Desafio de fazer longas viagens tripuladas, que não dariam possibilidade de reabastecimento da nave a partir da Terra, leva especialistas a buscarem alternativas para a obtenção de água, alimentos e oxigênio
Por enquanto, uma viagem tripulada a Marte pode parecer coisa de ficção científica, mas é possível que um dia os astronautas decolem rumo ao planeta vermelho. Até mesmo a Lua exerce uma atração mágica sobre pesquisadores e entusiastas das jornadas espaciais. Uma base ali poderia servir de ponto de partida para voos ainda mais distantes.
Embora ainda, em grande parte, no campo dos sonhos, viagens do tipo já mobilizam cientistas em buscas de soluções para eventuais problemas. Um deles seria o abastecimento. Isso porque, em situações assim, por conta do excesso de peso, pode não ser possível transportar todo o suprimento de oxigênio, comida e água necessários a partir da Terra.
Para resolver o problema é preciso usar sistemas de reaproveitamento, como o que já funciona para a obtenção de água na Estação Espacial Internacional. A água é obtida a partir da urina dos astronautas, como explica o biólogo Gerhild Bornemann, do Centro Aeroespacial Alemão. E, depois, é purificada quimicamente e reintroduzida ao ciclo de abastecimento da aeronave.
A água tem um papel muito importante também na produção de oxigênio que abastece atualmente a estação espacial. Em um processo de eletrólise, uma corrente elétrica passa pela água e separa as moléculas de oxigênio e hidrogênio. Hoje, o hidrogênio ainda é liberado no espaço, mas o oxigênio garante a qualidade do ar na cabine.
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