Diamantes - tão grandes que poderiam ser usados por
estrelas de Hollywood - podem estar caindo do céu em Saturno e em
Júpiter. Essa é a conclusão de dois cientistas americanos, que
apresentaram sua pesquisa no encontro anual da divisão de Ciências
Planetárias da Sociedade Americana de Astronomia, que aconteceu em
Denver, nos Estados Unidos.
Novos dados indicam que o carbono em sua forma
cristalizada é abundante na atmosfera desses planetas, segundo Kevin
Baines, da Universidade de Winsconsin-Madison e do Laboratório de
Propulsão da Nasa. A coautora da pesquisa é Mona Delitsky, do instituto
California Speciality Engineering.
A tese de Baines e Mona afirma que poderosos raios
transformam o metano em partículas de carbono. À medida que vai caindo,
esse carbono entra em choque com a pressão atmosférica desses planetas, e
se transformam primeiro em pedaços de grafite e, em seguida, em
diamantes. Dependendo das condições, esses "granizos" de diamante podem
inclusive derreter.
Anel de diamante
Os maiores diamantes provavelmente seriam de um centímetro de diâmetro, de acordo com Baines. "Seria um diamante grande o suficiente pra colocar em um anel", disse, acrescentando que seria algo que a atriz Elizabeth Taylor ficaria "orgulhosa em usar".
Os maiores diamantes provavelmente seriam de um centímetro de diâmetro, de acordo com Baines. "Seria um diamante grande o suficiente pra colocar em um anel", disse, acrescentando que seria algo que a atriz Elizabeth Taylor ficaria "orgulhosa em usar".
"O importante é que mil toneladas de diamantes são
produzidos por ano em Saturno. E as pessoas me perguntam: 'como você
pode ter certeza se não tem como ir para lá?' Bem, tudo é uma questão
química. E acreditamos que estamos bastante certos"
Os cientistas analisaram as últimas temperaturas e
pré-condições de pressão no interior dos planetas, além de novos dados
sobre como o carbono se comporta em diferentes condições.
A descoberta dos cientistas americanos ainda precisa ser
avaliada por outros acadêmicos, mas especialistas consultados pela BBC
disseram que a possibilidade de uma chuva de diamantes "não pode ser
desconsiderada".
"Parece válida a ideia de que há uma profunda variação
dentro das atmosferas de Júpiter e ainda mais de Saturno, nas quais o
carbono poderia se estabilizar como diamante", disse o professor Raymond
Jeanloz, um dos responsáveis pela descoberta de que havia diamantes em
Urânio e Netuno.
BBC Brasil
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