quarta-feira, 31 de julho de 2013

Nasa divulga foto rara da Terra tirada perto de Saturno

  
 
A agência espacial americana divulgou nesta terça-feira uma foto da Terra e da Lua tirada de um ponto de vista inédito, perto de Saturno e de seus anéis, uma imagem única e rara. A foto colorida foi tirada pela sonda Cassini a 1,4 bilhão de quilômetros da Terra, segundo a Nasa. A esta distância, apesar de os anéis de Saturno serem bem reconhecíveis, a Terra é apenas um pequeno ponto de luz ao fundo. A foto foi tirada em 19 de julho passado.
"Esta é a primeira vez que sabíamos de antemão que a Terra seria fotografada a uma distância interplanetária", afirmou a Nasa. "Também é a primeira vez que a resolução da câmera da Cassini registra a Terra e a Lua como dois objetos distintos", acrescentou.

O ângulo pouco comum foi possível graças ao fato de que o Sol estava por trás de Saturno, do ponto de vista da sonda. O planeta bloqueou a maior parte da luz, que, de outro modo, teria sido tão intensa que teria podido danificar o sensor da câmera. A foto foi tirada com uma câmera dos anos 1990 (a sonda Cassini foi lançada em 1997) - nem de perto tão sofisticada quanto os instrumentos ópticos atuais.

"Não se pode ver os continentes ou as pessoas neste retrato da Terra, mas este pequeno ponto azul é um resumo de onde estávamos em 19 de julho", explicou Linda Spilker, cientista da sonda Cassini. "As imagens da sonda Cassini nos recordam que nosso planeta é muito pequeno no Universo", acrescentou.

A nave espacial Cassini foi lançada em 15 de outubro de 1997 para estudar Saturno e seus inúmeros satélites. O aparelho se aproximou do planeta dos anéis em 2004 depois de passar perto de Júpiter.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Nasa comemora 55 anos com a calculadora na mão

A Nasa chega aos 55 anos nesta segunda-feira. De pequeno passo em pequeno passo, a agência espacial americana comemora saltos gigantescos em seu passado. Hoje, porém, não há orçamento para grandes celebrações: as conquistas que encantaram, assombraram e elevaram a humanidade perderam relevância em um cenário de retração econômica que limita o alcance de um nome associado a feitos impossíveis e inspiradores.
Escorada na disputa política com a União Soviética, a decolagem da Nasa foi fulminante. Até a conquista da Lua, em 1969, a calculadora passava longe das preocupações de seus cientistas. Assim, em uma década, inverteu o domínio espacial, ampliou o escopo da perspectiva humana e assumiu a predominância científica na área. Para isso, gastou tanto quanto foi necessário.
Mas o dinheiro não acompanhou a mudança de foco da política para a ciência. Em 1966, por exemplo, a Nasa recebia 4,4% do orçamento federal dos Estados Unidos. Em 2012, com a Guerra Fria a anos-luz de distância, teve direito a menos de 0,5% da receita total, US$ 17,7 bilhões, o equivalente à metade dos valores captados anualmente entre 1964 e 1966.
Uma sequência de reduções nos últimos anos, motivada pela crise econômica e pela opinião pública, obrigou a agência a brecar investimentos em ciências, exploração e operações espaciais - as três maiores áreas em valores aplicados. Seu orçamento, que era de US$ 18,4 bilhões em 2011, caiu no ano seguinte para US$ 17,8 bilhões. Em 2013, a agência recebeu US$ 16,9 bilhões. Com isso, reduziu drasticamente suas atividades em educação - paradoxalmente, uma das iniciativas que poderiam verter a opinião pública em seu favor.
Para 2014, o projeto de lei de dotação orçamentária em tramitação no Congresso dos EUA prevê que a Nasa receba US$ 300 milhões a menos do que no exercício atual. Os números foram divulgados no início de julho, dando início a debates que envolvem a Câmara, o Senado e a Casa Branca.
Frequentemente atuando como mera espectadora do processo, a agência decidiu se pronunciar - na opinião de um de seus principais executivos. David Weaver, diretor adjunto do Departamento de Comunicações da Nasa, externou em seu blog, em 17 de julho, a profunda preocupação com o projeto de lei em análise. "Esta proposta desafia a superioridade da América na exploração do espaço, tecnologia, inovação e descoberta científica", escreveu.
Weaver declarou especial receio quanto ao corte no financiamento para a recém-criada divisão de tecnologia espacial, a Space Technology Mission Directorate, que se dedica à obtenção de novas e não testadas tecnologias para uso em missões espaciais da agência.

Nasa captura 'buraco' gigante na atmosfera do Sol

Uma sonda da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) registrou um buraco gigante na atmosfera solar, na área do polo norte do Sol. A sonda Observatório Solar e Helioscópico (Soho, na sigla em inglês) capturou a imagem do buraco gigantesco no dia 18 de julho.

A Nasa afirma que os buracos, chamados de coronais, são regiões escuras de baixa densidade da camada mais externa da atmosfera solar, chamada de corona. Estes buracos têm pouco material solar, temperaturas mais baixas e, por isso, aparecem mais escuros nas imagens.

Os buracos coronais são ocorrências típicas do Sol, mas costumam aparecer em outros lugares e com mais frequência em momentos diferentes do ciclo de atividade solar, que dura cerca de 11 anos.

O ciclo de atividade solar atualmente está se encaminhando para o chamado máximo solar, um pico na atividade que deve ocorrer no final de 2013. Durante esta parte do ciclo, o número de buracos coronais diminui. No pico da atividade solar, os campos magnéticos no Sol mudam e novos buracos coronais aparecem perto dos polos.

O número destes buracos então aumenta e eles crescem de tamanho, se estendendo para além dos polos, enquando o ciclo solar volta para o mínimo de atividade novamente. Os buracos são importantes para a compreensão do clima no espaço, pois eles são a fonte de ventos de alta velocidade com partículas solares, que são expelidos do Sol três vezes mais rápido do que os ventos solares vindos de outros lugares.

Ainda não se sabe a causa dos buracos coronais, mas eles estão correlacionados a áreas do Sol onde os campos magnéticos aumentam e sobem, não conseguindo cair de volta para a superfície do Sol, como fazem em outros lugares.

"Cometa do século" pode ser destruído pelo Sol, diz astrônomo

As últimas observações feitas do Ison, chamado de "cometa do século", indicam que ele pode ser uma grande decepção. Análise de Ignacio Ferrin, astrônomo da Universidade de Antióquia (Colômbia), conclui que a pedra de gelo tem um "peculiar comportamento" e pode acabar destruída ao se aproximar do Sol.

