sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Índia coloca em órbita 1º satélite com fins militares

O satélite de 2,5 toneladas - de fabricação indiana e com um custo de US$ 27,5 milhões - foi lançado nesta madrugada de uma base de lançamento na Guiana Francesa e orbitará a cerca de 36 mil quilômetros de distância Foto: EFE 
A Índia colocou nesta quinta-feira em órbita pela primeira vez um satélite com fins militares, o GSAT-7, que permitirá à Marinha indiana se comunicar com sua frota através de um sistema criptografado, informou a agência espacial do país asiático.

"(O satélite) é muito importante do ponto de vista da segurança e da vigilância", afirmou uma fonte da Organização Índia de Investigação Espacial (ISRO) à agência local "PTI".

O satélite de 2,5 toneladas - de fabricação indiana e com um custo de US$ 27,5 milhões - foi lançado nesta madrugada de uma base de lançamento na Guiana Francesa e orbitará a cerca de 36 mil quilômetros de distância.

A função do satélite é facilitar a troca de informação entre as embarcações da Marinha indiana sobre a localização exata dos navios e submarinos de outros países, ao fornecer um detalhado mapa digital sobre sua posição.

A Índia se unirá assim ao exclusivo grupo de países que dispõem de um sistema de defesa por satélite, no qual figuram apenas Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China.

O gigante asiático, que já realizou mais de 100 missões espaciais até o momento e lançou sua primeira sonda lunar em 2008, prepara uma missão espacial para Marte para 2013 e tem planos de lançar sua primeira missão espacial tripulada em 2016.

Desde sua independência, em 1947, a Índia mantém uma corrida armamentista com o vizinho Paquistão, que possui armas nucleares, mas nos últimos anos se centrou no desenvolvimento de um poder dissuasório frente à China, país com o qual mantém disputas fronteiriças.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Inscrições para viagem sem volta de Marte encerram dia 31

Trocar o bucólico distrito de São Pedro da Serra, na região serrana do Rio, por uma viagem sem volta a Marte. Este é o sonho do jornalista e pousadeiro João Carlos Leal, 52 anos, um dos primeiros brasileiros inscritos no projeto Mars One, que pretende colonizar o Planeta Vermelho a partir de 2023. Idealizada pelo cientista holandês Bas Lansdorp, a ambiciosa missão está orçada em US$ 6 bilhões e já atraiu mais de 100 mil inscritos dos quatro cantos do mundo. Todos querem estar entre os 24 selecionados para a aventura marciana e serem os primeiros habitantes do lugar inóspito. E ainda dá tempo para se inscrever: o prazo acaba no sábado.

O site oficial do Mars One recebeu inscrições de mais de 120 países, como Brasil, Estados Unidos, Canadá, México, Argentina, China e Rússia. “Até o último dia 18, o número de brasileiros que conseguiram passar na primeira fase e tiveram suas inscrições aceitas era de 27, terceiro lugar na América, perdendo apenas do México. Os Estados Unidos continuam liderando folgado. Dos 1.300 aprovados na primeira fase, eles representam mais de um terço”, afirma João Carlos, que em maio passado recebeu e-mail do projeto com a aceitação de sua ficha.
Apaixonado desde criança por missões espaciais, o pousadeiro teve alguns problemas familiares ao se inscrever no ousado projeto, cuja viagem levará sete meses, segundo o site oficial. 

“Primeiro minha mulher e meu filho acharam legal a minha disposição por tornar realidade um sonho. Há anos eles me ouvem falar de viagens espaciais ou de livros e contos que vivo burilando no computador sobre o tema. Naquele momento, ambos até me ajudaram, divulgando o meu endereço no Mars One para amigos. Depois, quando as primeiras notícias saíram e eles sentiram que a coisa toda podia se tornar real, os dois recuaram. Meu filho de 12 anos ficou um pouco assustado com a fama repentina na escola - nessa idade não é um bom negócio se destacar como 'esquisito', ou filho de um 'esquisito'. Minha mulher só teve uma crise depois que uma amiga fez um comentário sobre se eu estaria querendo deixá-la e ficamos umas boas semanas debatendo a relação. Agora, eu, Lucas e Elaine estamos numa fase de calmaria”, diz Leal, que já está sendo chamado de marciano pelas ruas do distrito, situado a uma hora de Nova Friburgo.

Caso seja selecionado pelo Mars One, terá 62 anos ao pousar em Marte, idade considerada ideal por ele. “Acho que a missão deveria enviar primeiro os voluntários mais velhos. Quando a base estivesse estruturada, aí sim os jovens poderiam ser levados para iniciar uma colônia e formarem família”, argumenta.

Vale destacar que, desde maio, Leal pede apoio à sua candidatura através do Facebook e e-mail. Isso porque uma das etapas de seleção do projeto levará em conta a opinião do público. Quem quiser mandar o pousadeiro para o espaço precisa entrar no seu perfil no site do Mars One e clicar na quinta estrela (a última da esquerda para a direita). “Isso me dará visibilidade e boa avaliação”, diz ele.

Futuros astronautas serão escolhidos em 4 etapas
As inscrições para disputar uma vaga no projeto Mars One foram abertas em abril deste ano e se encerram no dia 31 de agosto. Os interessados devem ser maiores de 18 anos e precisam pagar uma taxa de inscrição que varia de acordo com o país de origem. É preciso preencher um formulário, enviar o currículo e um vídeo de apresentação para o site oficial. A seleção dos futuros astronautas será feita em quatro etapas, sendo que a primeira é a confirmação da inscrição com base no material enviado pelo candidato. A próxima fase começa em setembro e vem sendo aguardada com expectativa por João e sua família. “Estamos todos esperando para ver no que vai dar”, diz ele, atualmente de férias com a mulher no sul da Bahia. 

Em artigo no site do projeto, seu idealizador resume a proposta da expedição. “O Mars One é uma missão representando toda a humanidade e seu verdadeiro espírito será justificado apenas se pessoas de todo o mundo estiverem representadas. Eu me orgulho de ver exatamente isso acontecendo”, afirmou Lansdorp.

Japão adia lançamento de telescópio de observação planetária pela 2ª vez

O Japão adiou nesta terça-feira, pela segunda vez em uma semana, o lançamento do Epsilon-1, foguete que colocaria em órbita o primeiro telescópio espacial de observação planetária remota, informou a Agência Aeroespacial do Japão (JAXA).

O sistema realizou "um parada automática de emergência 19 segundos antes do lançamento" devido a um problema com a inclinação do foguete, um novo tipo de projétil de combustível sólido, explicou à Agência Efe uma porta-voz de JAXA.

A agência japonesa investiga agora a causa dessa falha e, até o momento, não possui informações em torno de um possível novo lançamento, acrescentou a fonte.

A última tentativa de lançamento do Epsilon-1, realizada no último dia 22 de agosto, foi adiada após a agência japonesa detectar um problema no circuito elétrico do equipamento de comunicação.

O foguete estava previsto para ser lançado às 13h45 locais (04.45 GMT) desde o Centro Espacial de Uchinoura, na Prefeitura de Kagoshima. No entanto, na ocasião, o projétil não saiu do chão após a contagem regressiva, como mostraram as imagens oferecidas ao vivo pela agência aeroespacial.

