradov, quem junto a Aleksandr Misurkin e ao americano Christopher Cassidy, aterrissou nas estepes do Cazaquistão procedente da ISS na quarta-feira Foto: EFE 
O cosmonauta russo Pavel Vinogradov denunciou nesta sexta-feira que algumas falhas técnicas nos sensores da nave Soyuz TMA-08M comprometeram parte da manobra de retorno da Estação Espacial Internacional (ISS), concluída na última quarta.

"Tivemos complicações. Depois da desintegração (dos módulos da nave) todos os parâmetros praticamente desapareceram. Na realidade, (...) voávamos às cegas", afirmou Vinogradov em declarações às agências locais.
De acordo com o cosmonauta russo, nenhum dos três tripulantes do módulo de descenso tinha dados sobre a altura do aparelho espacial e, por isso, precisaram ser guiados pelos serviços de resgate. "Não tivemos nenhum parâmetro em absoluto", destacou Vinogradov, quem junto a Aleksandr Misurkin e ao americano Christopher Cassidy, aterrissou nas estepes do Cazaquistão procedente da ISS na quarta-feira.

A missão espacial dos tripulantes da Soyuz TMA-08M na plataforma orbital teve uma duração de 166 dias. Durante esse período, os cosmonautas russos realizaram quatro saídas ao espaço exterior, uma a mais que o astronauta americano. A bordo da plataforma espacial ficaram o cosmonauta russo Fiôdor Yurchikhin e mais dois astronautas, o italiano Luca Parmitano e a americana Karen Nyberg.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Sapo se "intromete" em foto de lançamento de sonda da Nasa

Um sapo fez um "photobomb" (se "intrometeu" na foto) durante o lançamento da sonda Ladee, da Nasa Foto: Nasa / Divulgação 
A Nasa fez um registro incomum durante o lançamento da sonda Explorador de Atmosfera e Ambiente de Pó Lunar (LADEE na sigla em inglês), na madrugada do dia 7 (no horário de Brasília, ainda dia 6 no local). Um sapo parece voar com a energia resultante do foguete na base de lançamento. A agência espacial americana confirma que a imagem é real, mas diz que a condição do anfíbio é "incerta".

Um dos propósitos da missão, disse a agência, é determinar se há pó lunar no alto da atmosfera da Lua. Os cientistas querem determinar se o pó lunar carregado eletricamente pela luz do sol foi a causa do resplendor na aurora sobre o horizonte da Lua detectado pelos astronautas durante várias missões da era de Apollo nas décadas de 1960 e 1970.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Debaixo d'água, astronautas simulam condições de missão na Lua


            O astronauta Jean-François Clervoy simula histórica missão à Lua debaixo d'água na França Foto: ESA / Divulgação
Simulando a missão que em 1969 levou pela primeira vez o homem à Lua, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) está treinando astronautas em condições que lembram as encontradas no satélite da Terra. Debaixo d'água, Jean-François Clervoy e seu instrutor Hervé Stevenin testam alguns dos obstáculos enfrentados pelos membros da Apollo 11 há 44 anos.

A missão Apollo 11 Under The Sea tenta simular as condições que Neil Armstrong e Buzz Aldrin encontraram ao pisar em solo lunar pela primeira vez. De acordo com a ESA, treinar astronautas dessa maneira - submersos - é uma maneira eficaz de adaptar os profissionais ao trabalho na gravidade menor que a do nosso planeta por períodos prolongados.

O treinamento, realizado na semana passada, contou com a participação de especialistas franceses para adequar a experiência à gravidade da Lua, seis vezes menor que na Terra. Os primeiros testes foram realizados em uma piscina da empresa Comex em Marselha, na França, e duas simulações posteriores replicaram as condições lunares no Mar Mediterrâne