Descoberto em setembro de 2012 por dois astrônomos russos, o Ison foi chamado de "cometa do século" após algumas previsões que indicavam que ele poderia aparecer tão grande como a Lua Cheia para quem vê da superfície da Terra. Contudo, isso depende de sua passagem pelo Sol.
Ferrin, ao analisar as últimas observações do Ison, descobriu que o brilho do cometa se manteve constante por 132 dias, apesar de ele se aproximar cada vez mais da estrela. Esse dado peculiar pode ser explicado pela falta de água ou se uma superfície de rocha ou outro material esteja impedindo a sublimação da água ou outro volátil para o espaço.

Caso parecido foi o do cometa C/2002 O4 Hönig, que manteve o mesmo brilho durante 52 dias. Após esse período, ele se desintegrou, sem deixar resíduos observáveis.
Os astrônomos não sabem qual é a situação atual do Ison, já que ele está escondido pelo brilho do Sol. Contudo, eles sabem de duas dificuldades que o cometa vai enfrentar. A primeira, a temperatura de 2,7 mil °C ao passar perto da estrela, o suficiente para derreter ferro e chumbo. Além disso, ele entrará no chamado limite de Roche, quando a força gravitacional do Sol poderá partir o núcleo do cometa. 

Esses dados indicam que o Ison pode não sobreviver ao encontro. Uma breve janela de observações, entre 7 de outubro e 4 de novembro, pode indicar a situação da pedra de gelo. Contudo, segundo o cientista, as condições de observação serão muito ruins para determinar o destino do cometa. "O futuro do cometa Ison não parece muito brilhante", conclui Ferrin.

domingo, 28 de julho de 2013

Cargueiro espacial russo se acopla com sucesso à ISS

A nave de carga russa Progress M-20M se acoplou com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) menos de seis horas após ter sido lançada a partir da base de Baikonur (Cazaquistão) em uma viagem expressa que se completou em quatro órbitas ao planeta.
A Nasa informou que o cargueiro, que não é tripulado, completou sua manobra automática de atracamento às 23h26 a 418 quilômetros sobre a costa ocidental da América do Sul.
A nave, que se acoplou ao módulo Pirs, que faz parte do segmento russo da ISS, foi posta em órbita por um foguete russo Soyuz-U lançado a partir da base cazaque.
O cargueiro russo transporta à ISS água, oxigênio, alimentos e combustível, além de equipes para os experimentos que os ocupantes da plataforma orbital realizam.
Além disso, a nave de carga transporta para os tripulantes da estação ferramentas que podem servir para reparar os trajes espaciais, depois que a falha em um deles colocou em risco o passeio espacial do astronauta italiano da Agência Espacial Europeia Luca Parmitano.
Um vazamento de água no capacete do astronauta, que continua sendo investigada e não se conhecem as causas, obrigou a suspensão do passeio espacial.
O último cargueiro lançado no final do mês passado de abril, o Progress M-19M, que se desintegrou na sexta-feira passada na atmosfera ao término de sua missão, demorou dois dias para se acoplar à ISS após ter problemas para abrir uma de suas antenas de aproximação.
Os russos Pavel Vinogradov, Aleksandr Misurkin e Fiodor Yurchikhin, os americanos Chris Cassidy e Karen Nyberg, e o italiano Luca Parmitano integram a atual tripulação a bordo da ISS.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Cientistas ligam nº de estrelas em galáxia a sua velocidade de criação

Uma equipe de astrônomos europeus conseguiu relacionar a velocidade em que se encontram estrelas em uma galáxia com seu número total, já que uma intensa geração de astros pode expulsar o gás do qual elas se nutrem para crescer.

O descobrimento foi possível graças às melhores imagens obtidas da galáxia espiral do Escultor, ou NGC 253, a apenas 11,5 milhões de anos-luz do Sistema Solar, nas quais são vistas "esfumaçadas colunas de gás denso e frio fugindo do centro do disco galático", informou hoje o Observatório Europeu do Sul (Eso).

Com o telescópio Alma, situado na região do Atacama (Chile), os especialistas europeus observaram como a formação estelar acelerada pode "arrancar o gás de uma galáxia", produzindo "imagens impactantes que mostram enormes jatos de gás molecular expulsos" a vácuo, como detalha um estudo publicado na revista científica Nature.

"Com a extraordinária resolução e precisão do Alma, podemos ver claramente, e pela primeira vez, concentrações maciças de gás frio expulsas por ondas expansivas de intensa pressão criadas pelas estrelas jovens" afirma Alberto Bolatto, astrônomo da Universidade de Maryland.

"A quantidade de gás que medimos nos dá demonstrações evidentes que algumas galáxias em crescimento lançam mais gás do que absorvem. É possível que estejamos vendo um exemplo atual de algo muito comum que ocorria no universo cedo", acrescentou Bolatto.

Concretamente, os pesquisadores determinaram que estava sendo ejetado gás molecular por uma massa equivalente à de dez vezes a do Sol por ano a uma velocidade de entre 150 mil e 1 milhão de km/h.

A principal consequência disso é que as futuras gerações de estrelas ficam sem o combustível necessário para se formar e crescer. Essa descoberta ajuda a explicar a escassez de galáxias com uma alta densidade de estrelas no universo, algo que causava estranheza à comunidade científica.

Os modelos teóricos criados por computador previam que as galáxias mais antigas e vermelhas deveriam ter muito mais massa e mais estrelas do que se poderia medir na prática

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Mascote 'alienígena' visita astronautas na Estação Espacial Internacional

"Recebi uma visita surpresa de um amigo especial na ISS", escreveu Luca Parmitano em seu Twitter Foto: Reprodução 
A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) recebeu uma visita "extraterrestre" nesta segunda-feira. O mascote Paxi, da Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês), flutuou pela cabine em um vídeo apresentado pelo astronauta italiano Luca Parmitano, um dos integrantes da Expedição 36. O pequeno e sorridente boneco leva as cores da bandeira da Itália: verde, branco e vermelho. 

Paxi é o mascote de um programa educativo da ESA voltado para crianças. Seu nome foi escolhido porque soa extraterrestre e lembra a palavra "paz". Mais de 500 sugestões de crianças entre 4 e 12 anos foram recebidas em uma competição internacional para batizar o amigável "alienígena". O nome foi escolhido pelo próprio Parmitano e foi sugerido por uma menina espanhola de 7 anos chamada Sara.

