sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Cometa do século teria sobrevivido à aproximação com o Sol, dizem cientistas

O cometa Ison, ou alguma parte dele, teria sobrevivido ao encontro com o Sol, afirmaram os cientistas. O pedaço de rocha gigante de gelo e areia foi inicialmente declarado morto quando não conseguiu emergir por detrás da estrela com o brilho esperado pelos astrônomos.

Tudo que poderia ser visto nas imagens dos telescópios era uma leve mancha - seu núcleo e sua cauda pareciam destruídos. Mas imagens recentes indicaram um brilho do que seria um pequeno fragmento do cometa. Astrônomos admitiram surpresa e satisfação, mas agora se mantêm cautelosos de que algo possa acontecer nas próximas horas ou dias. Se o cometa (ou o que sobrou dele) pode continuar a brilhar, ou simplesmente sumir de vez.

"Nós temos acompanhado esse cometa por um ano e todo o caminho tem nos surpreendido e confundido", disse o astrofísico Karl Battams, que lidera o projeto Sungrazing Comets na agência espacial americana, a Nasa.
A Agência Espacial Europeia também havia sido uma das primeiras organizações a sentenciar a morte de Ison, mas reavaliou a situação. Uma pequena parte do núcleo pode estar intacto, dizem especialistas.

Dúvida
Ainda não se sabe, entretanto, qual parcela da massa de gelo de 2 quilômetros sobreviveu. Segundo especialistas, Ison teria sido seriamente afetado ao passar a 1,2 milhão de quilômetros acima da superfície do Sol, uma distância razoavelmente pequena considerando as dimensões espaciais.

Durante esse percurso, sua camada de gelo teria vaporizado rapidamente sob temperaturas acima de 2 mil graus Celsius. A imensa gravidade da estrela também teria impactado o pedaço de rocha.

Segundo a especialista Karl Battams, "nós gostaríamos de ter alguns dias apenas para olhar as imagens que vêm da aeronave espacial (de observação, pertencente à Nasa), e que nos permitirá avaliar o brilho do cometa que estamos vendo agora, e como esse brilho muda".

"Isso talvez nos dê uma ideia da composição desse objeto e o que acontecerá com ele nos próximos dias ou semanas".

Independente do que acontecer adiante, os cometas devem voltar a ter importância no próximo ano. Daqui a praticamente um ano, o Cometa Siding Spring vai passar a uma distância de menos de 100 mil quilômetros de Marte. E, em novembro de 2014, a missão Rosetta, da Agência Espacial Europeia, tentará inserir uma sonda no núcleo do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.

domingo, 24 de novembro de 2013

Conheça os exoplanetas mais estranhos

  Exoplanetas (também conhecidos como planetas alienígenas ou mundos alienígenas) são os planetas que não estão em nosso Sistema Solar. É impossível calcular quantos exoplanetas existem, porém, até meados de Novembro de 2013, mais de 1.000 deles já foram catalogados.

         Nessa matéria especial, vamos conhecer os 20 exoplanetas mais estranhos e curiosos que se tem conhecimento... pelo menos, até o momento. 
O menor de todos

         O conceito artístico de Kepler-10b mostra o menorexoplaneta conhecido. Um planeta rochoso apenas 1,4 vezesmaior que a Terra. Anunciado em Janeiro de 2011 e descoberto pelo Observatório Kepler.


O maior de todos

         O maior exoplaneta já descoberto é também um dos mais estranhos e, teoricamente, não deveria sequer existir, dizem os cientistas. Chamado TrES-4, o planeta é cerca de 1,7 vezes o tamanho de Júpiter e pertence a uma pequena subclasse dos chamados planetas inchado que têm densidades extremamente baixas. O planeta está a cerca de 1.400 anos-luz de distância da Terra e seu período orbital é de apenas 3,5 dias. 

O mais próximo

         Epsilon Eridani b orbita uma estrela laranja tipo-Sol, a apenas 10,5 anos-luz de distância da Terra. É tão perto de nós que em breve nossos telescópios poderão fotografá-lo. Ele orbita longe demais de sua estrela para suportar água líquida ou a vida como a conhecemos, mas os cientistas prevêem que existam outras estrelas no sistema que podem ser boas candidatas para a vida alienígena.


O pesadelo vulcânico

         O planeta CoRoT-7b foi o primeiro planeta rochoso confirmado fora do Sistema Solar, mas não se parece com um lugar agradável para se viver. Ele está preso gravitacionalmente à sua estrela-mãe, e enfrenta infernais 2.200 graus Celsius. Também pode chover pedras por lá. É melhor passarmos em longe dele.



O triplo pôr do sol

         O planeta de Luke Skywalker (Tatooine) do filme Star Was tinha 2 sóis, mas isso é insignificante se compararmos a um planeta semelhante a Júpiter, a 149 anos-luz da Terra. Este planeta tem três sóis, e sua principal estrela tem massa semelhante à do nosso Sol. O sistema de três estrelas é conhecido como HD 188753. Assim como Tatooine, o planeta é provávelmente muito quente, e orbita muito próximo de sua estrela principal, completando sua órbita a cada 3,5 dias. 

O mais frio e distante

         Com uma temperatura de superfície de -220 graus Celsius, o planeta extra-solar conhecido como OGLE-2005-BLG-390Lb é provávelmente o planeta alienígena mais frio. Possui cerca de 5,5 vezes a massa da Terra e acredita-se que seja rochoso. Ele orbita uma estrela anã vermelha a cerca de 28.000 anos-luz de distância, tornando-o o exoplaneta mais distante conhecido atualmente.