Após mais de seis meses em órbita, trio da ISS volta à Terra com sucesso

Três membros da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) - dois russos e um americano - voltaram à Terra nesta quarta-feira com sucesso, após uma missão de mais de cinco meses em órbita, informou o centro espacial russo.
A nave com os russos Pavel Vinogradov e Alexander Misurkin e com o americano Chris Cassidy tocou a terra às 08h58 local (23h58 de Brasília de terça-feira), nas estepes do Cazaquistão, uma ex-república soviética na Ásia central onde a Rússia utiliza o cosmódromo de Baikonur.
A aterrissagem, que foi acompanhada por 12 helicópteros e três aviões, aconteceu na área prevista, a cerca de 150 quilômetros da cidade cazaque de Dzhezkazgan. A missão espacial dos tripulantes do Soyuz TMA-08M teve duração de 166 dias.
A retirada dos cosmonautas da cápsula foi transmitida ao vivo pelo canal de televisão russoRossiya 24. "Tudo está bem", disse Vinogradov sorridente para as câmeras de televisão. Um vídeo postado pelo centro espacial russo mostra os três homens sendo retirados da cápsula e levados a cadeiras sob o sol matinal.
O trio havia chegado à ISS em 29 de março, após um "voo expresso" de seis horas - contra os dois dias necessários - a bordo de uma nave Soyouz. Após sua chegada à ISS, vários incidentes ocorreram a bordo da Estação Espacial: em maio, uma fuga de amoníaco detectada no segmento americano obrigou dois astronautas a sair ao espaço para substituir uma bomba.
Durante sua estadia na ISS, os cosmonautas russos realizaram quatro caminhadas espaciais, enquanto o astronauta americano esteve no exterior da estação em três ocasiões.
O italiano Luca Parmitano, o russo Fiodor Iourtchikhine e a americana Karen Nyberg permanecem a bordo da Estação Espacial. No final de setembro, a ISS receberá o americano Michael Hopkins e os russos Oleg Kotov e Sergueï Riazanski.
Depois que as naves americanas foram retiradas de serviço, as naves russas Soyuz são os únicos veículos utilizados para o transporte dos tripulantes da ISS. Inicialmente estava previsto que a plataforma orbital encerrasse suas atividades em 2015, mas Rússia e os outros 15 países-membros insistiram na importância de se prolongar sua vida útil, em grande medida porque sua construção ainda não foi completada.
Além de Rússia e Estados Unidos, 12 países-membros da União Europeia (UE), Japão e Canadá participam do projeto, com um custo aproximado de US$ 100 bilhões.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Lua, Saturno e Vênus ♥

Como na foto esta presente, a Lua, Vênus e Saturno que minha câmera não fotografou (infelizmente minha câmera não é tão boa e também não tenho telescópio!)

domingo, 8 de setembro de 2013

Virgin Galactic rompe de novo barreira do som em voo de teste

Nave espacial SpaceShip Two (SS2) chegou a 21 quilômetros de altura  Foto: Mars Scientific / Divulgação 
A companhia espacial do multimilionário Richard Branson, a Virgin Galactic, realizou na quinta-feira com sucesso o segundo voo de teste de sua nave suborbital SpaceShipTwo (SS2) que ultrapassou a barreira do som enquanto subia a 21 quilômetros acima da superfície terrestre.
Segundo publicou Branson no blog de sua empresa, o teste de sua nave comercial serviu para comprovar o funcionamento do sistema de abertura de suas asas que permitem ao veículo reentrar na atmosfera de forma controlada e aterrissar como um avião. O exercício foi realizado a partir do aeroporto do deserto de Mojave, no sul da Califórnia, e durou 30 minutos.

A SpaceShipTwo decolou acoplada a um avião de carga que o transportou até 14 quilômetros de altitude, no limite com a estratosfera, onde se desprendeu e os pilotos ligaram o motor-foguete que em 20 segundos fez com que o veículo chegasse a sua máxima altitude e superasse a barreira do som.

"Este é um passo gigantesco", disse Branson, que anunciou que sua companhia estabeleceu o recorde de altura para um voo de um veículo comercial com asas. A Virgin Galactic quer poder iniciar suas viagens turísticas suborbitais em 2014, uma experiência exclusiva que tem um custo por passagem de US$ 250 mil. Cerca de 630 pessoas já fizeram a reserva e a empresa arrecadou mais de US$ 80 milhões em depósitos.