Há 15 anos, morria Alan Shepard, 1º americano no espaço

Notícia dia: 21/07/2013
Shepard morreu após batalha contra a leucemia Foto: Nasa / Divulgação
Em 21 de julho de 1998, em um hospital em Monterey, Califórnia, o astronauta Alan B. Shepard Jr. perdia a última batalha de uma longa guerra contra a leucemia. Shepard gravou seu nome na história por dois feitos: foi o primeiro americano no espaço e o primeiro homem a jogar golfe na Lua.

Na ponta de um foguete derivado de um míssil militar, em uma cápsula apertada - com espaço para apenas uma pessoa -, Alan Shepard foi o primeiro americano a ser lançado ao espaço, em 5 de maio de 1961. Foram apenas 15 minutos, o suficiente para os Estados Unidos darem uma resposta aos feitos da União Soviética, que já havia enviado Yuri Gagarin ao espaço, apenas 23 dias antes.

Após o fracasso na Baía dos Porcos e o lançamento de Gagarin, o sucesso da missão de Shepard devolveu o ânimo aos americanos e fez o presidente John F. Kennedy anunciar o plano de levar o homem à Lua. E Shepard também chegou lá.

Depois de ser o primeiro americano a chegar ao espaço, a segunda missão de Shepard também entrou para a história. Em 31 de janeiro de 1971, ao lado de Edgar Mitchell, ele pousou na Lua pela missão Apollo 14. Ficou famosa a cena de Shepard lançando bolas de golfe na superfície lunar - novamente, um pioneiro: o primeiro homem a jogar golfe fora da Terra.

Sonda da Nasa faz imagem da Terra a 1,5 bilhão de km

Imagem feita pela sonda Cassini, e ainda não processada pela Nasa, mostra o Sol e a Terra Foto: NASA/JPL/Space Science Institute / Divulgação 
A Nasa divulgou as primeiras imagens não tratadas da Terra vista a cerca de 1,5 bilhão de quilômetros. O registro foi feito pela sonda Cassini, que orbita Saturno, e fara parte de um mosaico que mostrará o gigante gasoso e o nosso planeta.O registro foi feito no dia 19 e chegou à Terra no sábado. Processar a imagem deve levar alguns dias - enquanto o mosaico todo deverá levar semanas, afirma a Nasa.

sábado, 20 de julho de 2013

Um grande salto para a humanidade: primeiro passo na Lua completa 44 anos

Há exatos 44 anos, em 20 de julho de 1969, o astronauta americano Neil Armstrong tornou realidade o sonho mais antigo das civilizações humanas quando se converteu no primeiro homem a caminhar na Lua. Enquanto 500 milhões de pessoas em torno do mundo esperavam ansiosamente aglomeradas junto a rádios e telas de televisão de imagem borrada, Armstrong desceu a escada do módulo sobre a superfície lunar.

"Este é um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade", recitou Armstrong com a voz levemente distorcida pela distância e pelos equipamentos de comunicação, uma frase que ficaria gravada para sempre nos livros de história da Terra.

As multidões ovacionaram o momento quando Armstrong foi alcançado por seu companheiro Buzz Aldrin, que descreveu a "magnífica desolação" da paisagem lunar, nunca antes testemunhada em primeiro plano vista da Terra. Apenas 12 terráqueos caminharam desde então pela superfície da Lua, o solitário e misterioso satélite da Terra que alimentou nossos sonhos desde que os primeiros humanos caminharam sobre o planeta.

Em plena Guerra Fria, o programa Apollo foi usado para provar o domínio americano na corrida espacial. Colocar uma bandeira dos Estados Unidos na superfície da Lua em 1969 marcou pontos muitos importantes em relação à União Soviética. O programa Apollo, que tornou possível seis alunissagens bem sucedidas entre 1969 e 1972, começou oito anos antes, em 1961, quando o presidente John F. Kennedy lançou o desafio ao Congresso de levar o homem à Lua ainda naquela década.

"Creio que esta nação deve se comprometer em alcançar a meta, antes de terminar esta década, de aterrissar o homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra sem perigo", disse então Kennedy. Foi aí que os EUA desenvolvem o programa Apollo, que transformou-se em uma arma bem sucedida na prova de domínio na corrida espacial que culminou com os passos do americano Neil Armstrong na lua durante a missão Apollo 11, em 1969.

A União Soviética foi a primeira nação a colocar um satélite em órbita, em 1957, com o lançamento do Sputnik e, em 1961, Yuri Gagarin se converteu no primeiro homem a viajar ao espaço. A corrida espacial se converteu no símbolo da batalha da Guerra Fria pelo domínio entre ideologias enfrentadas e poderes mundiais polarizados.

Em 1970, meses depois das alunissagens, o dissidente soviético Andrei Sakharov escreveu, em uma carta aberta ao Kremlin, que a capacidade dos Estados Unidos de colocar um homem na Lua provou a superioridade de uma democracia. Graças à crescente prosperidade dos Estados Unidos e seus êxitos científicos e técnicos, o país colocou rapidamente em marcha o programa Apollo.

Mas a conquista da Lua não foi o único resultado da corrida espacial. Muitos dos avanços tecnológicos que desfrutamos hoje - como a comunicação mundial instantânea, via satélite e o uso de computadores pessoais - foram criados na época durante pesquisas de aprimoramento das missões espaciais.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Empresa confirma que motores achados no mar são da Apollo 11

Os pesquisadores estavam com dificuldade de encontrar os números de série do equipamento Foto: Bezos Expeditions / Divulgação 
A Bezos Expeditions confirmou nesta sexta-feira que um motor recolhido no fundo do mar há quatro meses realmente pertenceu à Apollo 11. Foi somente nesta semana que a equipe conseguiu achar os números de série 2044 no equipamento.
Segundo Jeff Bezos, CEO da Amazon e dono da Bezos Expeditions, os especialistas acharam o número abaixo de muitas camadas de metal corroído. Para isso, eles usaram luz negra e lentes especiais. "Este é um grande marco para o projeto e todo o time não poderia estar mais animado em compartilhar isso com vocês todos".

Os motores impulsionaram o astronauta Neil Armstrong e sua equipe em uma viagem à Lua, em 1969, e se encontravam submersos nas profundezas do Oceano Atlântico, onde foram encontrados com o uso de sofisticados equipamentos de tecnologia de sonar.