Com o lançamento do Epsilon-1, formado por três partes de 24,4 metros de longitude, 2,6 de diâmetro e 91 toneladas, o Japão espera pôr em órbita o telescópio Sprint-A, o primeiro espacial de observação remota de planetas como Vênus, Marte e Júpiter.

"Esse lançamento representará uma revolução na indústria espacial", detalhou Yasuhiro Morita, o encarregado pelo lançamento, em um comunicado publicado pela JAXA, que neste ano celebra seu décimo aniversário.

O último lançamento espacial japonês em direção à Estação Espacial Internacional (ISS) ocorreu no início do mês, com o foguete HII-B e com o objetivo de transportar equipamentos à base, entre eles dois satélites que incorporam a tecnologia desenvolvida por uma empresa espanhola.

Desde 2003, o Japão desenvolve um intenso programa espacial que, baseado em sua tecnologia, prioriza a exploração planetária e a de asteroides.

Estudo brasileiro acha mais velho gêmeo do Sol; estrela teria "Terras"

Uma pesquisa liderada por instituições de pesquisa do Brasil e que utilizou telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), no Chile, identificou o mais velho gêmeo solar já descoberto. A estrela resolveria o chamado "mistério do lítio" no Sol e ainda pode conter planetas rochosos, assim como a Terra. O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira na Universidade de São Paulo (USP).

Os gêmeos solares são estrelas com mesma massa e composição química similar ao Sol. Como estes são os dois fatores mais importantes na evolução de uma estrela, os cientistas podem estudar um gêmeo como se fosse o passado ou o futuro do Sol.

A pesquisa da USP descobriu estudou dois gêmeos solares, um potencialmente mais jovem (18 Sco) e outro mais velho (HIP 102152). O estudo, que usou os telescópios instalados no Chile, não apenas confirmou a hipótese, mas descobriu que a segunda estrela não só é mais velha que o Sol, mas é o gêmeo mais velho conhecido.

O mistério do lítio
Uma das dúvidas que os cientistas tentam resolver ao estudar os gêmeos solares é o chamado "mistério do lítio". Acontece que o Sistema Solar tem menos desse elemento químico do que a nebulosa - a nuvem de gás e poeira - da qual nossa vizinhança se formou. Isso indica que o elemento foi consumido pela evolução do Sol, ou pela formação dos planetas. 

O estudo brasileiro descobriu que o gêmeo mais jovem tem mais lítio que o nosso Sol, enquanto a HIP 102152 tem menos. Outros dois gêmeos foram analisados e o resultado indica uma correlação muito estreita entre a quantidade de lítio e a idade da estrela. 

Outras Terras
Estudos anteriores indicam que o Sol tem uma quantidade peculiar de certos elementos químicos em relação à maioria de seus gêmeos. A nova pesquisa indica que HIP 102152 tem uma abundância química similar à nossa estrela. Isso indica, afirmam os cientistas, que ela pode abrigar planetas rochosos, assim como o Sistema Solar.

Sonda espacial chinesa vai pousar na Lua até o fim do ano

O lançamento será fetio do centro espacial de Xichang. A técnica para diminuir a velocidade ainda não foi revelada

A China enviará até o fim do ano sua primeira sonda espacial com o objetivo de pousar em solo lunar. As fases de elaboração e construção para a missão sem tripulantes Chang'e-3 terminaram e entrou oficialmente na fase de lançamento, anunciou a Agência do Estado para a Ciência, Tecnologia e Indústria, segundo a agência oficial Xinhua.
O lançamento da sonda, a primeira chinesa a pousar na Lua, acontecerá no centro espacial de Xichang. A técnica para diminuir a velocidade ainda não foi revelada.
Na mitologia chinesa, Chang'e é o nome de uma mulher que vivia na Lua, em um palácio de jade. A China batizou com o mesmo nome duas sondas espaciais lançadas em 2007 e 2010 para observar o satélite natural.

Cientistas encontram provas de água em grãos minerais da Lua

Cientistas encontraram provas de água em grãos minerais da superfície da Lua de origens ainda desconhecidas na profundidade do satélite, informou a Nasa nesta terça-feira.
Os pesquisadores usaram dados coletados pelo Instrumento de Mineralogia (M3) da Nasa a bordo da cápsula Chandrayaan 1, da Organização de Pesquisa Espacial de Índia, e detectaram água magmática, ou seja a originada nas profundezas lunares.
É a primeira detecção desta forma de água a partir de um objeto na órbita da Lua. Estudos anteriores mostraram a existência de água magmática em amostras lunares coletadas pelos astronautas do programa Apollo.
O M3 captou imagens da cratera Bullialdus, causada por um impacto perto da linha equatorial da Lua. A Nasa explicou que os cientistas estão interessados nessa área porque poderiam calculacar melhor o volume de água dentro das rochas devido à localização da cratera e ao tipo de minerais contidos lá.
O pico central da cratera é composto por um tipo de rocha que se forma nas profundezas da crosta lunar e do manto lunar quando o magma fica preso ali.
"Essa rocha, que normalmente fica muito abaixo da superfície, foi escavada desde as profundezas pelo impacto que formou a cratera Bullialdus", explicou Rachel Klima, geóloga planetária no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland.
"Na comparação com o entorno, encontramos na porção central da cratera um volume significativo de hidroxila, uma molécula feita de um átomo de oxigênio e um de hidrogênio, o que prova que as rochas nesta cratera contêm água que se originou muito abaixo da superfície lunar", disse Rachel.
Em 2009, o M3 fez seu primeiro mapa mineralógico da superfície lunar e descobriu moléculas de água nas regiões polares da Lua. Na primeira avaliação os cientistas supuseram que essa água seria uma camada fina formada pelo impacto do vento solar sobre a superfície lunar.

Mas a Bullialdus fica em uma região pouco propícia para o vento solar produzir quantidades significativas de água na superfície
"As missões da Nasa, como o Prospector Nuclear e o Satélite de Observação e Sensores de Cratera Lunar, e os instrumentos como o M3 coletaram dados cruciais que mudaram radicalmente nossa ideia da existência de água na superfície da Lua", disse Pete Worden, diretor do Centro Ames de Pesquisa da Nasa em Moffett Field, Califórnia.
A detecção de água dentro de uma observação orbital significa que os cientistas podem provar algumas das conclusões de estudos em amostras em um contexto mais amplo, incluindo regiões distantes de onde chegaram as missões Apollo.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Governo destina R$ 33 milhões para empresa de foguetes

Publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União decreto em que o governo federal autoriza a transferência de R$ 33.333.333 para o aumento de capital social da empresa binacional Alcântara Cyclone Space. Parceiro do empreendimento - que tem o objetivo de desenvolver tecnologia espacial para lançamento do foguete Cyclone-4 a partir da Base de Alcântara, no Maranhão - o governo da Ucrânia depositará igual valor.
O foguete Cyclone-4 está sendo construído na Ucrânia, por meio de acordo de cooperação tecnológica assinado em 2003. Segundo a Agência Espacial Brasileira, o investimento inicial para a criação da binacional era US$ 105 milhões. Em junho de 2008, durante reunião do Conselho de Administração da Alcântara Cyclone Space na Ucrânia, decidiu-se por aumentar o capital da empresa para US$ 375 milhões.
Criada em 2007, a Alcântara Cyclone Space vai explorar, em bases comerciais, os serviços de lançamentos do foguete, para colocar satélites em órbita.

domingo, 25 de agosto de 2013

Há 1 ano, morria Neil Armstrong, 1º homem a pisar na Lua

Ao ir a um hospital para fazer exames, o astronauta Neil Armstrong descobriu que tinha quatro artérias coronárias entupidas. No dia 6 de agosto de 2012, os médicos tiveram que fazer uma cirurgia de emergência para tentar salvar o primeiro homem a pisar na Lua. Armstrong completara 82 anos no dia anterior e não viveu para ver um novo aniversário. O astronauta morreu alguns dias depois, em 25 de agosto, devido a complicações cardiovasculares.
Como comandante da missão Apollo 11, Armstrong se tornou o primeiro ser humano a pisar na Lua em 20 de julho de 1969. Em nota, a família na data da morte afirmou que Armstrong morreu devido a complicações cardiovasculares, mas não revelou o local onde ele estava. Os familiares o descrevem como um carinhoso marido, pai, avô, irmão e amigo, além de "um relutante herói americano que sempre acreditou que estava fazendo o seu trabalho."

