O primeiro voo não tripulado da nave espacial americana
Orion, sucessora do ônibus espacial e capaz de transportar astronautas
para além da órbita da Terra, será realizado em setembro do ano que vem,
informou a Nasa nesta terça-feira.
"Um grande progresso está sendo feito no avanço do
programa Orion, o que permitirá um voo de teste da cápsula em setembro
de 2014", segundo o previsto, disse durante coletiva de imprensa William
Gerstenmaier, administrador associado da agência espacial americana,
encarregado da exploração espacial tripulada.
A Orion só transportará astronautas depois de 2021. A
cápsula espacial, que será lançada da base aérea de Cabo Cañaveral, na
Flórida (sudeste dos Estados Unidos), dará duas voltas ao redor da Terra
antes de retornar à atmosfera em alta velocidade.
Este voo tem como objetivo principal testar o escudo
térmico da nave de cerca de duas toneladas e o sistema de paraquedas
para o pouso previsto no Oceano Pacífico, ao longo da costa da
Califórnia, disse Gerstenmaier.
Para este primeiro voo, a Orion será transportada a
bordo de um foguete Delta IV, já que seu sistema de lançamento (Space
Launch System, SLS) ainda não está pronto.
Mas ainda assim "foram feitos avanços muito importantes
em muito pouco tempo", graças aos quais o "SLS está 70% concluído",
disse o encarregado da Nasa.
A Orion, que poderá transportar de quatro a seis
astronautas, será lançado pelo SLS na primeira missão espacial ao redor
da Lua, em 2017. A cápsula não tripulada será colocada em uma órbita de
75.000 quilômetros sobre a superfície lunar para um voo de 21 dias,
destinado a certificar esta nave com peso de 70 toneladas para missões
tripuladas além da órbita terrestre.
Esta órbita tem a particularidade de ser muito estável,
já que os objetos podem permanecer um século sem perder altura ou cair,
explicou Gerstenmaier.
"Vamos levar a Orion a esta região ao redor da Lua e ver
como podemos usar a gravidade lunar para colocá-la nesta órbita e
tirá-la para voltar à Terra", explicou.
"Começaremos, assim, a operar no espaço e usar a
gravidade da Lua para ir a diferentes destinos no sistema solar", disse
Gerstenmaier.
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