O mais quente

         Um planeta chamado WASP-12b é o planeta mais quente já descoberto com temperatura média de cerca de 2.200 graus Celsius, e orbita sua estrela mais perto do que qualquer outro planeta conhecido, completando seu período orbital a cada 1 dia terrestre, a uma distância de 3.400 km. WASP-12b é um planeta gasoso, com cerca de 1,5 massas de Júpiter, e quase o dobro do tamanho. Está a 870 anos-luz da Terra.

Super Terra

         Os astrônomos estão encontrando muitos exoplanetas, e agora existe uma categoria de planetas chamados Super-Terras, que possuem entre 2 a 10 vezes a massa da Terra. Alguns cientistas acreditam que tais planetas poderiam ser mais suscetíveis a desenvolver as condições para a vida, porque seus núcleos são quentes e seriam favoráveis à alterações geológicas através de vulcanismo e placas tectônicas.


O mais velho

         O planeta mais antigo que conhecemos tem 12.700.000.000 de anos de idade, e se formou a mais de 8 bilhões de anos antes da Terra e apenas 2 bilhões de anos após o Big Bang. A descoberta sugere que planetas são muito comuns no universo, e levantou a possibilidade de que a vida começou muito mais cedo do que a maioria dos cientistas jamais imaginou.


O mais jovem

         O exoplaneta mais jovem já descoberto tem menos de 1 milhão de anos de idade e orbita Coku Tau 4, a 420 anos-luz de distância. Astrônomos perceberam a presença do planeta a partir de um enorme buraco no disco de poeira ao redor de uma estrela. O buraco tem 10 vezes o tamanho da órbita da Terra em torno do Sol e, provavelmente é causado pelo planeta adquirindo seu espaço no meio da poeira.


O super Netuno

         Enquanto Netuno tem um diâmetro 3,8 vezes maior que o da Terra e 17 vezes a massa da Terra, o novo exoplaneta chamado HAT-P-11b é 4,7 vezes o tamanho da Terra e tem 25 massas terrestres. O exoplaneta recém-descoberto orbita muito perto de sua estrela, resultando em uma temperatura de cerca de 590 graus Celsius. A sua estrela tem cerca de 3/4 o tamanho do nosso Sol e é um pouco mais fria.


O mais inclinado

         A maioria dos exoplanetas orbitam em um plano que corresponde ao equador de sua estrela-mãe, porém a órbita deXO-3b, tem uma inclinação de 37 graus com relação ao equador de sua estrela. O único outro exemplo conhecido de uma órbita tão inclinada era o de Plutão, até o seu rebaixamento para status de planeta anão.


O mais rápido

         SWEEPS-10 orbita sua estrela a uma distância de apenas 1.190.914,00. Tão perto que um ano no planeta acontece a cada 10 horas terrestres. O exoplaneta pertence a uma nova classe de planetas extrasolares chamados de "planetas ultra-curto período" (USPPs em inglês), que têm órbitas de menos de um dia.



O planeta água

         O planeta extrasolar GJ 1214b é um planeta rochoso rico em água que fica a cerca de 40 anos-luz de distância. Ele orbita uma estrela anã vermelha. É o único "Super-Terra" conhecido que tem uma atmosfera confirmada. O planeta possui cerca de 3 vezes o tamanho da Terra e cerca 6,5 vezes mais massa. Os investigadores acreditam que ele seja um planeta de agua, com um núcleo sólido.


Atmosfera detectada

         Os astrônomos foram capazes de detectar a atmosfera em torno de vários exoplanetas, incluindo o HD 189733b, um dos primeiros exoplanetas que teve a composição de sua atmosfera detectada. Metano incandescente, o qual pode ser produzido naturalmente ou ser um subproduto biológico, foi detectado no planeta.



O mais perigoso

         Quando os astrônomos observaram WASP-18b, eles podem ter descoberto um planeta com os seus dias contados. Ele completa uma órbita em torno de sua estrela em menos de 1 dia terrestre. Os cientistas acreditam que essa velocidade juntamente com os fortes puxões gravitacionais podem alterar sua órbita. Se o planeta orbita mais rapido do que a rotação de sua estrela, ele irá gradualmente ser atraido na direção do seu sol, e sua condenação é quase certa.


O mais habitável

         Um dos vários planetas do sistema Gliese 581, chamado Gliese 581 d, pode ser um dos planetas alienígenas mais habitáveis ​que conhecemos. Ele tem cerca de 8 vezes a massa da Terra, e está localizado em uma órbita que torna possível a existência de água líquida em sua superfície. A água é um ingrediente essencial para a vida como a conhecemos. Gliese 581 é uma estrela anã vermelha, localizada a 20,5 anos-luz da Terra


O mais denso

         Uma dos mais densos exoplanetas conhecidos até hoje é COROT-exo-3b. É do tamanho de Júpiter, mas possui cerca de 20 vezes mais massa do que o mesmo, tornando-se cerca de duas vezes mais denso do que o chumbo. Os cientistas não descartam que COROT-exo-3b pode ser uma anã marrom, ou estrela fracassada.



O planeta de diamante

         Um planeta com a massa de Jupiter que orbita o recém-descoberto pulsar PSR J1719-1438 é provavelmente um diamante gigantesco. A ultra-alta pressão do planeta fez o carbono em seu interior se cristalizar em diamante, segundo os pesquisadores. E a estranheza não pára por aí. O planeta já foi provavelmente uma estrela, porém, a maior parte de sua massa foi sugada pelo seu companheiro pulsar, que está girando a uma taxa de 10 mil rotações por minuto. Ele se encontra a cerca de 4.000 anos-luz da Terra.


O planeta mais escuro

         distante exoplaneta TrES-2b, mostrado aqui na concepção artística, é mais escuro do que o carvão. Este planeta do tamanho de Júpiter reflete menos de 1% da luz que incide sobre ele, tornando-o mais negro do que qualquer planeta ou lua em nosso sistema solar. Ele está a 750 anos-luz da Terra.