Armstrong nasceu em Wapakoneta, no Estado americano de Ohio, em 1930. Ele foi um apaixonado pela aviação e deixou a universidade em 1950 para lutar na Guerra da Coreia. Na luta, participou de 78 combates aéreos.

Após o conflito, começou a trabalhar como piloto de teste, levando a aeronave X-15 - um misto de avião e foguete - ao limite com o espaço. Foi um dos primeiros astronautas civis e participou do programa Gemini, da Nasa.
Foi o programa Apollo que eternizou o nome deste americano. Atrás dos soviéticos na corrida espacial (que já tinham mandado o primeiro satélite artificial e o primeiro homem ao espaço), o então presidente americano John F. Kennedy prometeu, em 1962, que até o fim da década iria mandar alguém para a Lua.

A preparação incluiu o treinamento para aprender a controlar o módulo lunar. Foi outro momento em que ele esteve próximo da morte. O astronauta teve que ejetar durante um voo para não morrer na queda do equipamento.

Em 16 de julho de 1969, Armstrong deixava a Terra a bordo de um gigantesco foguete Saturn V (o maior já construído pelo ser humano) ao lado dos também americanos Buzz Aldrin e Mike Collins. No dia 20 do mesmo mês, Armstrong anuciava: "A águia pousou". Pouco depois, pisava no nosso satélite natural ao lado de Aldrin. Collins ficou em um módulo em órbita.

Após a Apollo 11 e todas as honrarias que recebeu pelo feito, Armstrong dificilmente apareceu em público. Ele deixou a Nasa e foi para a Universidade de Cincinnati e depois trabalhou em empresas particulares. O homem reservado decepcionava muitos fãs ao frequentemente negar autógrafos e também aos jornalistas que pediam entrevistas. "Não quero ser um monumento vivo."

"No meu ponto de vista, uma grande conquista da Apollo foi a demonstração de que a humanidade não está presa para sempre no seu planeta", disse Armstrong em uma rara aparição.


sábado, 24 de agosto de 2013

Ejeção solar deve causar tempestade geomagnética na Terra neste sábado

Gif Nasa 
Uma ejeção de massa coronal (CME, na sigla em inglês) do Sol, detectada no dia 21 (animação acima) pela sonda Soho, da Nasa, chega neste sábado à Terra e pode causar uma tempestade geomagnética.

A CME envia bilhões de toneladas de partículas de alta energia que atingem a atmosfera terrestre. Essas partículas não conseguem chegar ao solo, pois são barradas pela magnetosfera terrestre. Contudo, sua colisão com o campo magnético do nosso planeta pode afetar satélites - na órbita - e equipamentos eletrônicos e redes elétricas - no solo. Por outro lado, a tempestade geomagnética costuma resultar também em intensas auroras boreais e austrais.

Segundo a Nasa, as CMEs da intensidade da que atinge a Terra, tiveram no passado apenas efeitos "suaves" no nosso planeta. Outras tempestades, contudo, já causaram grandes apagões e problemas de comunicação no passado. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) vai monitorar o fenômeno

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Instituto espacial lembra 10 anos da tragédia de Alcântara: 'heróis

O Instituto de Aeronáutica e Espaço lembrou nesta quinta-feira os 10 anos do acidente que vitimou 21 pessoas no Centro de Lançamento de Alcântara - três dias antes do lançamento do veículo lançador de satélites (VLS) brasileiro. Em um comunicado divulgado em seu site, o instituto chama de "heróis" os técnicos e engenheiros que "perderam suas vidas na tentativa de transformar o Brasil soberano no domínio da tecnologia espacial".

Confira na íntegra a mensagem da direção do Instituto de Aeronáutica e Espaço:

Há dez anos, mais precisamente no dia 22 de agosto de 2003, o Programa Espacial Brasileiro vivia o momento mais triste da sua história. Naquele dia, durante os preparativos finais para o lançamento do terceiro protótipo do Veículo Lançador de Satélites, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o acendimento intempestivo de um dos propulsores do primeiro estágio provocou um incêndio na plataforma de lançamento, vitimando vinte e um técnicos do Instituto de Aeronáutica e Espaço e destruindo completamente a Torre Móvel de Integração do veículo.

Os dias que se sucederam foram muito difíceis para todos: familiares das vítimas, servidores do IAE e CLA envolvidos naquela Operação de Lançamento, servidores do então Centro Técnico Aeroespacial e da Agência Espacial Brasileira. Enfim, momentos de dor vivenciados por todos os atores do Programa Espacial Brasileiro.

Como não podia ser diferente, a comoção nacional foi muito grande. Os servidores do IAE que perderam suas vidas nesse trágico acidente foram considerados heróis: nada mais justo! Perderam suas vidas na tentativa de transformar o Brasil soberano no domínio da tecnologia espacial.

O Programa Espacial Brasileiro era posto em xeque. Comissões oficiais, comissões paralelas, comissões independentes e até comissões estrangeiras foram criadas para analisar as causas do acidente.

Os servidores do IAE que participaram da Operação São Luís e que, por desejo do destino, não estavam naquela Torre no momento do acidente viveriam momentos muito difíceis. Além da dor pela perda dos seus companheiros de trabalho, dos sintomas de transtorno pós–traumático, que marcariam eternamente suas vidas, perante as comissões de investigação suas palavras estavam também em xeque.

Concluídos os trabalhos de investigação que, em alguns casos, se estenderam por mais de um ano, foi iniciada uma revisão critica total do projeto VLS. Dessa revisão resultaram propostas de modificações para tornar o projeto ainda mais seguro e confiável. Ensaios realizados no passado tiveram que ser refeitos. Novos ensaios como, por exemplo, o ensaio de separação dos propulsores do primeiro estágio, foram especificados e realizados. Novos equipamentos de ensaios, alinhados com a tecnologia atual, viriam a ser adquiridos.

Hoje, o VLS mantém a mesma aparência externa, mas internamente são inúmeras as diferenças. As modificações introduzidas, na maioria dos casos, exigiram o rearranjo interno dos componentes e consequentemente o reprojeto dos módulos.

A Torre Móvel de Integração também foi revisada, novos requisitos de segurança foram introduzidos e ainda em 2005, foi realizado o processo licitatório para reconstrução da nova TMI. Contudo, uma disputa judicial entre as duas empresas participantes da licitação embargaria o início das obras, entrave este que perdurou por mais de quatro anos. A autorização para início das obras de reconstrução da TMI só veio acontecer em 2009 e o seu recebimento definitivo somente ocorreu neste ano.