Bezos recorreu a fundos privados para trazer à superfície os motores que estavam submersos a 4.267 metros de profundidade.​

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Concepção artística mostra a colisão das estrelas de nêutrons Foto: Dana Berry, SkyWorks Digital, Inc. / Divulgação 
Cientistas registraram uma explosão de raios gama após a colisão de duas estrelas de nêutrons. O resultado do evento cataclísmico foi a produção de diversos elementos - foi ejetado o equivalente a 100 vezes a massa do Sol em material. Entre essa gigantesca quantidade de matéria, muito ouro - os cientistas estimam que 10 vezes a massa da Lua. O estudo foi divulgado na revista Astrophysical Journal Letters nesta quarta-feira.

Ao contrário de elementos mais comuns, como carbono ou ferro, o ouro não é criado dentro das estrelas. Para isso, são necessários eventos mais extremos. No caso registrado, duas estrelas de nêutrons - o núcleo que sobrou de duas estrelas que explodiram como supernova - colidiram, o que levou a uma explosão de raios gama. Diversos elementos foram produzidos, entre eles o metal raro.

"Nós estimamos que a quantidade de ouro produzida e ejetada durante a colisão das duas estrelas de nêutrons foi equivalente a 10 massas lunares", diz o autor principal do artigo, Edo Berger, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (EUA). A explosão ocorreu a 3,9 bilhões de anos-luz da Terra - uma das mais próximas já registradas - e foi vista pelo satélite Swift, da Nasa, em 3 de junho. Ela durou menos de dois décimos de segundo.

"Parafraseando Carl Sagan, somos todos produtos das estrelas, e nossas joias são produtos de colisões de estrelas", diz Berger.

Imagens mostram nuvem de gás sendo despedaçada por um buraco negro

Esta simulação de uma nuvem de gás passando perto do buraco negro de massa extremamente elevada situado no centro da nossa galáxia mostra o processo em meados de 2013 Foto: ESO/S. Gillessen/MPE/Marc Schartmann / Divulgação 
Astrônomos observaram pela primeira vez uma nuvem de gás sendo despedaçada pelo buraco negro de massa extremamente elevada que se encontra no centro da nossa galáxia, a Via Láctea. A nuvem está tão esticada que a sua parte da frente já passou pelo ponto mais próximo e se desloca agora para longe do buraco negro a mais de 10 milhões de quilômetros por hora, enquanto a cauda da nuvem ainda cai em direção ao buraco negro.
Em 2011, cientistas utilizaram o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO) para descobrir uma nuvem de gás com várias vezes a massa da Terra acelerando em direção ao buraco negro. Esta nuvem está agora atingindo sua máxima aproximação, e as novas observações do VLT mostram que a nuvem está sendo esticada pelo campo gravitacional extremo do buraco negro.

“O gás que se encontra em uma das extremidades da nuvem está esticado ao longo de mais de 160 bilhões de quilômetros em torno do ponto da órbita mais próximo do buraco negro. E o ponto de maior aproximação está a apenas um pouco mais que 5 bilhões de quilômetros de distância do buraco negro propriamente dito - por pouco não caindo lá dentro”, explica Stefan Gillessen, do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, que liderou a equipe de observação. “A nuvem está tão esticada que atingir o ponto de maior aproximação ao buraco negro é um processo que dura não apenas um instante, mas um longo período de pelo menos um ano.”

A origem da nuvem de gás permanece um mistério, embora não haja falta de ideias sobre este assunto. As novas observações diminuem, no entanto, as possibilidades. O culminar deste evento cósmico único no centro da nossa galáxia está acontecendo e sendo observado de perto por astrônomos em todo o mundo. A extensa campanha de observação fornecerá uma riqueza de dados, revelando mais não somente sobre a nuvem de gás, mas também sobre as regiões próximas do buraco negro, as quais não tinham ainda sido estudadas anteriormente, e os efeitos da gravidade extremamente elevada.

Sonda da Nasa vai tirar foto da Terra a 1,5 bilhão de km

Duas sondas da Nasa, uma que observa Saturno e outra, Mercúrio, estão manobrando para tirar fotos da Terra. A primeira estará a 1,5 bilhão de quilômetros do nosso planeta quando fizer o registro. A agência espacial americana encoraja os entusiastas a acenar para Saturno e compartilhar suas fotos em redes sociais.
O registro de Saturno será feito entre 6h27 e 6h42 (de Brasília) da sexta-feira. A Nasa pede que os fãs de astronomia e o público em geral acenem para o planeta e compartilhem a imagem em uma página da Nasa no Flickr ou no Twitter com a hastag #waveatsaturn.
O registro na verdade será parte de um mosaico de fotos feito pela sonda Cassini que mostrará o sistema de Saturno (planeta e luas) iluminado pelo Sol. Processar a imagem da Terra deve levar alguns dias - enquanto o mosaico todo deverá levar semanas, afirma a Nasa.No caso da sonda Messenger, que orbita Mercúrio, os cientistas notaram que quando ela ia fazer uma busca por possíveis satélites naturais do planeta, entre 19 e 20 de julho, a Terra deve aparecer nas imagens. Os registros devem ocorrer entre 8h49 e 9h38 e também entre 10h41 e 12h49, em ambos os dias.
Ao contrário da sonda em Saturno, a Messenger deve ser capaz de registrar regiões iluminadas da Terra, incluindo Europa, Oriente Médio e Ásia Central. As imagens feitas de Mercúrio também devem levar alguns dias para serem processadas. Mais informações, em inglês, no site http://saturn.jpl.nasa.gov/waveatsaturn.

Com nova descoberta, Hubble eleva para 14 número de luas em Netuno

Imagem obtida pelo telescópio Hubble mostra a localização da lua S/2004 N 1, na órbita de Netuno, a cerca de 4,8 bilhões de quilômetros da Terra
O telescópio espacial Hubble descobriu uma nova lua na órbita de Netuno, elevando para 14 o número de satélites naturais ao redor do planeta gigante. A lua, denominada S/2004 N 1, tem diâmetro estimado em pouco mais de 19 quilômetros, o que a torna a menor do sistema netuniano. Ela é tão pequena e escura que tem o brilho aproximadamente 100 milhões de vezes mais fraco que o menor brilho de uma estrela possível de ser vista a olho nu.
A novidade passou despercebida pela sonda Voyager 2, que cruzou Netuno em 1989 e explorou seus anéis e luas. O satélite foi descoberto em 1º de julho deste ano pelo cientista Mark Showalter, do Seti Institute, da Califórnia, enquanto estudava a região no entorno do planeta. "As luas e arcos orbitam muito rapidamente, então tivemos de inventar uma maneira de seguir seu movimento a fim de descobrir os detalhes do sistema", afirmou o pesquisador. 
O método desenvolvido para encontrar essa nova lua envolveu rastrear o movimento de um ponto branco que aparece repetidas vezes em mais de 150 imagens de arquivo de Netuno tiradas pelo Hubble entre 2004 e 2009.

