A nave espacial indiana com destino a Marte foi
conduzida "com êxito" para uma órbita mais elevada da Terra esta
terça-feira, depois de uma breve falha no motor em uma tentativa
anterior, informou a agência.
A Missão Orbitadora de Marte, lançada em 5 de novembro
para uma missão de 11 meses ao planeta vermelho, está sendo
"arremessada" ao seu destino final por meio de um incomum método
"estilingue" de viagens interplanetárias.
Na falta de um foguete grande para enviá-la diretamente
para fora da atmosfera terrestre e seu empuxo gravitacional, a nave
indiana ficará na órbita da Terra até o fim do mês, à medida que
desenvolve velocidade suficiente para se libertar.
Na terça, a espaçonave concluiu seu quarto
reposicionamento para chegar a 100.000 quilômetros da Terra, depois de
uma falha nos motores durante uma tentativa na segunda-feira, o que
ativou o piloto automático.
"A quarta manobra suplementar de elevação da órbita da
Nave Orbitadora de Marte foi concluída com êxito", informou em um
comunicado a agência espacial indiana (ISRO, na sigla em inglês).
As primeiras três manobras, que envolveram a injeção de
combustível adicional no motor do foguete, foram executadas com sucesso
na semana passada.
A ISRO informou que a curta falha no motor na segunda-feira não se tratou de um revés à ambiciosa missão de baixo custo.
Nunca antes a Índia havia se aventurado em viagens
interplanetárias. A empreitada é difícil, já que mais da metade de todas
as missões a Marte acabaram em fracasso, inclusive a chinesa em 2011 e a
japonesa em 2003.
O custo do projeto, de 4,5 bilhões de rúpias (US$ 73
milhões), é menos de um sexto dos US$ 455 milhões destinados para uma
sonda marciana da Nasa, com lançamento previsto para o final do mês.
O presidente da ISRO, K. Radhakrishnan, chamou a missão
de um "ponto decisivo" para as ambições espaciais da Índia e algo que
provaria as capacidades do país na tecnologia de foguetes.
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