Fon

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Nave Soyuz retorna à Terra com a tocha olímpica (11/11/2013)

nave Soyuz TMA-09M, com três tripulantes a bordo e a tocha dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014, retornou nesta segunda com sucesso à Terra, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais, (CCVE) da Rússia.

O módulo de descida da Soyuz, que trouxe de volta ao planeta o russo Fiodor Yurchikhin, a americana Karen Nyberg e e o italiano Luca Parmitano, aterrissou nas estepes do Cazaquistão.

Os tripulantes da Soyuz cumpriram uma missão de quase cinco meses na Estação Espacial Internacional (ISS).

Missão indiana a Marte sofre percalço, mas não um revés

A nave espacial indiana enviada a Marte sofreu uma breve falha mecânica nesta segunda-feira quando cientistas tentaram colocá-la em uma órbita mais alta em volta da Terra, mas os controladores negaram ter ocorrido qualquer revés nesta missão de baixo custo.

A Missão Orbitadora de Marte, lançada em 5 de novembro para uma viagem de 11 meses ao planeta vermelho, segue a um incomum método de "estilingue" em viagens interplanetárias.

Na falta de um foguete grande o suficiente para enviá-lo diretamente para fora da atmosfera terrestre e de seu empuxo gravitacional, a nave indiana deverá orbitar a Terra até o final do mês, enquanto ganha velocidade suficiente para se libertar desse empuxo.
Nesta segunda-feira, durante o quarto reposicionamento para levá-la a 100 mil quilômetros da Terra, os motores de propulsão falharam por pouco tempo, acionando o piloto automático.

"Não é um revés. Amanhã voltaremos a elevar a órbita para 100 mil quilômetros", disse à AFP um porta-voz da agência espacial indiana (ISRO, na sigla em inglês), Deviprasad Karnik.

A espaçonave se encontra atualmente em uma órbita de 78.276 quilômetros e voltará a ser elevada às 5h de terça-feira (21h30 de segunda-feira, horário de Brasília), indicou a ISRO em um comunicado.

É a primeira vez que a Índia se aventura em viagens interplanetárias em uma difícil empreitada, já que mais da metade de todas as missões a Marte terminaram em fracasso, incluindo a da China, em 2011, e a do Japão, em 2003.

O custo do projeto, de 4,5 bilhões de rúpias (US$ 73 milhões), corresponde a menos de um sexto dos US$ 455 milhões destinados para uma sonda que a Nasa (agência espacial americana) planeja mandar a Marte no final do mês.

O presidente da ISRO K. Radhakrishnan considerou a missão um "ponto crítico" para as ambições espaciais indianas, algo que permitirá provar suas capacidades na tecnologia de foguetes.

Acidente em centro espacial militar mata dois na Rússia

Dois oficiais morreram nesta terça-feira e três foram hospitalizados com queimaduras tóxicas, provocadas por um vazamento químico na plataforma de lançamento militar Plesetsk, na Rússia, informou o Ministério da Defesa.

O acidente aconteceu enquanto soldados limpavam um tanque de gás nitrogênio durante um procedimento de manutenção de rotina, informaram agências de notícias russas, citando uma autoridade do Ministério da Defesa.

A pasta não forneceu detalhes sobre o acidente e informou apenas que havia sido causado "pela falha dos oficiais em seguir os procedimentos de segurança".

O cosmódromo de Plesetsk, localizado 800 quilômetros ao norte de Moscou, foi desenvolvido na era soviética como plataforma de lançamento para mísseis balísticos intercontinentais.

A instalação, fortemente vigiada, agora serve como única alternativa da Rússia ao centro espacial de Baikonur, que Moscou aluga do Cazaquistão.

Nasa marca voo inaugural da nave Orion para setembro de 2014

O primeiro voo não tripulado da nave espacial americana Orion, sucessora do ônibus espacial e capaz de transportar astronautas para além da órbita da Terra, será realizado em setembro do ano que vem, informou a Nasa nesta terça-feira.

"Um grande progresso está sendo feito no avanço do programa Orion, o que permitirá um voo de teste da cápsula em setembro de 2014", segundo o previsto, disse durante coletiva de imprensa William Gerstenmaier, administrador associado da agência espacial americana, encarregado da exploração espacial tripulada.

A Orion só transportará astronautas depois de 2021. A cápsula espacial, que será lançada da base aérea de Cabo Cañaveral, na Flórida (sudeste dos Estados Unidos), dará duas voltas ao redor da Terra antes de retornar à atmosfera em alta velocidade.

Este voo tem como objetivo principal testar o escudo térmico da nave de cerca de duas toneladas e o sistema de paraquedas para o pouso previsto no Oceano Pacífico, ao longo da costa da Califórnia, disse Gerstenmaier.

Para este primeiro voo, a Orion será transportada a bordo de um foguete Delta IV, já que seu sistema de lançamento (Space Launch System, SLS) ainda não está pronto.

Mas ainda assim "foram feitos avanços muito importantes em muito pouco tempo", graças aos quais o "SLS está 70% concluído", disse o encarregado da Nasa.

A Orion, que poderá transportar de quatro a seis astronautas, será lançado pelo SLS na primeira missão espacial ao redor da Lua, em 2017. A cápsula não tripulada será colocada em uma órbita de 75.000 quilômetros sobre a superfície lunar para um voo de 21 dias, destinado a certificar esta nave com peso de 70 toneladas para missões tripuladas além da órbita terrestre.

Esta órbita tem a particularidade de ser muito estável, já que os objetos podem permanecer um século sem perder altura ou cair, explicou Gerstenmaier.