domingo, 14 de julho de 2013

'Tsunami' varre superfície solar a 400 km por segundo

Dois satélites registraram um "tsunami" se espalhando pela superfície do Sol depois de uma descarga de matéria chamada Ejeção de Massa Coronal - erupções de gás em alta temperatura.
Esse "tsunami" é gerado após a erupção solar e caracteriza-se por um campo magnético em suspensão e gás ionizado em alta temperatura, que varre a superfície solar a uma velocidade de 400km por segundo.
A análise deste fenômeno permitirá aos cientistas prever qual o impacto das ejeções de massa coronal para a Terra.
Se direcionadas a nosso planeta, as partículas geradas na erupção solar podem afetar sistemas de comunicação, redes de transmissão de energia e gerar intensas auroras no céu.
Estes lançamentos enormes de energia magnética - conhecidos como "super flares" (super chamas, na tradução literal) - podem danificar a atmosfera de um planeta em órbita nas proximidades, colocando em risco as formas de vida que eventualmente residam ali.
Felizmente as "super flares" são muito menos frequentes em estrelas de baixa rotação, como nosso Sol.

sábado, 13 de julho de 2013

China pode se tornar único país com estação espacial independente

Wang Yaping, Zhang Xiaoguang e Nie Haisheng acenam para público que acompanhou sua partida em 11 de junho Foto: AP
Uma missão tripulada lançada em junho reafirma o plano da China em concluir sua estação espacial até 2020. A bordo da espaçonave Shenzhou-10 (navio divino), três tripulantes - incluindo a segunda mulher chinesa a ir ao espaço - partiram para o primeiro laboratório espacial da China, Tiangong-1 (palácio celeste). Os "taikonautas" passaram 15 dias em órbita e retornaram com segurança à Terra no dia 26 de junho. A mais longa missão tripulada ao espaço foi considerada por Pequim um sucesso. 

O programa espacial chinês, que também inclui um projeto para enviar um homem à Lua, coloca o país em um novo patamar. A China seria a única nação a contar com uma estação espacial independente, já que a Estação Espacial Internacional (ISS) se deve ao esforço colaborativo de 15 nações. “O programa espacial chinês já está bastante avançado e é perfeitamente capaz de colocar uma estação espacial no espaço até 2020”, aponta João Braga, pesquisador da Divisão de Astrofísica do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE).

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Hubble revela pela primeira vez a verdadeira cor de exoplaneta

Temperatura na atmosfera ultrapassa os 1000 ºC; no planeta, chove vidro


Impressão artística do planeta azul HD 189733b mostra cores que lembram a Terra

Astrônomos determinaram pela primeira vez a verdadeira cor de um planeta na órbita de uma estrela diferente do Sol. Se visto por olhos humanos, o planeta conhecido como HD 189733b seria de um profundo azul cobalto - parecido com as cores da Terra quando vista do espaço. As semelhanças, porém, acabam por aí.
Esse planeta extrassolar azul é um gigante gasoso que orbita muito próximo de sua estrela. A atmosfera ali é abrasadora, com uma temperatura que ultrapassa os 1000 ºC, e lá chove vidro - em partículas de silicato condensado carregadas por ventos de 7 mil quilômetros por hora.
À distância de 63 anos-luz da Terra, esse mundo alienígena é um dos exoplanetas mais próximos de nós que pode ser visto cruzando sua estrela. O HD 189733b tem sido intensivamente estudado pelo Hubble e outros telescópios, e astrônomos descobriram que sua atmosfera é muito variável e exótica, com nevoeiros e violentas erupções. Agora, o planeta foi alvo de um estudo que determinou de maneira inédita a cor visível de um exoplaneta.
"Esse planeta foi bem estudado no passado, mas medir sua cor é algo realmente novo - podemos imaginar de verdade como esse planeta seria se fôssemos capazes de vê-lo diretamente", afirmou Frédéric Pont, da Universidade de Exeter, autor do estudo que será publicado na edição de agosto da revista Astrophysical Journal Letters.
A cor azul desse planeta não é derivada do reflexo de um oceano tropical, mas se deve à turbulenta atmosfera que, acreditam os cientistas, está misturada com partículas de silicato que dispersam luz azul. Para determinar como seria o planeta aos olhos humanos, os astrônomos mediram quanta luz era refletida da superfície do HD 189733b - uma propriedade conhecida como "albedo".

Nova Curiosity vai procurar sinais de vida e definir exploração de Marte

Próximo veículo robótico deve ser lançado pela agência espacial americana em 2020 e promete abrir caminho para humanos no planeta vermelho

Nasa planeja para missão a Marte em 2020 uma estrutura básica que reaproveita o design e a engenharia desenvolvidas para o robô Curiosity, porém inclui novos instrumentos científicos para objetivos diferenciados
O veículo de exploração espacial a ser enviado a Marte pela Nasa - agência espacial americana - em 2020 vai procurar por sinais de vidas passadas, coletar amostras para um possível retorno à Terra e testar a tecnologia destinada a futura exploração humana no planeta vermelho, de acordo com um relatório elaborado por técnicos da agência e apresentado ontem. No documento de 154 páginas, a equipe responsável por definir os objetivos da próxima missão com um robô similar ao Curiosity propôs metas de alta prioridade que podem representar um grande passo rumo ao objetivo definido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de enviar humanos para Marte na década de 2030.
"Elaborar os objetivos de ciência e exploração é um marco crucial para a preparação da nossa próximo grande missão em Marte", afirmou John Grunsfeld, da Nasa. "Esses objetivos se tornarão a base para solicitar instrumentos que devem fazer parte da carga científica nesta etapa emocionante da exploração de Marte."
A Nasa vai promover uma competição aberta para escolher quais instrumentos científicos serão levados ao planeta vermelho em 2020. Esses objetos serão colocados em um veículo robótico semelhante ao Curiosity, que aterrissou em Marte há quase um ano. A Nasa planeja aproveitar o mesmo design - o que, segundo informou, vai ajudar a reduzir os custos e riscos da missão, além de assegurar que o robô será capaz de cumprir os objetivos da missão.
A missão de 2020 deve dar continuidade aos feitos da Curiosity e outros projetos de exploração de Marte. As sondas Spirit e Opportunity descobriram evidências de que houve água em solo marciano. A Curiosity confirmou, recentemente, que as condições ambientais do planeta no passado eram condizentes com a vida microbiológica. Segundo a Nasa, procurar por sinais de vidas passadas é o próximo passo.