Procedimentos de gestão e de segurança, processos de controle de qualidade, de controle de configuração e análise de risco, foram também revistos. Requisitos mais modernos e, consequentemente, mais rígidos foram implantados. A cultura de certificação espacial também foi implantada e o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) assumiu essa responsabilidade.

Os servidores do IAE que estiveram na Operação São Luís e que até hoje continuam nessa árdua missão também são heróis! São heróis, por tudo que viveram e sobreviveram!

São heróis pela persistência em dar continuidade à missão de concluir o projeto VLS com sucesso, de tornar o Brasil soberano na tecnologia espacial e honrar os companheiros que faleceram em Alcântara, mostrando assim que a morte deles não foi em vão!

Como todo acidente, o de Alcântara trouxe muitos ensinamentos. Ensinamentos não só para o aprimoramento do projeto VLS, mas como para os demais projetos do IAE. Os frutos desses ensinamentos já começam a aparecer. Desde 2004, todos os voos de foguetes de sondagem produzidos pelo IAE foram bem sucedidos. Já são 24 lançamentos realizados: 14 voos de VSB-30, 5 voos de VS-30/Orion, 4 VS-30 e 1 VS-40.

Hoje, nossos foguetes de sondagem tem credibilidade internacional e são largamente empregados pela Agencia Espacial Europeia conduzindo cargas úteis de altíssimo valor agregado para o Programa Europeu de Microgravidade.

O VLS ainda enfrenta dificuldades. Dificuldades que certamente serão superadas.

A Missão atribuída ao IAE se transformou em sonho.

Um sonho a ser realizado. Um sonho do qual os integrantes do IAE não vão desistir!

Astronautas russos começam caminhada espacial

Os cosmonautas russos Aleksandr Misurkin e Fiodor Yurchikhin, dois dos seis tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS), começaram nesta quinta-feira uma caminhada espacial com duração prevista de quase seis horas, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia. Misurkin e Yurchikhin foram ao espaço através do módulo Pirs, disse um porta-voz do CCVE, citado pela agência Interfax.

O plano de trabalho dos dois cosmonautas inclui a desmontagem dos equipamentos científicos instalados na superfície do módulo russo Zvezda. No mesmo lugar, montarão a plataforma de trabalho Yakor (âncora, em russo), que fixa os pés dos cosmonautas e deixa suas mãos livres para trabalhar.
Além disso, Misurkin e Yurchikhin tomarão quatro mostras da superfície do módulo Poisk, que posteriormente, em terra, serão submetidas a estudos microbiológicos. O objetivo das pesquisas é detectar a presença de microorganismos capazes de corroer o material da superfície externa da ISS.

Essa é a oitava viagem ao espaço da carreira de Yurchikhin, e a terceira de seu colega de trabalho. A caminhada espacial é supervisionada do interior da plataforma pelos outros quatro tripulantes: o russo Pavel Vinogradov, os americanos Chris Cassidy e Karen Nyberg, e o italiano Luca Parmitano.

A ISS é um projeto em que participam 16 países e tem custo estimado de US$ 100 bilhões.

Projeto estava certo, diz engenheira de foguete brasileiro destruído

A engenheira química Raquel Cristina Freitas ingressou no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) sob os auspícios da Missão Espacial Completa Brasileira, no início da década de 1980. Entre os objetivos do programa, estava a construção de um veículo lançador de satélites. Com formação em propelentes sólidos, ela seria uma peça essencial no desenvolvimento dos foguetes. Mas, trinta anos depois, Raquel ainda não viu seu “filho”, como chama carinhosamente o VLS-1, cumprir sua missão. 

Essa jornada teve um capítulo trágico há exatos 10 anos, em 22 de agosto de 2003. Em três dias, Raquel receberia, em seu aniversário, o maior presente que poderia pedir: a decolagem do VLS-1, o terceiro protótipo, que ajudara a conceber. Mesmo assim, ela não se sentia bem. “Tinha algo errado”, lembra. 
No horário do almoço, ao voltar para casa, em São José dos Campos (SP), Raquel telefonou para o seu então marido, Renato Madeira Branco, também pesquisador sênior, hoje chefe da Usina Coronel Abner – uma subdivisão de fabricação de propelentes da Divisão de Química do IAE. Ele estava no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, esperando um chamado para ir até a plataforma do VLS-1.

Após poucos minutos de diálogo, a conversa foi interrompida por um barulho. “Se eu não soubesse que o lançamento seria só três dias depois, pensaria que era a queima do motor”, conta Raquel. Ele largou o telefone para ver o que acontecia. Naquele momento, encontrava-se em um prédio em frente à torre de lançamentos, a 500 metros de distância. Para observar o que era aquele barulho todo, abriu uma porta. A verdade estava lá, pavorosa. Era mesmo a queima do motor. Um grande sonho consumido pelo fogo. Segundos depois, voltou ao telefone. Gritando.
Raquel conta que o marido, desesperado, queria sair do prédio e socorrer os colegas. Mas era impossível. “Fecha a porta e espera”, apelou, com medo. Inalar aquela fumaça tóxica poderia lhe ser fatal, como foi para 21 técnicos e engenheiros que dedicaram seus últimos instantes ao projeto de autonomia espacial ainda hoje perseguido pelo Brasil.

Assim, o desenvolvimento do lançador, que já enfrentava tantos obstáculos – como a verba irregular e a dificuldade de obter componentes estrangeiros – encontrou mais um: a depressão. Equipes de psicólogos e psiquiatras foram mobilizadas. “Quem ficou perdeu o chão. Quem estava lá...”, lamenta Raquel. “Foi um baque. Afetou todo mundo. Tivemos dois anos de acompanhamento psicológico. Meu marido entrou em depressão. Ficava deitado olhando para o teto.”

Como ele, muitos pesquisadores tiveram dificuldade de retomar o trabalho. Ainda era preciso avaliar todos os detalhes técnicos do acidente, definir o que dera errado e reformular os processos para que as próximas tentativas fossem bem-sucedidas. Para isso, uma reestruturação completa na equipe foi necessária. 
Até hoje, porém, ninguém sabe explicar por que houve um acendimento intempestivo de um dos motores. “O projeto estava correto”, diz Raquel. “Foi uma fatalidade. Não teve um erro responsável pelo problema. É uma área em que sempre há a possibilidade de um acidente, como também houve nos programas russo e americano.”