Lua ocultará planeta Vênus neste domingo

Vênus, o planeta mais brilhante avistado da Terra e que desde meados de julho vem iluminando os fins de tarde em algumas regiões, será completamente encoberto pela Lua neste domingo, dia 8. O evento deve ocorrer por volta das 19h em muitas cidades do Sul situadas abaixo de Florianópolis, ou seja, em latitudes Sul maiores que 27 graus. Quem mora em outras regiões do País não deverá ver a ocultação.

O fenômeno astronômico promete ser de fácil observação. Segundo Jair Barroso, do Observatório Nacional, a sugestão é que se olhe na direção da Lua minutos antes para que se localize o corpo celeste a tempo de sentir como evolui o fenômeno. Depois de encoberto, o astro poderá ser visto reaparecendo no lado mais brilhante da Lua. "Valerá a pena olhar a beleza do quadro que se formará com a passagem da Lua 'muito próxima' a Vênus", ressalta.
 A  ocultação ocorrerá no lado poente após o pôr-do-Sol. "A Lua terá um tom acinzentado na ocasião. Um pouco abaixo dela (cerca de 3 graus ou 6 vezes o diâmetro aparente da Lua), estará a estrela Espiga (ou Spica), que é um astro de primeira magnitude, pertencente à constelação da Virgem. Ela tem importância histórica, pois é mostrada na bandeira brasileira acima da faixa Ordem e Progresso, representando o estado do Pará", explica Barroso.

O astrônomo João Batista Garcia Canalle, coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia Astronáutica (OBA), lembra também que há outro astro sendo observado no céu noturno. "Desde o mês passado, temos visto Saturno transitar pelo nosso céu. E no domingo, ele estará a cerca de 10 graus acima de Vênus e da Lua, quase em linha com Spica", diz.

Os professores orientam os curiosos a olharem novamente para a mesma região ao anoitecer do dia seguinte. De baixo para cima, será possível observar a estrela Espiga, Vênus, a Lua e, finalmente, o planeta Saturno. "Veja quanto ela 'caminhou' no céu por causa de sua translação em torno da Terra", sugere Canalle.

Nasa lança cápsula que buscará resolver mistério do crepúsculo lunar

Notícia: 07/09/2013


Um dos propósitos da missão, disse a agência, é determinar se há pó lunar no alto da atmosfera da Lua Foto: AP
A Nasa lançou esta noite a partir de uma ilha no litoral da Virgínia uma cápsula robótica que orbitará a Lua para resolver um mistério de cinco décadas: os crepúsculos lunares. A sonda chamada Explorador de Atmosfera e Ambiente de Pó Lunar (LADEE na sigla em inglês) tem o tamanho de um automóvel compacto, pesa 383 quilos e partiu segundo o programado às 0h27 (horário de Brasília) do sábado desde a instalação da Nasa em Wallops Island, acoplada em um foguete Minotaur V, usado pela primeira vez para este tipo de missões.

Um dos propósitos da missão, disse a agência, é determinar se há pó lunar no alto da atmosfera da Lua. O veículo espacial traçou um arco iluminado de sudeste a nordeste, visível da Carolina do Norte até o Maine, e sete minutos depois se separou do segmento propulsor principal fazendo sua travessia rumo à órbita lunar.

Os cientistas querem determinar se o pó lunar carregado eletricamente pela luz do sol foi a causa do resplendor na aurora sobre o horizonte da Lua detectado pelos astronautas durante várias missões da era de Apollo nas décadas de 1960 e 1970. "Às vezes nos surpreendemos quando começamos a falar de uma atmosfera lunar porque a maioria de nós aprendeu na escola que a Lua não tem atmosfera", comentou em uma teleconferência Sarah Noble, cientista do programa LADEE. "Existe, mas é muito, muito tênue", acrescentou.

"Uma atmosfera tênue como a da Lua pode ser mais comum no sistema solar do que pensávamos", explicou em entrevista coletiva John Grunsfeld, administrador para ciência na agência. "Um melhor conhecimento da atmosfera lunar poderia nos ajudar a entender melhor nosso diverso sistema solar e sua evolução", acrescentou.