Cauda do Sistema Solar é registrada pela 1ª vez por sonda

Imagem mostra como seria a cauda do Sistema Solar Foto: Nasa / Divulgação
Uma sonda da Nasa conseguiu registrar pela primeira vez a cauda do Sistema Solar, divulgou a agência espacial americana nesta quarta-feira. Há muito tempo os cientistas acreditavam que o nosso sistema planetário tivesse, assim como cometa, uma cauda. Ela é um prolongamento da heliosfera (a "bolha" das partículas emitidas pelo Sol) causada pelo nosso deslocamento na Via Láctea, a nossa galáxia.

Os pesquisadores analisaram dados dos três primeiros anos de registros da sonda Ibex, que mapeou os limites do Sistema Solar, algo que outros equipamentos nunca conseguiram. Eles encontraram uma região com dois lóbulos com partículas em baixa velocidade, outros dois com partículas em alta, sendo que a estrutura é retorcida devido à influência de campos magnéticos fora do nosso sistema. Segundo os cientistas, a figura formada lembra um trevo de quatro folhas e pode ser explicada pelo fato de o Sol enviar as partículas mais rápidas de seus polos e as mais lentas da região equatorial.

Quando o Sol ejeta partículas, elas viajam uma enorme distância, muito além dos planetas, até mudar de direção e se juntar ao fluxo criado pelo nosso movimento no material interestelar. Essas partículas acabam na cauda do Sistema Solar e ficam para trás. Assim, ao acharmos essa "heliocauda", como chamam os cientistas, temos uma ideia da direção na qual nosso sistema está se movendo na Via Láctea.

"A cauda é nossa pegada na galáxia, e é emocionante que estamos começando a entender sua estrutura", diz Eric Christian, cientista da missão. "O próximo passo é incorporar essas observações em nossos modelos e começar o processo de realmente entender a heliosfera."

EUA: parlamentares propõem criação de parque nacional na Lua

Dois parlamentares democratas americanos propuseram que seja construído um parque nacional bem longe dos Estados Unidos - na Lua. Donna Edwards e Eddie Bernice Johnson afirmam que a ideia é preservar os locais de pousos das missões Apollo no nosso satélite natural para as gerações futuras. As informações são da Fox News.
O medo dos parlamentares é que a possível exploração comercial da Lua acabe com as marcas deixadas pelos astronautas. O projeto de lei prevê ainda a possibilidade de doações, serviços de turismo e escritórios administrativos em locais "razoavelmente próximos ao parque histórico".

Curiosity registra rastros deixados durante trajeto em Marte

 

Imagem feita por uma das câmeras do robô americano Curiosity mostra os rastros deixados pelo equipamento no solo marciano. Segundo a Nasa, o registro foi feito quando o robô saía do último ponto analisado na área de Glenelg.Os rastros com marcação mais fraca, à direita, foram deixados pela Curiosity em outro trajeto pela área, há sete meses. O trajeto da sonda até o monte Shaler, seu último destino, ainda levará muitos meses.


O principal objetivo do Curiosity em Marte, no entanto, já foi cumprido. Em março a Nasa anunciou que análises minerais do interior de uma rocha demonstraram que o planeta pode ter abrigado vida microbiana no passado.

O Curiosity, que tem seis rodas, é o robô mais sofisticado enviado até agora a outro planeta, com dez instrumentos científicos a bordo. Em agosto de 2012, o jipe pousou sobre a cratera de Gale para uma missão de exploração de ao menos dois anos.

Fotos e ângulos diferentes revelam os 'segredos' do Sol

 
Diferentes técnicas fotográficas e ângulos mostram alguns dos "segredos" do Sol, o astro soberano do nosso sistema.
Em algumas das imagens, o Sol é visto com poucas mudanças em relação à sua observação mais comum, a olho nu.
Mas câmeras especiais que captam luz ultravioleta revelam detalhes que escapam aos olhos. Assim, é possível perceber detalhes, como manchas e variações de temperaturas que podem ultrapassar 1 milhão de graus Celsius.
Ângulos diferentes também mostram como o Sol é visto do espaço, inclusive com detalhes de como as massas solares afetam o campo magnético da Terra, produzindo, por exemplo, o fenômeno da aurora.

Vulcão no México é um dos principais observatórios astronômicos do mundo

Um centro astrofísico instalado no vulcão de Sierra Negra, no México, se transformou em uma grande janela para que os cientistas do mundo analisem, observem e avancem nos conhecimentos sobre o Universo, disseram à Agência Efe especialistas mexicanos.

Astrônomos, físicos e astrofísicos de diversas instituições mexicanas e estrangeiras fazem observações através do Grande Telescópio Milimétrico e outros equipamentos que ficam no topo do vulcão de Sierra Negra, no estado de Puebla, a mais de 4.600 metros acima do nível do mar.

"Devemos aproveitar um lugar com características raras em nível mundial, em particular a altitude de mais de 4.000 metros e com condições meteorológicas toleráveis, para desenvolver experimentos científicos que tenham impacto", explicou o diretor do Instituto Nacional de Astrofísica, Ótica e Eletrônica (INAOE), Alberto Carramiñana.

"O vulcão Sierra Negra se transformou em um centro astrofísico que atrai o interesse de cientistas de todo o mundo", disse o doutor em Física José Francisco Valdés, do Instituto de Geofísica da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM).

Carramiñana explicou que desde o início da construção do projeto do Grande Telescópio Milimétrico (GTM) em Sierra Negra, o maior radiotelescópio de sua categoria no mundo, atraiu a atenção da comunidade científica mundial, desde 1997.

O GTM, construído pelo INAOE e pela Universidade de Massachusetts mediante o investimento de US$ 180 milhões, permitirá avançar no estudo da formação das estruturas do Universo junto com outros radiotelescópios.

Além do GTM, em Sierra Negra se trabalha com um Telescópio de Nêutrons Solares, que "começou a operar há relativamente pouco tempo, e o detector que acaba de ser instalado é uma versão mais sofisticada e um experimento interessante", acrescentou Valdés.

Recentemente, foi instalado um supertelescópio que capta os raios cósmicos, doado pelo Japão e que por enquanto é o "o maior e mais preciso do mundo, capaz de detectar partículas solares".

Segundo Valdés, esta ferramenta poderá detectar qualquer tipo de partículas que venham do espaço, como múons, pósitrons, nêutrons, elétrons e raios gama.