Em 2011, ela se aposentou sem ver novas tentativas de lançamento. Manteve-se, mesmo assim, “à disposição” do IAE. “Acredito e tenho total confiança no Programa Espacial Brasileiro”, afirma Raquel. “Mas o lançador é um caso de soberania. Por enquanto, estamos nas mãos dos outros. A sensação é frustrante. A Índia (que já tem seu lançador) começou junto com a gente. A diferença é que lá, por exemplo, tinha em torno de 1,3 mil pesquisadores em 2004, e aqui, o IAE tinha em torno de 500”, conclui.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Imagens revelam jatos de energia de estrelas jovens indo em direção à Terra

Novas observações do Herbig-Haro 46/47 revelaram que material ejetado tinha velocidades muito mais elevadas do que as medidas anteriormente

Observações revelam jatos energéticos se aproximando (cor de rosa e roxo) e afastando (laranja e verde)
Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) obtiveram imagens detalhadas do material energético que se afasta de uma estrela recém-nascida em uma constelação visível da Terra. Ao observar o brilho emitido pelas moléculas de monóxido de carbono no objeto chamado Herbig-Haro 46/47, os astrônomos descobriram que o gás ejetado transporta muito mais energia e quantidade de movimento do que se pensava anteriormente. As novas imagens revelaram também um jato anteriormente desconhecido que aponta em uma direção totalmente diferente - se afastando do nosso planeta.
As estrelas jovens são objetos "violentos", que ejetam matéria a velocidades tão elevadas como um milhão de quilômetros por hora. Quando este material choca no gás circundante, faz ele brilhar, criando um objeto Herbig-Haro - pequenas áreas de nebulosidade associados a estrelas recém-nascidas. Um exemplo desse tipo de objetos é o Herbig-Haro 46/47, situado a cerca de 1,4 mil anos-luz de distância da Terra, na constelação austral da Vela. 
As novas imagens revelam detalhes em dois jatos, um deslocando-se na direção da Terra e o outro na direção contrária. O jato que está se afastando era praticamente invisível em imagens anteriores, devido ao obscurecimento provocado pelas nuvens de poeira que rodeiam a estrela recém-nascida. O telescópio ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) não só obteve imagens muito mais nítidas que as anteriores, como permitiu ainda aos astrônomos medir a velocidade com que o material brilhante se desloca no espaço.
A nitidez e sensibilidade alcançadas nestas observações ALMA permitiram também à equipe descobrir um componente da corrente de gás, desconhecido anteriormente, que parece ser emitida por uma companheira da jovem estrela de massa mais baixa. Esse jato secundário faz praticamente um ângulo reto com o objeto principal - quando observado da Terra -, e encontra-se aparentemente "escavando" seu próprio buraco na nuvem circundante.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Telescópio da Nasa perde capacidade de descobrir planetas

Projeção artística mostra o telescópio espacial Kepler Foto: Nasa / Divulgação 
Após cerca de três meses, a Nasa - a agência espacial americana - desistiu de tentar restaurar a operação do telescópio Kepler de busca por novos planetas. O equipamento estava desde maio com duas dos quatro rodas de reação - que movimentam e posicionam o Kepler - sem funcionar (ele precisa de pelo menos três).

Segundo a Nasa, a primeira roda parou de funcionar em julho de 2012. Em novembro, o telescópio completou sua missão inicial e começou uma missão estendida que deveria durar quatro anos. Contudo, uma segunda roda falhou em maio deste ano.

No dia 8 deste mês, a missão reavaliou a condição do telescópio e chegou à conclusão de que não era possível recuperar as rodas. Sem três desses equipamentos em funcionamento, o Kepler não consegue a precisão necessária para coletar dados de exoplanetas. Mesmo assim, a Nasa comemora as descobertas feitas - e as que ainda virão dos dados coletados e ainda não explorados.

"No início da missão, ninguém sabia se planetas do tamanho da terra eram abundantes na galáxia. Se eles fossem raros, então deveríamos estar sozinhos", diz William Borucki, investigador-chefe do Centro de Pesquisa Ames, na Califórnia. "Agora, com as observações do Kepler completadas, os dados têm a resposta para a pergunta que inspirou a missão: as Terras em zonas habitáveis de estrelas como nosso Sol são comuns ou raras?"

Apesar de não poder mais caçar planetas, o Kepler ainda pode ser usado para outras pesquisas - pelo menos é o que os engenheiros e cientistas da Nasa estão tentando fazer. No dia 2, a agência espacial pediu por contribuições da comunidade científica para tentar descobrir usos para o telescópio e suas duas rodas.

Nos quatro anos de sua missão primária, o Kepler identificou 135 exoplanetas e 3,5 mil "candidatos". O time do Kepler passa agora a analisar os dados coletados, principalmente em busca dos tão esperados planetas de tamanho similar à Terra em zonas habitáveis.​

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Morre na Rússia Alexander Soldatenkov, criador do foguete Soyuz

Alexander Soldatenkov, célebre criador de naves espaciais rusas, incluindo o foguete Soyuz-2, faleceu aos 86 anos, anunciou o Centro Espacial de Produção e Pesquisa Progress (TSKB).
Nascido em 1927, Soldatenkov começou a trabalhar na indústria espacial em 1951 e comandou os preparativos do voo de Yuri Gagarin, primeiro homem enviado ao espaço em 1961, na então União Soviética.​
Soldatenkov foi depois o coordenador de criação do lendário R-7, primeiro foguete que colocou um satélite na órbita ao redor da Terra, e do Soyuz-2.
O foguete Soyuz, lançador russo cuja concepção remonta aos anos 1960, é o mais ativo do mundo, com quase 1.700 lançamentos no total.
Soldatenkov, autor de mais de 50 obras de pesquisa e invenções, recebeu muitos prêmios, incluindo a medalha de Herói do Trabalho (1987), que recompensava os melhores trabalhadores na época da URSS, e a Ordem Lenin no mesmo ano.

Viagem sem volta a Marte já tem mais de 100 mil inscritos

Mais de 100 mil pessoas se inscreveram para uma viagem sem volta à Marte, dentro de um projeto que pretende colonizar o planeta a partir de 2023. As inscrições online, que ainda estão abertas até o dia 31 de agosto, fazem parte do Mars One, iniciativa liderada pelo cientista holandês Bas Lansdorp, que participou de uma conferência no último dia 9 por meio do Twitter, para responder perguntas dos candidatos e jornalistas.

Lansdorp, que confirmou o número de inscritos aos principais jornais americanos esta semana, disse que a quantidade de candidatos tende a crescer ainda mais nas próximas semanas.Existe um grande número de pessoas que ainda está trabalhando nos próprios perfis, decidindo se pagam ou não pela inscrição ou continuam preparando os vídeos de apresentação, preenchendo os formulários e seus currículos”, explicou Bas em entrevista à rede de TV CNN.

Os candidatos que decidem se inscrever pagam uma taxa que, de acordo com os organizadores do Mars One, ajudará a financiar o custo do projeto, orçado em Us$ 6 bilhões (ou quase R$ 14 bilhões).

O valor da inscrição, que só pode ser feita por quem tem 18 anos ou mais, varia de acordo com o país. Nos EUA a taxa é de US$ 38 (ou cerca de R$ 86), sendo que no México o valor é menor – US$ 15 (ou aproximadamente R$ 34).

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Gêmeos idênticos, astronautas americanos vão participar de pesquisa

Os únicos astronautas gêmeos idênticos da Nasa pretendem servir de cobaias para pesquisas que estudam os impactos genéticos de voos espaciais de longa duração. O astronauta Mark Kelly, que comandou quatro missões do ônibus espacial, inclusive o último voo do Endeavour, será o objeto de pesquisa na Terra, enquanto seu irmão gêmeo será submetido à pesquisa em órbita.

Kelly deixou a Nasa em 2011 para cuidar de sua esposa, a ex-deputada Gabrielle Giffords. Ela levou um tiro na cabeça em janeiro de 2011, quando um atirador abriu fogo durante um evento político no Arizona, matando seis pessoas e ferindo outras 26. Seu irmão, Scott Kelly, está se preparando para uma missão a bordo da Estação Espacial Internacional, que vai durar um ano.
"Essa é a nossa primeira incursão na pesquisa dos aspectos genéticos do voo espacial," disse John Charles, cientista-chefe do programa de pesquisa com seres humanos do Centro Espacial Johnson, em Houston. "Um estudo como esse será, principalmente, observacional, vamos apenas ver o que conseguimos descobrir," ele disse.