"Vamos levar a Orion a esta região ao redor da Lua e ver como podemos usar a gravidade lunar para colocá-la nesta órbita e tirá-la para voltar à Terra", explicou.

"Começaremos, assim, a operar no espaço e usar a gravidade da Lua para ir a diferentes destinos no sistema solar", disse Gerstenmaier.

Missão indiana a Marte de volta aos trilhos após falha no motor

A nave espacial indiana com destino a Marte foi conduzida "com êxito" para uma órbita mais elevada da Terra esta terça-feira, depois de uma breve falha no motor em uma tentativa anterior, informou a agência.

A Missão Orbitadora de Marte, lançada em 5 de novembro para uma missão de 11 meses ao planeta vermelho, está sendo "arremessada" ao seu destino final por meio de um incomum método "estilingue" de viagens interplanetárias.

Na falta de um foguete grande para enviá-la diretamente para fora da atmosfera terrestre e seu empuxo gravitacional, a nave indiana ficará na órbita da Terra até o fim do mês, à medida que desenvolve velocidade suficiente para se libertar.
Na terça, a espaçonave concluiu seu quarto reposicionamento para chegar a 100.000 quilômetros da Terra, depois de uma falha nos motores durante uma tentativa na segunda-feira, o que ativou o piloto automático.

"A quarta manobra suplementar de elevação da órbita da Nave Orbitadora de Marte foi concluída com êxito", informou em um comunicado a agência espacial indiana (ISRO, na sigla em inglês).

As primeiras três manobras, que envolveram a injeção de combustível adicional no motor do foguete, foram executadas com sucesso na semana passada.

A ISRO informou que a curta falha no motor na segunda-feira não se tratou de um revés à ambiciosa missão de baixo custo.

Nunca antes a Índia havia se aventurado em viagens interplanetárias. A empreitada é difícil, já que mais da metade de todas as missões a Marte acabaram em fracasso, inclusive a chinesa em 2011 e a japonesa em 2003.

O custo do projeto, de 4,5 bilhões de rúpias (US$ 73 milhões), é menos de um sexto dos US$ 455 milhões destinados para uma sonda marciana da Nasa, com lançamento previsto para o final do mês.

O presidente da ISRO, K. Radhakrishnan, chamou a missão de um "ponto decisivo" para as ambições espaciais da Índia e algo que provaria as capacidades do país na tecnologia de foguetes.

Parceria de R$ 1,1 bilhão: Brasil propõe menos de 4% dos projetos no ESO

Desde 2010, quando a gestão do presidente Lula assinou a intenção de acordo com o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), os cientistas brasileiros são tratados como os pesquisadores dos países membros do consórcio, um dos principais na área de ciência no planeta. Quase três anos depois e ainda sem ter confirmado a entrada no projeto, que custará aproximadamente R$ 1,1 bilhão ao longo de 11 anos, o número de propostas de pesquisa apresentado por brasileiros à instituição ainda é considerado muito baixo pelo observatório. Os astrônomos que trabalham no Brasil são responsáveis por 3% das propostas apresentadas, sendo que, se o acordo for aprovado pelo Congresso, o País terá que arcar com uma parcela cada vez maior dos custos do ESO – um valor que, em 10 anos, chegará a 7% do orçamento do consórcio.
"Do ponto de vista relativo, a fração de projetos que é aprovada que vêm do Brasil é similar à
da França, por exemplo, é similar a todos os outros países-membros do ESO. Mas o número de propostas que são submetidas ainda é muito baixo. Isso porque, claro, os astrônomos brasileiros ainda têm que se acostumar com essa ideia de poder enviar propostas para cá. Têm que se familiarizar com o que a gente tem aqui, com os telescópios, os instrumentos que a gente tem aqui", diz Dimitri Gadotti, astrônomo do brasileiro do ESO.



"Muitas vezes as pessoas não pedem tempo por ainda desconhecer o que está à disposição. É verdade que existe um certo nível de complexidade na hora de você fazer uma proposta pela primeira vez. (...) Qual é o potencial de cada instrumento? O que eu posso fazer?", diz Claudio Melo, diretor científico do ESO no Chile.
Ele e Gadotti foram ao Brasil fazer workshops para "quebrar o gelo" com a comunidade científica, apresentar as capacidades do ESO e mostrar que a aprovação de uma proposta depende muitas vezes da qualidade do texto, que mostre com clareza que o projeto é bom e que pode ser executado nos telescópios e instrumentos do observatório.

Gadotti dá como exemplo de proposta bem sucedida feita por um pesquisador no Brasil a descoberta da mais velha estrela gêmea do Sol. O projeto da americana Talawanda, apresentado como parte do pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP), teve repercussão mundial, pois era como uma “paleontologia” do Sol, que mostrava como nossa estrela pode evoluir ao longo dos anos.Para o diretor-geral do ESO, o holandês Tim de Zeeuw, a explicação para a baixa participação brasileira pode estar na falta de um acordo – os cientistas no Brasil estariam inseguros sobre a possibilidade de utilizar alguns dos melhores telescópios do mundo para suas pesquisas. "Cada novo Estado-membro demora um pouco para entender o sistema e conseguir uma fração considerável das propostas de observação apresentadas. É bem normal. É algo novo e você tem que entender como fazer. O outro motivo, eu acredito, é que os brasileiros estão um pouco incertos se eles podem ou não submeter propostas. A resposta é: sim".​
Gadotti diz que os cientistas devem notar também que as vantagens de um acordo com o observatório vão além da prioridade na escolha de projetos. "Os telescópios do ESO são abertos internacionalmente, então o Brasil pode participar, mesmo antes do acordo. O que acontece é que se existem dois projetos que estão empatados e um projeto é liderado por uma pessoa de um país-membro e outro é liderado por um país que não é membro, se dá prioridade para o país-membro. Mas não é só nesse sentido, o que acontece é que, uma vez que o Brasil seja parte do ESO, a interação com os astrônomos daqui, com os engenheiros daqui, com o pessoal daqui, evidentemente que vai ser muito maior, então o ganho de conhecimento é incomparável. Isso vai permitir que os astrônomos brasileiros entendam melhor como funcionam os instrumentos daqui, entendam melhor o que eles podem fazer com os instrumentos que têm aqui, com os telescópios que têm aqui. Então podem desenvolver projetos, desenvolver novas ideias para utilizar os telescópios daqui. E isso não é possível enquanto o Brasil não tiver sido parte".