Além do primeiro uso de um foguete Minotaur V, outras novidades desta missão são os primeiros testes de um sistema de comunicação por laser com alta taxa de transferência de dados, e o primeiro lançamento além da órbita terrestre desde a instalação de lançamentos da Nasa no litoral da Virgínia.

A LADEE é, além de um projeto com um custo de US$ 280 milhões, a primeira cápsula espacial projetada, desenvolvida, construída, montada e testada no Centro Ames de Pesquisa da Nasa em Moffett, Califórnia. O Minotaur V é um míssil balístico proejtado para a Força Aérea que se transformou em veículo para lançamentos espaciais.

Aproximadamente um mês depois do lançamento, a LADEE iniciará sua fase de trabalho de 40 dias. Nos primeiros 30 dias a sonda fará tarefas muito acima da superfície da Lua, incluindo o teste do sistema de comunicação por laser. Após isso, começa uma fase científica de cem dias que recolherá dados usando três instrumentos para determinar a composição da atmosfera lunar e detectar a presença de pó em grande altitude.

A Lua tem o que os cientistas chamam de exosfera, isto é uma atmosfera tão tênue que suas moléculas individuais não atuam entre si. A Terra tem uma exosfera, mas localizada a centenas de quilômetros da superfície. Na Lua, esta exosfera fica muito perto da superfície e isso a torna acessível para o estudo. O pó lunar, como o levantado pelos impactos, preocupa os cientistas porque pode prejudicar os sistemas em futuras naves, robôs exploradores e ainda as roupas dos astronautas.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Nasa lança na madrugada sonda para estudar a atmosfera da Lua

A Nasa lança nesta sexta-feira (madrugada de sábado, no horário de Brasília) uma nova sonda na órbita da Lua para descobrir os segredos de sua fina atmosfera, o que contribuirá para uma compreensão melhor de outros objetos do Sistema Solar, como os grandes asteroides.
O lançamento desta nave espacial não tripulada, do tamanho de um pequeno carro, e denominada Lunar Atmosphere and Dust Ambiente Explorer (LADEE), está previsto para as 23h27 locais (0h27 de Brasília) a bordo de um foguete Minotaur V, míssil intercontinental adaptado, do Centro Espacial Wallops na costa da Virgínia (leste).
A probabilidade de o clima ser favorável no momento do lançamento é de 90%, afirmou Sarah Dougherty, diretora da experiência.
Com 383 quilos de peso e equipada com três instrumentos científicos, inclusive dois espectrômetros, a sonda LADEE coletará dados detalhados sobre a estrutura e a composição química da atmosfera lunar, que é muito fina, e determinará se a poeira permanece em suspensão.
A poeira em suspensão poderia explicar o mistério das luzes observadas pelos astronautas da missão Apolo, entre 1969 e 1972, no horizonte lunar logo antes do amanhecer, disse a Nasa.
Uma melhor compreensão das características da atmosfera do vizinho celeste mais próximo da Terra poderia ajudar os cientistas a entender outros objetos do Sistema Solar, como o planeta Mercúrio ou grandes asteroides, explicaram os especialistas a cargo desta missão de US$ 280 milhões, iniciada em 2008.
"Quando deixamos a Lua (há quarenta anos), pensávamos que era uma superfície menos antiga, sem atmosfera", disse John Grunsfeld, administrador associado da Nasa e encarregado de missões científicas.
"Graças às sondas de reconhecimento, descobrimos que a Lua é cientificamente muito mais interessante, que continua evoluindo e, de fato, tem uma espécie de atmosfera", acrescentou. Para ele, esta missão "poderia ajudar a entender melhor a diversidade do nosso Sistema Solar e sua evolução".
Mas o estudo da atmosfera lunar deve ser feito sem demora antes que as missões de exploração alterem este entorno frágil, disse esta quinta-feira, durante coletiva de imprensa, Sarah Nole, cientista do programa LADEE. De fato, a atmosfera lunar é tão fina e frágil que um trem de aterrissagem poderia afetá-la, advertiu.
Vários países, especialmente a China, manifestaram a intenção de ir à Lua. Pequim anunciou na semana passada o lançamento de um módulo de aterrissagem no final de 2014.
Um mês depois de seu lançamento, a sonda LADEE permanecerá os primeiros 40 dias muito acima da superfície lunar para realizar uma série de testes. Usará uma nova tecnologia a laser de transmissão tão potente quanto a das redes de fibra óptica terrestre.
Depois começará sua missão de estudo científico da atmosfera lunar durante cem dias. A última missão da Nasa para a Lua foi em 2012 com o lançamento das sondas gêmeas Grail para desvendar os segredos do interior lunar e medir sem campo gravitacional.
Antes disso, em 2009, os Estados Unidos lançaram as duas sondas LRO/LCROSS, que confirmaram a presença de água em forma de gelo em uma cratera no polo sul da Lua.
Astronautas americanos pisaram pela primeira vez na Lua em 1969; os últimos exploradores da era Apolo visitaram o satélite natural da Terra em 1972. A Nasa não tem planos de enviar uma missão tripulada para a Lua.
A sonda LADEE foi concebida quando a agência espacial americana tinha previsto voltar a enviar humanos à Lua como parte do programa Constellation, que o presidente Barack Obama cancelou por ter um orçamento alto demais e ser redundante em seus objetivos.
O próximo projeto de exploração humana da Nasa busca enviar humanos a Marte para a década de 2030. Desde Apolo, com 40 missões para a Lua, LADEE será a segunda sonda lunar que não é lançada de Cabo Cañaveral na Flórida (sudeste). Em 1994, Clementine partiu da Califórnia (oeste).
O Centro Espacial de Wallops está a 270 km da capital americana. Criado em 1945, tem sido usado para lançar pequenas naves suborbitais e balões científicos.