A agência espacial dos EUA está pedindo a pesquisadores ideias sobre possíveis experiências. Os cientistas estariam procurando diferenças genéticas nos gêmeos já que um irmão estará vivendo no ambiente sem gravidade do espaço e o outro estará na Terra.

Scott Kelly, que terá como companheiro o cosmonauta russo Mikhail Kornienko durante o voo espacial de um ano, deverá embarcar na estação em março de 2015, cerca de um mês depois que ele e seu irmão completarem 50 anos.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Observatório capta imagens de 'berçário' colorido de estrelas

Segundo astrônomos, temperaturas diferentes geram cores distintas Foto: ESO / Divulgação
Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) conseguiram obter imagens de um "berçário" colorido de estrelas. Com a ajuda do chamado Very Large Telescope ("Telescópio Muito Grande", em tradução livre), que fica no Chile, os cientistas fizeram as fotos de uma região de formação estelar muito ativa na Grande Nuvem de Magalhães, uma das galáxias vizinhas à Via Láctea.
A Grande Nuvem de Magalhães fica a apenas 163 mil anos-luz de distância da Via Láctea. Pode parecer muito, mas é considerado muito próximo na escala cósmica.

A imagem nítida mostra duas nebulosas de gás brilhante, uma avermelhada e outra azul. A nebulosa vermelha é composta principalmente de hidrogênio. Seu tom avermelhado se deve à presença de estrelas jovens com temperaturas de cerca de 25 mil graus celsius. A radiação dessas estrelas leva à saída de elétrons dos átomos de hidrogênio. A ionização provoca o brilho característico, com essa cor.
Grandes estrelas jovens também produzem fortes ventos solares, levando gás superaquecido a se dispersar. Isso pode ser observado na nebulosa azul, onde uma estrela com altíssima temperatura aparece dentro de círculo de gás. A estrela no centro destra nebulosa é muito mais quente do que as encontradas na vizinha vermelha. Acredita-se que sua temperatura chegue aos 50 mil graus.

"Ela (a estrela) ioniza o gás, forçando os elétrons para fora dos atomos, e os átomos então brilham em linhas espectrais (a manifestação visual, colorida, dessa ionização) . Isso significa que esta nebulosa é azul porque está emitindo a maior parte dessa radiação em algumas poucas linhas (espectrais)", disse Jeremy Walsh, astrônomo do observatório.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Par incomum de nuvens de gás é registrado em galáxia vizinha

Imagem mostra as duas nuvens de gás: NGC 2014 (direita), irregular e vermelha, e NGC 2020, redonda e azul Foto: ESO / Divulgação 
Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) registraram com o uso de telescópio uma intrigante região de formação estelar na Grande Nuvem de Magalhães - uma das galáxias satélite da Via Láctea. A imagem, divulgada nesta quarta-feira, mostra duas nuvens distintas de gás brilhante: a NGC 2014, em tons de vermelho, e a sua companheira azul, a NGC 2020. Embora muito diferentes, ambas foram esculpidas pelos mesmos ventos estelares fortes ejetados por estrelas recém-nascidas extremamente quentes, que emitem também radiação responsável por fazer brilhar intensamente o gás.
A Grande Nuvem de Magalhães forma novas estrelas ativamente. Algumas das suas regiões de formação estelar podem incluse ser vistas a olho nu, como a famosa Nebulosa da Tarântula. Na imagem, a nuvem de tom rosado (NGC 2014) é brilhante e essencialmente constituída por hidrogênio gasoso, que contém um enxame de estrelas quentes jovens. A radiação energética emitida por essas estrelas produz o característico brilho avermelhado.

Além dessa radiação forte, as estrelas jovens de grande massa produzem igualmente fortes ventos estelares que fazem com que eventualmente o gás em torno delas se disperse e se afaste. À esquerda do enxame principal, uma única estrela muito quente e brilhante parece ter dado inicio a esse processo, criando uma cavidade que se encontra rodeada por uma estrutura semelhante a uma bolha, chamada NGC 2020. A distinta cor azulada desse objeto é também criada por radiação emitida pela estrela quente.
As diferentes cores da NGC 2014 e da NGC 2020 são o resultado tanto da diferente composição química do gás circundante como das temperaturas das estrelas, que fazem com que o gás brilhe. As distâncias entre as estrelas e as respectivas nuvens de gás desempenham também um papel importante nesse processo.

A Grande Nuvem de Magalhães situa-se a apenas cerca de 163 mil anos-luz de distância da nossa galáxia, a Via Láctea - o que, a uma escala cósmica, significa que está muito próxima. Esta proximidade a torna um alvo importante para os astrônomos, já que pode ser estudada com muito mais detalhe do que outros sistemas mais afastados.

Chuva de meteoros terá máxima intensidade na segunda-feira

Céu de Nettersheim é iluminado por uma chuva de meteoros perto da região do Eifel alemão, durante a Perseidas de 2012 Foto: EFE 
A anual chuva de meteoros das Perseidas alcançará sua máxima intensidade na noite do dia 12 de agosto, disse nesta quarta-feira o Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC). As Perseidas poderão ser vistas com maior intensidade na madrugada de 12 para 13, uma vez que seu ponto radiante, localizável na direção nordeste, saia sobre o horizonte por volta das 23h30 local (18h30, horário de Brasília) nas ilhas Canárias, no Atlântico, segundo informou o IAC em comunicado.
Assim, a Lua estará em fase crescente e será ocultada no momento no qual será possível avistar os meteoros, por isso que o IAC assegura que o satélite natural da Terra "não será um obstáculo para sua observação".

As estrelas cadentes, lembra o centro de pesquisa, são partículas de diferentes tamanhos, algumas menores que grãos de areia, que são deixadas pelos cometas ao longo de suas órbitas ao redor do Sol.
Quando um cometa se aproxima de regiões interiores do Sistema Solar, seu núcleo, formado por gelo e rochas, se sublima devido à ação da radiação solar e gera as características caudas de pó e gás, e a corrente de partículas resultante se dispersa pela órbita do cometa e é atravessada todos os ano pela Terra em seu percurso ao redor do Sol.
É neste encontro, quando as partículas de pó se desintegram ao entrar em grande velocidade na atmosfera terrestre, onde os conhecidos traços luminosos recebem o nome científico de meteoros, explica o comunicado.

A cada ano, a Terra cruza a órbita do cometa Swift-Tuttle, que passou próximo do Sol pela última vez em 1992.