"A taxa de sucesso é a mesma dos Estados-membros. Então a qualidade é tão boa quanto. Está dentro da nossa média. Então, se mandarem mais propostas, terão mais tempo de observação"”, completa Tim de Zeeuw.

ESO: três anos após acordo, cientistas ainda aguardam adesão do Brasil

Firmado em dezembro de 2010, um acordo de participação do Brasil no Observatório Europeu do Sul (European Southern Observatory, ESO), o mais avançado do mundo, foi celebrado por grande parte da comunidade astronômica. Quase três anos depois, no entanto, o projeto, que custará aproximadamente R$ 1,1 bilhão ao longo de 11 anos, ainda espera aprovação do Legislativo.

Preocupados com a demora da concretização do acordo, 100 jovens estudantes de astronomia, entre mestrandos e doutorandos, escreveram uma carta pedindo apoio dos deputados ao tema. "A adesão do Brasil ao consórcio ESO representará um enorme passo para a Astronomia brasileira", garante o documento."Os telescópios dessa organização têm uma performance excelente. Eu já estive observando em telescópios do ESO e de outras organizações e posso afirmar que não existe organização mais bem estruturada que o ESO", afirma Ana Chies Santos, uma das idealizadoras da carta e pesquisadora de pós-doutorado na The School of Physics and Astronomy da Universidade
Além de possibilitar o acesso a toda a infraestrutura do ESO e de seus observatórios, o ingresso do Brasil permitiria uma possível participação em contratos para a construção do European Extremely Large Telescope (E-ELT), que será, segundo o consórcio, o maior telescópio óptico/próximo infravermelho do mundo, com 39 metros de diâmetro e a capacidade de procurar planetas exosolares com condições de vida, medir a propriedade das primeiras estrelas e tentar desvendar a natureza da matéria escura e da energia escura.​

"Ou seja, a adesão ao ESO significa investimento em tecnologia e infraestrutura também. A indústria brasileira poderá competir durante a licitação dos projetos no Chile", afirma Duilia Fernandes de Mello, professora associada da Universidade Católica da América, de Washington, e pesquisadora associada do Goddard Space Flight Center, da Nasa.
de Nottingham, no Reino Unido.

domingo, 10 de novembro de 2013

Universidades oferecem cursos para quem sonha em lançar foguetes

Quem nunca sonhou, pelo menos enquanto criança, em enviar foguetes ao espaço? Em estudar o que existe além do nosso planeta? Muitos estudantes pensam nessas atividades sem nem imaginar que existe uma profissão que pode realizar tudo isso: o engenheiro aeroespacial. Agora, falando como gente grande para quem já tem de decidir o futuro profissional, a profissão é mais possível do que parece e faz parte de uma área em grande ascensão no Brasil.

Segundo o diretor de satélites, aplicações e desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira, (AEB), Carlos Alberto Gurgel Veras, a área envolve muito mais do que a criação de foguetes e os lançamentos ao espaço. Existem duas linhas de formação: a engenharia espacial e a aeronáutica. A primeira estuda tudo o que envolve satélites e foguetes; a segunda é mais voltada ao estudo de aeronaves.
Durante o curso, uma área importante é a de materiais avançados, essencial paras as duas linhas de formação. Os materiais usados para construir tanto aviões quanto foguetes devem ser leves e resistentes, pois o custo de lançamento de um satélite é influenciado pelo seu peso: quanto mais pesado, mais ele precisa de combustível para ser colocado em órbita; quanto maior o satélite, maior será o foguete necessário para lançá-lo, custando mais. Também são estudados os sistemas propulsivos, os motores dos foguetes e as turbinas da aviação. Aprender como todos esses sistemas são controlados também é essencial, pois esse conjunto é unido em um computador, que serve como um cérebro e é controlado por um profissional. Quem quiser estudar a área precisa gostar muito de matemática, química e física. Para Veras, entender de todos esses assuntos é o que forma o perfil adequado do profissional aeroespacial.

Para os já formados em profissões da área de exatas que ainda pretendem entrar para o mundo espacial, existem cursos de pós-graduação em instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a Universidade Federal do ABC (UFABC).
Veras indica que há uma falta de profissionais no mercado, que cresce rapidamente. Com o apoio do Programa Ciências sem Fronteiras e das principais agências espaciais do mundo, em 2013 e 2014 a AEB coordenará a oferta de 300 bolsas de estudo nas diversas modalidades da área, incluindo cursos e treinamentos em universidades, instituições de pesquisa e empresas do exterior, de países líderes na área espacial.

