Firmado em dezembro de 2010, um acordo de participação
do Brasil no Observatório Europeu do Sul (European Southern Observatory,
ESO), o mais avançado do mundo, foi celebrado por grande parte da
comunidade astronômica. Quase três anos depois, no entanto, o projeto,
que custará aproximadamente R$ 1,1 bilhão ao longo de 11 anos, ainda
espera aprovação do Legislativo.
Preocupados com a demora da concretização do acordo, 100 jovens estudantes de astronomia, entre mestrandos e doutorandos, escreveram uma carta pedindo apoio dos deputados ao tema. "A adesão do Brasil ao consórcio ESO representará um enorme passo para a Astronomia brasileira", garante o documento."Os telescópios dessa organização têm uma performance excelente. Eu já
estive observando em telescópios do ESO e de outras organizações e posso
afirmar que não existe organização mais bem estruturada que o ESO",
afirma Ana Chies Santos, uma das idealizadoras da carta e pesquisadora
de pós-doutorado na The School of Physics and Astronomy da Universidade
Além de possibilitar o acesso a toda a infraestrutura do
ESO e de seus observatórios, o ingresso do Brasil permitiria uma
possível participação em contratos para a construção do European
Extremely Large Telescope (E-ELT), que será, segundo o consórcio, o
maior telescópio óptico/próximo infravermelho do mundo, com 39 metros de
diâmetro e a capacidade de procurar planetas exosolares com condições
de vida, medir a propriedade das primeiras estrelas e tentar desvendar a
natureza da matéria escura e da energia escura.
"Ou seja, a adesão ao ESO significa investimento em
tecnologia e infraestrutura também. A indústria brasileira poderá
competir durante a licitação dos projetos no Chile", afirma Duilia
Fernandes de Mello, professora associada da Universidade Católica da
América, de Washington, e pesquisadora associada do Goddard Space Flight
Center, da Nasa.
de Nottingham, no Reino Unido.
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