A chuva de meteoros produzida costuma ter sua máxima atividade entre 12 e 13 de agosto, mas o fenômeno é apreciável em menor intensidade desde a segunda metade de julho até finais de agosto.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Em 1 ano, Curiosity vê indícios de água e vida microbiana no passado de Marte

A sonda Curiosity completa um ano em Marte nesta terça-feira. Em metade do tempo previsto para sua missão principal, o jipe-robô já detectou que o planeta pode ter abrigado vida no passado.
A sonda Curiosity completa um ano em Marte nesta terça-feira. Em metade do tempo previsto para sua missão principal, o jipe-robô já detectou que o planeta pode ter abrigado vida no passado.
"Os sucessos da nossa Curiosity - aquele dramático pouso um ano atrás e as descobertas científicas desde então - nos levam adiante na exploração espacial, em direção ao envio de humanos para asteroides e para Marte", afirma o diretor da Nasa, Charles Bolden. "Marcas de pneus hoje vão nos levar a pegadas de botas mais tarde".
Entre esses sucessos, quatro descobertas se destacam, de acordo com Duilia Fernandes de Mello, professora associada da Universidade Católica da América, de Washington, e pesquisadora associada do Goddard Space Flight Center, da Nasa: “Inspeção de pedras que parecem ser do leito de um riacho extinto, confirmação de que Marte teve água no passado, análise da composição química das rochas marcianas e confirmação de que Marte já teve condições de abrigar vida microbiana”.

Para esses avanços, a Curiosity coletou 190 gigabits de dados, enviou 36,7 mil imagens completas à Terra, disparou mais de 75 mil vezes seu raio laser, perfurou e coletou material de duas rochas e percorreu mais de 1,6 quilômetros de distância.

Primeiro sucesso
Em uma missão desse tamanho, até o pouso pode ser considerado uma conquista. Da década de 1960 até hoje, a taxa de sucesso do envio de sondas a Marte fica abaixo de 50%. E a Curiosity não é uma sonda qualquer: o jipe-robô custa US$ 2,5 bilhões, carrega aparato científico delicado e pesa quase 1 tonelada. Mesmo assim, após se desvencilhar da nave que a levou até o planeta vermelho, a representante terrestre atingiu a Cratera de Gale intacta às 2h32 do dia 6 de agosto de 2012.



Depois da viagem de oito meses e 570 milhões de quilômetros da Terra até Marte, o trabalho da sonda estava só começando. Seus objetivos eram claros: analisando o clima, a geologia e a habitabilidade de Marte, constatar se há ou se já houve vida em Marte e coletar o máximo de dados para determinar se será viável uma missão tripulada ao planeta vermelho no futuro.

Na Terra, angústia. Imediatamente após o pouso, dezenas de cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia, aguardavam em silêncio o anúncio de que a sonda havia descido com segurança. Em imagens transmitidas pela agência, ouviram-se os gritos que eclodiram pela sala ante a confirmação. Braços para o alto, choro, pulos na cadeira, abraços. “Oh god”, disse um. “Vamos ver até onde a Curiosity vai nos levar”, falou outro

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Premier russo ameaça demitir chefe de agência espacial após falhas

O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, publicou esta sexta-feira uma reprimenda oficial ao diretor da agência espacial russa, Roscosmos, na qual o adverte para o risco de ser demitido, depois de uma série de constrangedoras falhas no lançamento de foguetes.

A reprimenda oficial representa, sobretudo, um alerta ao diretor da Roscosmos, Vladimir Popovkin, de que ele poderá ser demitido caso não corrija as falhas na execução de seu trabalho.

"O chefe da agência espacial federal, Vladimir Popovkin, precisa receber uma reprimenda por executar inadequadamente suas tarefas profissionais", destacou o documento, assinado por Medvedev, e divulgado pelo governo russo.

Em 2 de julho, a Rússia sofreu um de seus piores reveses espaciais dos últimos anos, quando um foguete Proton-M, levando a bordo um satélite de navegação, explodiu logo após o lançamento no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

O fracasso ocorreu depois que uma série de lançamentos não tripulados mal executados nos últimos dois anos mancharam seriamente a reputação do programa espacial russo.

Após a aposentadoria dos ônibus espaciais americanos, a Rússia é hoje o único país capaz de transportar humanos para a Estação Espacial Internacional (ISS) e de lá de volta para a Terra.

Popovkin, ex-funcionário do Ministério da Defesa, é o encarregado principal da Roscosmos desde abril de 2011.

Cientistas recomendam cautela ao procurar vida extraterrestre

A busca por vida extraterrestre açula o imaginário humano. Alguns cientistas, no entanto, acreditam que o encontro com alienígenas pode não ser tão agradável. O temor tem bases terrenas. Por aqui, ao longo da história, civilizações mais avançadas sempre subjugaram seus pares menos poderosos. A premissa não é unânime: como no nosso planeta, a evolução moral pode acompanhar o progresso tecnológico.
A visão pessimista dessa investigação tem um aliado muito respeitado na área. O físico britânico Stephen Hawking aconselha: os humanos não deveriam anunciar com tanto entusiasmo sua existência. Para ele, é provável que haja vida inteligente fora da Terra. E para nós, é melhor que ela permaneça distante.
Mundialmente famoso por seus trabalhos sobre o universo, Hawking acha temerário emitir sinais a fim de procurar seres extraterrestres. Ele considera provável que outras civilizações, com tecnologia muito mais avançada do que a humana, poderiam gostar do contato - e vir para a Terra em busca de seus recursos naturais.
Contrariando a recomendação, a Terra tem se mostrado bem receptiva. Há seis décadas, a emissão de sinais de rádio inaugurou a fase científica da busca por inteligência extraterrestre. Desde então, muitos foram os esforços para procurar vida no espaço e divulgar nosso planeta pelo universo.
Há 35 anos, por exemplo, as sondas Voyager partiram em uma viagem de descobrimento. Cada uma delas possui um “golden record”, disco dourado que contém informações sobre a nossa civilização, a nossa cultura e a nossa localização na galáxia. Neste momento, as duas naves, representantes terráqueas mais distantes de seu planeta natal, se preparam para abandonar o Sistema Solar. 
Os discos dourados são apenas duas das diversas mensagens que a Terra envia a possíveis “vizinhos”.  Mais recentemente, em 2008, a Nasa lançou no espaço a canção Across the Universe, dos Beatles, enviando uma mensagem de paz que deve chegar à região de Polaris em 2439.

Após um ano em Marte, Curiosity abre caminho para missão tripulada

O inquestionável sucesso do veículo-robô Curiosity, da Nasa, abriu o caminho para a conquista de Marte pelos seres humanos, afirmam cientistas, às vésperas do aniversário de um ano da chegada da sonda ao planeta vermelho.

Desde seu bem sucedido pouso na superfície marciana em 6 de agosto de 2012, a sonda coletou e enviou para os pesquisadores na Terra uma verdadeira arca do tesouro de informações, que espera-se, seja vital quando uma missão tripulada a Marte for levada a cabo.

Com o tamanho aproximado de um veículo 4x4 e pesando cerca de uma tonelada, a Curiosity conseguiu concluir uma das mais importantes tarefas de sua missão: estabelecer, sem sombra de dúvida, que o ambiente marciano foi capaz de abrigar vida microscópica em um passado distante.
Essa façanha, conseguida em março, significa que a missão do veículo-robô provavelmente será estendida para além do período provisório de dois anos.

"Os êxitos da nossa Curiosity - aquele pouso dramático um ano atrás e as descobertas científicas desde então - nos fazem avançar para novas explorações, inclusive com o envio de humanos para um asteroide e para Marte", disse o administrador da agência espacial americana (Nasa), Charles Bolden. "As marcas de pneus vão abrir o caminho para as marcas de botas no futuro", emendou.

A emocionante amartissagem da Curiosity no ano passado - quando o robô de seis rodas pousou na Cratera Gale, a cerca de 10 quilômetros da base do monte Sharp, com 5 mil metros de altitude - também deu uma dose extra de coragem para aqueles que esperam um dia planejar uma bem sucedida missão tripulada.