Valdés, que foi diretor do Instituto de Geofísica da UNAM, explicou que este telescópio é "um aparelho único em nível mundial para a observação de partículas que resultam da atividade solar e chegam ao nosso planeta".

Sucesso da Voyager só seria repetido em 150 anos, diz astrofísico brasileiro

Até a próxima terça-feira, o Rio de Janeiro recebe a 33ª Conferência Internacional de Raios Cósmicos, que reúne os melhores físicos e astrofísicos do mundo inteiro e que pela primeira vez acontece na América Latina. Cerca de mil pesquisadores de todo o mundo, incluindo o prêmio Nobel de Física de 1976, Samuel Ting, que fala nesta segunda-feira para o público, participam do evento promovido pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Um dos organizadores, o professor Ulisses Barres, formado pela  Universidade de São Paulo (USP) e com doutorado em Londres, conversou sobre o evento e sobre o momento atual da física no Brasil. 
É a primeira vez que o evento acontece na América Latina. Por que no Brasil?
Barres: Acho que é um sinal claro da maturidade que o País vêm atingindo em ciência. Um apoio sólido por parte do governo, do financiamento. Os brasileiros que participam da conferência são muitos, e quase todos envolvidos nos projetos que estão sendo apresentados aqui. É um bom indicador.Voyager 1 cruza autoestradas magnéticas nesta ilustração: cientistas acreditam que sonda está na última região da heliosfera Foto: Nasa / AP

sábado, 6 de julho de 2013

ONU: lixo espacial é ameaça para comunicações na Terra

As conexões telefônicas internacionais, os sinais de televisão e alguns serviços de internet dependem necessariamente do uso de satélites, que, devido à enorme quantidade de lixo espacial que orbita ao redor da Terra, se encontraram ameaçados.

Especialistas das Nações Unidas (ONU) e da Nasa já fizeram diversos alertas sobre o crescente perigo em torno do lixo espacial, inclusive para a vida dos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

"O lixo espacial é um perigo para todos nossos sistemas de funcionamento por satélite", explicou à agência EFE a diretora do Escritório das Nações Unidas para o Espaço Exterior, a astrofísica Mazlan Othman.

De acordo com Mazlan, "tudo que sobe ao espaço no final se transforma em lixo, o que gera um grande problema, ainda mais com as colisões de satélites que costumam deixar muito lixo no espaço".

Carcaça de foguetes, satélites abandonados e, inclusive, lixo procedente de mísseis orbitam ao redor da Terra em grande velocidade, a cerca de sete quilômetros por segundo, o que também ameaça o futuro da exploração espacial.

No total, há 500 mil resíduos espaciais de diversos tamanhos no espaço, embora somente 20 mil sejam considerados os mais perigosos, ou seja, com pelo menos 10 cm. "Se a humanidade deixasse de enviar artefatos ao espaço, o problema continuaria aumentando, já que as peças continuam se chocando e se multiplicando", lamentou Mazlan.

Uma só colisão entre dois satélites ou grandes pedaços de carcaças podem gerar milhares de pequenas peças, cada uma delas capaz de destruir outros artefatos espaciais.

Até o momento não existe nenhuma tecnologia capaz de limpar o espaço desta ameaça, enquanto a única coisa que pode ser feita neste aspecto é fazer com que os lançamentos espaciais sejam mais limpos.

"O que podemos fazer é encorajar todos os países a tomarem medidas para minimizar a emissão de lixo espacial, já que, às vezes, não é possível evitá-la, mas sim minimizá-la", disse a especialista.

Segundo a astrofísica, "a tecnologia citada ainda não foi desenvolvida e poderia ser muito cara. "Não sabemos ainda como vamos eliminar este lixo e nem onde poderíamos armazená-los caso eles descessem à Terra", completou.

Os satélites que fornecem os sistemas de localização global - como o americano GPS, o europeu Galileu e o russo Glonass - e os de previsões meteorológicas, entre outros, também correm o mesmo perigo.

Neste aspecto, os fragmentos menores são tão perigosos quanto os grandes, tendo em vista que os mesmos se deslocam com mais velocidade e porque são mais difíceis de serem localizados antes do impacto.

"Esse lixo é muito difícil de ser detectado e pode ser muito prejudicial, mesmo sendo fragmentos muito pequenos, porque se movimentam a uma velocidade de aproximadamente sete quilômetros por segundo", explicou à EFE Lindley Johnson, diretor do Programa de Objetos Próximos à Terra da Nasa.

Nos últimos anos, os astronautas da ISS tiveram que buscar várias vezes refúgio nas naves Soyuz, que são acopladas a ela, pelo perigo da proximidade de um fragmento de lixo espacial de grande porte.

O lixo espacial também representa um risco para o trabalho dos astronautas no exterior de suas naves, já que qualquer impacto de lixo espacial, inclusive de fragmentos pequenos, poderia afetar os seus trajes pressurizados, um fato que teria trágicos resultados.

Johnson acredita que, por enquanto, a única coisa que pode ser feita é "tratar que os lançamentos espaciais sejam mais limpos", com uma tecnologia capaz de reter os componentes físicos que costumam se desprender durante a subida das naves espaciais.

O especialista da Nasa assegura que existem vários projetos privados em andamento que buscam capturar esses resíduos.

"Primeiro é preciso eliminar as peças maiores, como os corpos de projéteis e os satélites que deixaram de funcionar", ressaltou Johnson, embora ainda não exista uma data fixa sobre quando esta tecnologia poderá ser utilizada de forma prática.

Em 2007, a China destruiu com um míssil seu satélite climatológico Fengyun 1C, o que gerou uma nuvem de milhares de fragmentos perigosos, sendo que um deles colidiu com um satélite russo no início deste ano.

Em maio, o nanossatélite Pegaso, o primeiro fabricado no Equador e que foi lançado em abril, se chocou com um fragmento de um foguete soviético de 1985 e, desde então, não teve seu sinal recuperado.

Fontes ligadas à ONU, que pediram para se manterem em anonimato, dizem que uma solução para este crescente problema deve ser alcançada com urgência, dado que potências emergentes, como China e Índia, têm ambiciosos projetos espaciais, um fato que poderia multiplicar a quantidade de lixo em órbita e suas consequências.

Segundo as previsões da Agência Espacial Europeia, o lixo espacial triplicará nos próximos 20 anos.