Cosmonauta desiste de ir ao espaço por "trabalho mais interessante"

Apesar de ser o sonho de muitas pessoas, a viagem ao espaço não é a coisa mais importante para o cosmonauta Yury Lonchakov. Escalado para integrar uma missão à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em 2015, o russo pediu demissão de seu posto por um “trabalho mais interessante”, de acordo com informações da agência RT.

Lonchakov faria parte da equipe, ao lado do compatriota Oleg Kononenko, do americano Kjell Lindgren e do japonês Kimiya Yui, que embarcaria na nave Soyuz TMA-16M em missão rumo à ISS em 2015. “Ele veio até mim e disse que encontrou um trabalho mais interessante do que trabalhar no espaço. E escreveu sua carta de demissão”, disse nesta quinta-feira, à agência Interfax, Sergey Krikalev, chefe do Centro de Treinamento de Cosmonautas.

“Francamente, nós contávamos com a sua participação porque ele não fazia apenas parte da unidade, ele estava escalado para a tripulação”, afirmou Krikalev, acrescentando que não entendeu a decisão do cosmonauta. A saída de Lonchakov causou polêmica na Rússia, com muitas pessoas questionando qual trabalho seria mais interessante que ser um viajar ao espaço.

O cosmonauta, 48 anos, já era um veterano. Ele fez seu primeiro voo em 2001, como parte da tripulação da Endeavour STS-100 no programa de montagem da ISS. Em sua segunda missão, em 2002, Lonchakov trabalhou como engenheiro de voo da Soyuz TMA-1. Em 2008, foi o capitão da Soyuz TMA-13 e serviu novamente como engenheiro na 18ª missão à ISS. Ele fez duas caminhadas no espaço nesta ocasião.

De acordo com dados de 2010, cosmonautas russos ganham entre US$ 130 mil e US$ 150 mil durante seis meses na ISS. No entanto, o salário mensal quando retornam à Terra é de aproximadamente US$ 2,1 mil.

O Centro de Treinamento de Cosmonautas comunicou no ano passado que há um programa para transferir a indústria militar espacial para o serviço civil. O famoso cosmonauta Aleksey Leonov, o primeiro homem a caminhar no espaço, em 1965, disse que algumas decisões recentes das autoridades estão levando à destruição dos cosmonautas russos - a mídia local reportou que alguns deles, anonimamente, têm se queixado de falta de respeito do governo.

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