A natureza complexa do pouso demonstrou que é possível transportar com sucesso cargas maiores até o planeta - algo que é visto como um dos maiores desafios tecnológicos de uma missão tripulada.

"Até agora estamos extremamente satisfeitos este ano", afirmou Michael Meyer, cientista-chefe do Programa de Exploração Marte da Nasa. "Em termos de contribuição para a exploração em geral, é um avanço fantástico porque o sistema é novo. É uma forma de chegarmos à superfície planetária. Colocamos uma tonelada na superfície" de Marte, emendou.Quanto mais aprendermos sobre Marte, mais informados estaremos para enviar humanos no futuro", acrescentou. Desde a sua chegada a Marte, Curiosity forneceu mais de 190 gigabites de dados - o equivalente a cerca de 45.600 músicas armazenadas em arquivos de MP3 - e enviou à Terra cerca de 36.700 imagens completas e 35.000 em miniatura.

O robô também disparou mais de 75 mil jatos de laser para investigar a composição da superfície marciana, além de ter coletado e analisado amostras de duas rochas. Os instrumentos e as câmeras da Curiosity permitiram ao robô determinar rapidamente a questão de se Marte pôde abrigar vida microbiana, disse Meyer.

Logo após o pouso, a Curiosity detectou grupos de seixos e cascalhos formados pelo fluxo de água em um antigo leito de rio. A análise de rochas na região determinou estão que a água que no passado fluiu não era salgada ou ácida demais para impedir a existência de vida.

O veículo rodou mais de 1,6 km e agora dirige-se ao Monte Sharp, onde a Nasa espera que forneça mais pistas sobre a composição do planeta vermelho. Os cientistas esperam que a análise de camadas sedimentares permita determinar quando Marte pode ter sido capaz de abrigar a vida.

"Se descobrir que ambientes múltiplos foram habitáveis, isto aumenta a probabilidade de existência de vida em Marte", disse John Logsdon, ex-diretor do Instituto de Política Espacial e membro do comitê consultivo da Nasa.​
"A missão foi singularmente bem sucedida. Está ampliando os limites, tanto técnicos quanto de habilidades humanas, e é algo de que todos deveriam se orgulhar", acrescentou. Enquanto isso, Meyer expressou otimismo de que a Curiosity possa inclusive detectar sinais mais definitivos de vida durante o próximo ano.

"Curiosity poderia fazer uma grande descoberta, tem muita sorte", brincou. "Os instrumentos são selecionados especificamente para determinar se em uma certa época no passado Marte foi capaz de abrigar vida ou não", explicou.

"É capaz de medir (matéria) orgânica, portanto, se houver uma assinatura significativa de vida do passado, pode ser capaz de desvendá-la", emendou.

"No entanto, qualquer confirmação de vida passada ou até mesmo de vida atual vai exigir outra missão", disse Meyer, destacando que a Nasa planeja enviar um segundo veículo-robô a Marte - "Curiosity 2" - em 2020. Enquanto isso, o robô euro-russo ExoMars, um veículo que também buscará bioassinaturas de vida marciana, tem lançamento previsto para 2018.

Robô falante japonês vai ao espaço em missão histórica


Kirobo, um pequeno robô com botas vermelhas e o corpo preto e branco, foi lançado do Japão para a Estação Espacial Internacional para testar como as máquinas podem ajudar os astronautas com seu trabalho.
O robô de língua japonesa, equipado com tecnologia de voz e de reconhecimento facial, foi embalado juntamente com toneladas de suprimentos e equipamentos para a tripulação da base de pesquisa orbital.
Lançado do Centro Espacial Tanegashima, no sudoeste do Japão, no domingo, a aeronava vai chegar ao posto na sexta-feira, segundo o site da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão. Em uma recente demonstração, Kirobo disse que "ter esperança de criar um futuro onde os seres humanos e robôs vivam bem juntos".
Como ele será responsável pelas primeiras conversas entre robôs e humanos no espaço, o principal interlocutor de Kirobo será o astronauta japonês Koichi Wakata, que deve decolar para a estação espacial com outros seis membros da tripulação em novembro. Wakata deverá assumir o comando do complexo em março. 
Kirobo - desenvolvido em conjunto pela Universidade de Tóquio, a Toyota Motor Corp e a Dentsu Inc - vai ficar no espaço até o final de 2014.
Com 34 centímetros de altura e pesando cerca de 1 quilo, Kirobo é projetado para navegar em gravidade zero e seu nome é uma combinação da palavra japonesa "kibo", que significa "esperança", e "robô".

Para ir mais longe, cientistas estudam jardinagem no espaço

Desafio de fazer longas viagens tripuladas, que não dariam possibilidade de reabastecimento da nave a partir da Terra, leva especialistas a buscarem alternativas para a obtenção de água, alimentos e oxigênio


Por enquanto, uma viagem tripulada a Marte pode parecer coisa de ficção científica, mas é possível que um dia os astronautas decolem rumo ao planeta vermelho. Até mesmo a Lua exerce uma atração mágica sobre pesquisadores e entusiastas das jornadas espaciais. Uma base ali poderia servir de ponto de partida para voos ainda mais distantes.
Embora ainda, em grande parte, no campo dos sonhos, viagens do tipo já mobilizam cientistas em buscas de soluções para eventuais problemas. Um deles seria o abastecimento. Isso porque, em situações assim, por conta do excesso de peso, pode não ser possível transportar todo o suprimento de oxigênio, comida e água necessários a partir da Terra.
Para resolver o problema é preciso usar sistemas de reaproveitamento, como o que já funciona para a obtenção de água na Estação Espacial Internacional. A água é obtida a partir da urina dos astronautas, como explica o biólogo Gerhild Bornemann, do Centro Aeroespacial Alemão. E, depois, é purificada quimicamente e reintroduzida ao ciclo de abastecimento da aeronave.
A água tem um papel muito importante também na produção de oxigênio que abastece atualmente a estação espacial. Em um processo de eletrólise, uma corrente elétrica passa pela água e separa as moléculas de oxigênio e hidrogênio. Hoje, o hidrogênio ainda é liberado no espaço, mas o oxigênio garante a qualidade do ar na cabine.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

ESA publica novas evidências da presença de água em Marte

Cratera em Marte revela mais evidências de que havia água no planeta vermelho Foto: EFE 
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira novas imagens de uma cratera de Marte na qual se observam mais evidências de uma presença anterior de água no planeta vermelho.

As fotografias foram tiradas em janeiro pela sonda europeia Mars Express, em funcionamento desde 2003, e mostram o que foram as áreas montanhosas de Marte, uma região alguns graus ao sul do equador do planeta.
Nas fotografias se distingue uma cratera de 34 quilômetros de diâmetro com vários blocos de pedra que, segundo a ESA, se formaram com a sedimentação de partículas dissolvidas em água depois de uma inundação, deixando assim uma forma "caótica".

Outras evidências da presença de líquido nesta região são a marca de um pequeno e sinuoso rio, assim como vários deslizamentos de terra que poderiam ter sido formados pela presença de água que teria debilitado as paredes da cratera.

No entanto, não apenas a água teria intervindo na orografia desta região mas também erupções vulcânicas, como demonstram as cinzas que cobrem a parte esquerda da cratera

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