Alguns defendem a criação de sistemas de alerta para
esse tipo de evento. "Provavelmente vale a pena ter algum sistema que
'escaneie' o céu de forma contínua e procure esses objetos antes que
eles atinjam a Terra", disse Peter Brown, professor da Universidade de
West Ontario (Canadá) ao programa Science in Action, do Serviço Mundial
da BBC. "No caso de Chelyabinsk, um aviso prévio de alguns dias teria
sido valioso."
Estima-se que a chuva de meteoritos sobre a cidade russa tenha deixado mais de mil feridos.
Poder energético
O tamanho do corpo celeste que originou a chuva de meteoritos é estimado em 19 metros de largura e liberou energia mais poderosa do que a de uma arma nuclear. Agora, os cientistas acreditam que podem haver rochas especiais parecidas a ele em rota de colisão com a Terra.
O tamanho do corpo celeste que originou a chuva de meteoritos é estimado em 19 metros de largura e liberou energia mais poderosa do que a de uma arma nuclear. Agora, os cientistas acreditam que podem haver rochas especiais parecidas a ele em rota de colisão com a Terra.
Uma equipe internacional analisou dados coletados nas
duas últimas décadas por sensores usados pelo governo dos Estados Unidos
e por sensores infravermelhos posicionados ao redor do mundo.
Eles servem para detectar a ameaça de armas nucleares,
mas também são capazes de identificar os choques causados pelo impacto
de asteroides.
Os pesquisadores descobriram que, nesse período, cerca
de 60 asteroides de até 20 metros de largura se chocaram com a atmosfera
terrestre - muito mais do que pensava anteriormente. A maioria passou
despercebido porque explodiu sobre oceanos ou sobre áreas remotas.
Risco subestimado
A descoberta sugere que o risco de chuvas de asteroides como a de Chelyabinsk tem sido subestimado. Os pesquisadores acreditam que os choques desses asteroides são entre duas e dez vezes mais comuns do que se pensava antes a partir de observações telescópicas.
A descoberta sugere que o risco de chuvas de asteroides como a de Chelyabinsk tem sido subestimado. Os pesquisadores acreditam que os choques desses asteroides são entre duas e dez vezes mais comuns do que se pensava antes a partir de observações telescópicas.
"Imaginaríamos que (eventos como o de)
Chelyabinsk só ocorreriam a cada 150 anos, com base em informações
telescópicas", disse Brown. "Mas, quando você olha os dados e os
extrapola, vê que isso ocorre mais ou menos a cada 30 anos."
Eventos como o ocorrido na Sibéria, em 1908 - quando
centenas de quilômetros quadrados de floresta foram devastados pela
queda de um asteroide - provavelmente ocorrem a cada cento e poucos
anos, em vez de a cada mil e poucos anos, acrescentou Brown.
"Há literalmente milhões de objetos de dezenas de metros
de comprimento que suspeitamos que sejam asteroides que podem se
aproximar da Terra", declarou o professor.
"Só descobrimos cerca de mil deles. Há muitos a serem
descobertos, mas seria algo muito caro e que provavelmente não valeria a
pena, já que a atmosfera para a maior parte deles. O que pode valer a
pena é (criar) sistemas que identifiquem (os asteroides) alguns dias ou
semanas antes de eles se chocarem, para que possamos saber onde eles vão
atingir. Isso daria a chance de alertar autoridades de defesa civil."
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