Universidades brasileiras
Com foco na área espacial, atualmente existem poucos cursos de graduação no Brasil, oferecidos pela Universidade do Vale do Paraíba (Univap), pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), pela Universidade Federal do ABC (UFABC), pela Universidade Federal de Santa Catarina Campus Joinville (UFSC - Joinville), pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Universidade de Brasília (UNB). Nos cursos são abordados assuntos relacionados a satélites, veículos lançadores (os foguetes) e até antenas de comunicação, que fazem parte do segmento terrestre.
Anteriormente a esses cursos de graduação, a maioria dos profissionais saía de uma formação em outras engenharias, da química, física ou matemática e se especializava na área. O diferencial do aluno que entra na universidade já na graduação aeroespacial é que ele aprende as disciplinas básicas das engenharias e depois já se especializa no setor, onde conhece todos os princípios e técnicas da construção de um avião ou foguete no início de sua carreira.

Na Univap, o coordenador do curso de engenharia aeronáutica e espaço, Moacir de Sousa Prado, explica que o curso com as duas linhas de formação existe desde 2005 e dura cinco anos. Atualmente, a universidade conta com 70 alunos e oferece 40 vagas noturnas a cada semestre. Nos primeiros dois anos o aluno estuda disciplinas comuns a todas as engenharias. Após esse período, passa a estudar as específicas, como aerodinâmica, controle de aeronaves, segurança de voo, propulsão. Além disso, os estudantes podem escolher como disciplinas eletivas as da área ambiental, considerando que aeronaves e foguetes são grandes poluidores. A universidade mantém laboratórios como um túnel de vento, onde é construído um modelo físico e pequeno de aeronave e nele é verificado o escoamento de ar ao redor das asas, além de laboratórios de propulsão, controle de aeronaves e eletrônica digital. UFABC oferece o curso desde 2007. São disponibilizadas 120 vagas anuais, 60 no turno diurno e o restante no noturno, com duração de 5 anos. Segundo o vice-coordenador, André Luís da Silva, é buscado um equilíbrio entre as aplicações aeronáuticas e espaciais e, após formado, o aluno pode também trabalhar na área automobilística e naval, além do setor de alta tecnologia e integração de sistemas. Entre os laboratórios disponíveis são os de controle automático, navegação, guiagem e controle e estruturas, além de softwares de simulação aplicados em áreas como de aerodinâmica e propulsão. “Quem inicia o curso aeroespacial obtém uma visão integrada e multidisciplinar de um projeto espacial. Profissionais de outras áreas se especializam em um tópico. É como se os engenheiros de outras áreas fossem os músicos de uma orquestra e o aeroespacial fosse o maestro”, explica.
Mercado de trabalho
Veras, da AEB, acredita que a tendência é o Brasil investir cada vez mais na área espacial. “Após começar a melhorar os problemas sociais do País, vão sobrar mais recursos, como os do pré-sal, que teremos daqui a alguns anos, para a área. Existem demandas que interessam ao País, como a proteção de nossas fronteiras e o controle de vazamentos de óleo, que são mais facilmente executados por satélites”, explica. Para 2015, já existe previsão de lançamento de um satélite geoestacionário de defesa e comunicação, que controlará parte a banda larga brasileira e parte a comunicação das forças armadas. O primeiro satélite será comprado da França. “Para o lançamento de um satélite desse porte, envolvendo depois a operação do mesmo, 24 horas por dia, são necessários mais de 100 profissionais. Além disso, dezenas de técnicos irão acompanhar a construção do satélite na empresa franco-italiana Thales Alenia Space”, diz.

O Brasil ainda não possuí o seu próprio veículo lançador de satélites, porém existem vários projetos para quem estiver realmente interessado em trabalhar com o espaço. O Alcântara Cyclone Space (CLS), consórcio feito entre Brasil e Ucrânia para lançar foguetes ucranianos no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), demandará profissionais brasileiros para operar a base de lançamento e fazer a manutenção e projeto dos foguetes. O primeiro lançamento está previsto para 2014. Na tarefa de lançar um foguete, geralmente são feitos testes por quase dois anos, envolvendo de maneira direta cerca de 100 engenheiros aeroespaciais e 500 técnicos.
O Veículo Lançador de Satélites (VLS), programa brasileiro que existe desde a década de 60, no qual ocorreu o maior acidente espacial da história, está sendo reestruturado. Nele, da Silva indica que há uma carência muito grande de profissionais da área de propulsão e controle de foguetes. Existe também o Veículo Lançador de Microssatélite (VLM), que lança foguetes de menor porte e tem uma aplicação comercial. “Por meio dele, o Brasil vai tentar dominar o setor da propulsão líquida, utilizada pelos Estados Unidos e pela Rússia”, diz. O programa é de longo prazo: suas previsões são para 2020. Uma grande oportunidade para quem está iniciando os estudos agora.

O coordenador do curso da UFSC Campus de Joinville, Juan Pablo Salazar, diz que a multidisciplinaridade é essencial para o engenheiro aeroespacial. “É um curso desafiador e estimulante, o aluno tem de gostar da área, além de gostar de matemática e física. É preciso disposição”, afirma. O profissional também pode contribuir para outras áreas, gerando produtos econômicos tangíveis, como em medicina, nas cirurgias feitas à distância, que necessitam da tecnologia de comunicação. Ou então no monitoramento de solo, em lugares remotos. Mas os foguetes e satélites no espaço não ficam para trás. “O ser humano está sempre procurando expandir suas fronteiras e hoje, esse horizonte é o espaço”, conclui.

Satélite europeu está prestes a retornar à Terra

Um grande satélite que a mapeou a gravidade da Terra, agora está voltando para a atmosfera, disseram autoridades neste sábado.

O satélite, batizado de GOCE, foi a apenas 99 milhas (160 quilômetros) acima da Terra e está caindo a uma ritmo de 8 milhas (13 quilômetros) por dia, escreveu o gerente de operações Christoph Steiger em um relatório publicado no site da Agência Espacial Europeia.

"A reentrada na atmosfera (está), provavelmente, a menos de dois dias de distância", disse Steiger. O equipamento de 1,2 tonelada foi lançado em 2009 para mapear variações na gravidade da Terra. Cientistas reuniram os dados para os primeiros mapas globais detalhados da fronteira entre a crosta e o manto do planeta, entre outros projetos.

GOCE ficou sem combustível em 21 de outubro e tem perdido altitude, pois, puxado pela gravidade da Terra. A maior parte da sonda irá queimar-se à medida que as explosões na atmosfera, mas até 50 fragmentos - ou cerca de 25% do satélite - está prevista para sobreviver reentrada e acabar em algum lugar sobre a superfície do planeta.

Com dois terços da Terra coberta por água e vastas áreas de terra pouco povoada, o risco para a vida humana e propriedades é considerada extremamente baixa, disse que a Agência Espacial Europeia.

Devido às constantes mudanças na atmosfera superior da Terra, os cientistas ainda não podem prever onde e quando GOCE vai voltar a entrar na atmosfera.

NBC transmitirá ao vivo primeiro voo espacial de fundador do Grupo Virgin

O fundador do Grupo Virgin, Richard Branson, anunciou nesta sexta-feira que a rede norte-americana NBC irá acompanhar os preparativos e transmitirá ao vivo o voo inaugural do seu avião-foguete Virgin Galactic SpaceShip Two ao espaço.

Se tudo correr conforme o planejado, Branson e seus dois filhos, Holly, de 31 anos, e Sam, de 28, devem decolar em agosto do ano que vem do Novo México.

"Estamos contentes de trabalharmos com vocês", disse Branson, de 63 anos, a Matt Lauer e Savannah Guthrie, apresentadores do programa matinal "Today". "Vai ser um ano incrivelmente emocionante."

Na véspera do lançamento, a NBC planeja levar um programa especial ao ar, e a decolagem será incluída em um programa ao vivo de três horas, a ser ancorado por Lauer e Guthrie.

O bilionário britânico disse que a aeronave já superou a barreira do som em testes e que no começo do ano que vem ele pretende fazer um voo experimental até o limiar do espaço.

A nave particular tem espaço para dois pilotos e seis passageiros. Os outros ocupantes ainda não foram anunciados. Quase 700 pessoas, incluindo o ator Leonardo DiCaprio e o físico Stephen Hawking, se candidataram para os voos, que custarão até 250 mil dólares.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Por US$ 1,9 mil, voo funerário envia cinzas humanas para o espaço

Em vez do tradicional funeral, de enviar o corpo para um cemitério ou cremar um ente querido e guardar os restos mortais, uma companhia americana está propondo enviar cinzas humanas para o espaço. O peculiar "enterro" na órbita da Terra é a proposta da Elysium Space, que planeja lançar seu primeiro voo espacial funerário em 2014. A empresa garante que as cinzas permanecerão ao redor do planeta por meses antes de queimar na atmosfera "como uma estrela cadente". Um aplicativo para rastrear a trajetória desses elementos em órbita já foi lançado.

"Essa é uma experiência única para familiares e amigos fazerem um memorial e lembrarem um ente querido", afirmou o cofundador da Elysium Space e ex-engenheiro da Nasa Thomas Civeit. "Acreditamos que essa é a hora de mudar a visão da morte - do submundo para o celestial", disse ele, de acordo com o portal Space.com.
A empresa está firmando contratos com companhias comerciais de transporte espacial como Orbital Sciences e SpaceX, e o lançamento inaugural está sendo planejado em Cabo Canaveral, na Flórida, onde há uma plataformas de lançamento de foguetes da Força Aérea Americana e da agência espacial dos Estados Unidos. Apesar de ter sido notícia em diversos sites internacionais, a iniciativa da Elysium Space não é pioneira.

Celestis Inc., uma companhia baseada em Houston, tem lançado cinzas humanas ao espaço desde 1997 - e seu voo inaugural carregou os restos mortais de Gene Roddenberry, criador de Star Trek. As cinzas de sua mulher foram lançadas da mesma maneira em 2009. No contrato com a Elysium, o preço de um lançamento como esses está fixado em US$ 1,9 mil.

Meteorito que atingiu a Rússia causou o maior impacto do século

O meteorito que explodiu violentamente sobre a cidade russa de Chelyabinsk em 15 de fevereiro deste ano causou a maior explosão espacial na Terra desde o fenômeno de Tunguska, registrado em 1908, também na Rússia. Como a queda aconteceu em uma área povoada - e um país onde, além de celulares serem comuns, também as câmeras instaladas no painel de carros são bastante frequentes -, pesquisadores conseguiram reunir uma quantidade inédita de material sobre o evento cósmico. Depois de visitar os arredores de Chelyabinsk nas semanas que se seguiram à queda do meteorito, 57 cientistas de nove países descreveram o caso em detalhes na edição desta semana da revista Science.
"Se a humanidade não quiser seguir o caminho dos dinossauros, precisamos estudar um evento como esse em detalhes", afirmou o professor Qing-Zhu Yin, do departamento de astronomia da Universidade da Califórnia em Davis. O exemplar que atingiu a cidade russa no início do ano pertence à classe mais comum de meteoritos, os condritos ordinários. Se uma catástrofe atingisse a Terra novamente, seria causada por um objeto desse tipo, afirmou Yin.
A detonação do corpo celeste na atmosfera produziu uma onda de choque forte o suficiente para derrubar as pessoas em seu caminho - onda essa que foi formada inicialmente na altitude de aproximadamente 90 quilômetros, de acordo com os pesquisadores. O asteroide atingiu seu ponto mais quente e brilhante à altura de cerca de 30 quilômetros, quando se aproximava do solo a uma velocidade vertiginosa de 18,6 quilômetros por segundo (mais de 66 mil km/h). O impacto do asteroide danificou casas e feriu centenas de pessoas, incluindo aquelas atingidas por destroços e queimadas pela radiação.
"Nosso objetivo era entender todas as circunstâncias que resultaram na onda de choque que mandou mais de 1,2 mil pessoas aos hospitais na área naquele dia", afirmou o astrônomo Peter Jenniskens, que faz parte da equipe liderada por Olga Popova, da Academia de Ciências da Rússia. A explosão foi equivalente à detonação de 600 milhares de toneladas de TNT - unidade utilizada para medir o impacto destrutivo de armas nucleares.

Os pesquisadores estimam que o asteroide tinha 19,8 metros de diâmetro, mas foi se fragmentando e deixou apenas um buraco de 7 metros de largura na camada de gelo que atingiu ao cair. Com a análise do meteorito em detalhes, os cientistas esperam estabelecer padrões de estudo para esse tipo de impacto e ajudar a entender melhor os objetos próximos da Terra (NEO, de Near-Earth Object, em inglês) e desenvolver estratégias mais eficazes para proteger o nosso planeta.

Lady Gaga quer se apresentar no espaço em 2015

Lady Gaga tem a intenção de se apresentar no espaço em 2015, para o deleite de seus "monstros" mais galácticos, segundo a revista "US Weekly".
A cantora nova-iorquina é uma das celebridades que se inscreveu nos voos espaciais que serão oferecidos pela empresa Virgin Galactic, do multimilionário Richard Branson.
Além disso, a diva cantará uma canção do espaço que será escutada durante o festival tecnológico "Zero G Colony" que acontece todos os anos no Novo México.
"Lady Gaga terá que fazer um mês de treino vocal por causa da atmosfera", assegura uma das fontes consultadas pela publicação americana.
A "US Weekly" acrescenta que a cantora, que reapareceu nos palcos em setembro após sua operação de quadril, contratou um seguro de vida por uma quantia de dinheiro estratosférica.
A cantora de sucessos como "Paparazzi" e "Alejandro" se junta assim a outras estrelas que viajarão nos voos espaciais, como Leonardo DiCaprio, Justin Bieber, Brad Pitt e Angelina Jolie.
A Virgin Galactic espera poder iniciar suas viagens turísticas ao espaço em 2014, uma experiência exclusiva que tem um custo por passagem de US$ 250 mil.
Cerca de 630 pessoas já fizeram a reserva de uma vaga e a empresa arrecadou mais de US$ 80 milhões em depósitos.

Chuvas de meteoros são mais comuns do que se pensava, diz estudo

A ameaça de uma chuva de asteroides, como a que atingiu a Rússia em fevereiro deste ano, é muito maior do que se pensava anteriormente, sugere um estudo recém-publicado no periódico Nature. Pesquisadores descobriram que meteoritos similares aos que caíram sobre a cidade russa de Chelyabinsk têm entrado em colisão na atmosfera terrestre com uma frequência surpreendente.
Alguns defendem a criação de sistemas de alerta para esse tipo de evento. "Provavelmente vale a pena ter algum sistema que 'escaneie' o céu de forma contínua e procure esses objetos antes que eles atinjam a Terra", disse Peter Brown, professor da Universidade de West Ontario (Canadá) ao programa Science in Action, do Serviço Mundial da BBC. "No caso de Chelyabinsk, um aviso prévio de alguns dias teria sido valioso."

Estima-se que a chuva de meteoritos sobre a cidade russa tenha deixado mais de mil feridos.

Poder energético
O tamanho do corpo celeste que originou a chuva de meteoritos é estimado em 19 metros de largura e liberou energia mais poderosa do que a de uma arma nuclear. Agora, os cientistas acreditam que podem haver rochas especiais parecidas a ele em rota de colisão com a Terra.

Uma equipe internacional analisou dados coletados nas duas últimas décadas por sensores usados pelo governo dos Estados Unidos e por sensores infravermelhos posicionados ao redor do mundo.
Eles servem para detectar a ameaça de armas nucleares, mas também são capazes de identificar os choques causados pelo impacto de asteroides.

Os pesquisadores descobriram que, nesse período, cerca de 60 asteroides de até 20 metros de largura se chocaram com a atmosfera terrestre - muito mais do que pensava anteriormente. A maioria passou despercebido porque explodiu sobre oceanos ou sobre áreas remotas.

Risco subestimado
A descoberta sugere que o risco de chuvas de asteroides como a de Chelyabinsk tem sido subestimado. Os pesquisadores acreditam que os choques desses asteroides são entre duas e dez vezes mais comuns do que se pensava antes a partir de observações telescópicas.

"Imaginaríamos que (eventos como o de) Chelyabinsk só ocorreriam a cada 150 anos, com base em informações telescópicas", disse Brown. "Mas, quando você olha os dados e os extrapola, vê que isso ocorre mais ou menos a cada 30 anos."

Eventos como o ocorrido na Sibéria, em 1908 - quando centenas de quilômetros quadrados de floresta foram devastados pela queda de um asteroide - provavelmente ocorrem a cada cento e poucos anos, em vez de a cada mil e poucos anos, acrescentou Brown.

"Há literalmente milhões de objetos de dezenas de metros de comprimento que suspeitamos que sejam asteroides que podem se aproximar da Terra", declarou o professor.

"Só descobrimos cerca de mil deles. Há muitos a serem descobertos, mas seria algo muito caro e que provavelmente não valeria a pena, já que a atmosfera para a maior parte deles. O que pode valer a pena é (criar) sistemas que identifiquem (os asteroides) alguns dias ou semanas antes de eles se chocarem, para que possamos saber onde eles vão atingir. Isso daria a chance de alertar autoridades de defesa civil."

Tradutor