Físico americano: estamos perto de marco histórico da conquista espacial

Um objeto feito pelo homem está próximo de romper a barreira do Sistema Solar. Viajando pelo espaço desde 1977, a sonda espacial Voyager I está em uma zona de turbulência e em pouco tempo pode enviar informações que o homem ainda não conhece. Um dos responsáveis pelo projeto é o físico Ed Stone, do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Ele está no Brasil participando da 33ª Conferência Internacional de Raios Cósmicos, que acontece até o próximo dia 9 de Julho no Rio de Janeiro e falou durante 20 minutos para um auditório lotado e uma plateia repleta de cientistas de todas as partes do mundo.Depois da palestra, Stone conversou com o Terra sobre as últimas notícias recebidas através da Voyager I. Ele falou sobre a importância do rompimento da barreira do Sistema Solar e ainda sobre as expectativas com novas descobertas. O pesquisador ainda falou sobre a expectativa de encontrar vida fora da Terra. "Eu acredito em vida microbiológica extraterrestre. Agora de vida inteligente não digo, porque na Terra não tivemos vida inteligente até bem pouco tempo atrás. Mas não há dúvidas de que a chave vai ser encontrar vida microbiológica".

Astronautas leiloam artefatos para proteger a Terra de asteroides

Dois astronautas estão leiloando artefatos pessoais levados ao espaço em um esforço para ajudar a proteger a Terra de asteroides. Os americanos Rusty Schweickart e Ed Lu colocaram à venda medalhas, bandeiras e broches que usaram em missões espaciais para apoiar o lançamento do telescópio privado Sentinel, desenvolvido com o objetivo de descobrir, mapear e rastrear asteroides com órbitas próximas da Terra que possam ameaçar a vida humana no planeta."Queremos, literalmente, salvar o mundo", afirmou Edward Tsang "Ed" Lu, que lidera a B612 Foundation, uma organização sem fins lucrativos dedicada a abrir as fronteiras do espaço à exploração e a proteger a humanidade do impacto de asteroides. "O dinheiro obtido através do leilão não vai servir apenas para apoiar a missão Sentinel, mas também esperamos que a divulgação da nossa causa  vai ajudar todo mundo a perceber que pode realmente ter um papel importante na proteção do nosso planeta de uma forma real e concreta, disse o astronauta.A venda, organizada por meio do eBay, começou em 27 de junho e segue até o próximo domingo, dia 7 de julho. Os interessados podem dar um lance em quaisquer dos oito lotes à venda - cinco de Schweickart e três de Lu - no site b612auction.com.Schweickart, que participou em 1969 da missão Apollo 9, que testou como seria voar no módulo lunar que levaria os americanos à Lua, contribuiu com o leilão oferecendo uma bandeira dos Estados Unidos (medindo 10 por 15 centímetros) que o acompanhou na órbita da Terra por 10 dias. Ele também está leiloando dois pequenos broches prateados no formato de veículos espaciais, entre outros itens. Ed Lu pôs à venda três brasões bordados, um de cada missão da qual ele participou. A iniciativa surge um ano depois de a B612 Foundation anunciar os planos de lançar um telescópio destinado a catalogar 90% dos asteroides próximos à Terra com mais de 140 metros. A missão, com custo estimado em US$ 450 milhões, está prevista para 2017. Até abril, haviam sido arrecadados US$ 2 milhões para o projeto.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Estudo: galáxias "devoram" matéria ao redor para se formar

Impressão artística mostra uma galáxia a "apenas" dois bilhões de anos após o Big Bang durante o processo de absorver matéria ao seu redor Foto: Divulgação 
Cientistas do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) conseguiram observar uma galáxia no processo de absorção de gás do exterior, a melhor evidência direta obtida até o momento para sustentar as teorias existentes sobre sua formação.
As observações, feitas com o telescópio VLT que fica no deserto do Atacama (Chile), reforçam as teorias que defendem que as galáxias atraem e "consomem" matéria próxima para possibilitar a formação estelar e impulsionar a própria rotação.
O objeto de estudo, que deu origem a conclusões publicadas nesta quinta-feira em um artigo na revista Science, foi um estranho alinhamento entre uma galáxia distante e um quasar - núcleo brilhante alimentado por um buraco negro supermassivo.
"Este tipo de alinhamento é muito incomum e nos permitiu fazer observações únicas", explicou o autor principal do artigo, Nicolas Bouché, em comunicado divulgado pelo ESO, sediado em Garching (Alemanha).
A luz do quasar atravessa o material que rodeia a galáxia antes de chegar à Terra, o que faz com que seja possível explorar de forma detalhada as propriedades do gás que se encontra no entorno da galáxia.

"Estes novos resultados nos oferecem a melhor visão obtida até o momento de uma galáxia em pleno processo de 'ingestão'", ressaltou o ESO.

Durante o processo de criação de novas estrelas, as galáxias esgotam rapidamente suas reservas de gás, que, por isso, deve ser reposto gradualmente para que a atividade possa continuar.

O coautor do artigo, Michael Murphy, garantiu que as propriedades deste gás são exatamente as que os cientistas esperavam encontrar, já que se movimenta como supunham, além de estar presente nas quantidades e composição corretas estipuladas nos modelos previamente desenvolvidos.

Poeira espacial, uma ameaça a ser levada a sério nas missões lunares

As próximas missões espaciais à Lua, como as planejadas por China e Índia, poderão ser prejudicadas pela poeira espacial, uma ameaça pouco conhecida e subestimada que pode afetar máquinas e seres humanos, advertem os cientistas.

Simulações conduzidas por pesquisadores franceses e britânicos mostram que, em certas zonas da Lua, a poeira torna-se uma força eletrostática que supera a da gravidade lunar, de acordo com uma apresentação durante a conferência anual da Royal Astronomical Society britânica realizada em Edimburgo.

Resultado: a poeira lunar permanece suspensa acima da superfície do solo, formando uma nuvem cinzas de partículas minúsculas pegajosas e abrasivas que dificultam a visibilidade, cobrem os painéis solares e infiltram-se nas menores brechas dos mecanismos, alertam os pesquisadores.

Além disso, como alguns tipos de poeira lunar são ricos em ferro, podem também ser tóxicos para os seres humanos se entrarem por entre suas vestimentas.

Para Farideh Honary, da Universidade britânica de Lancaster, a poeira lunar já havia sido identificada como um potencial risco para os astronautas americanos das missões Apollo, mas só agora é que os cientistas estão começando a pesquisá-la mais profundamente, com o interesse renovado de alguns países em realizar missões à lua.

"Precisamos estudar a poeira com mais detalhes e fazer mais medições antes de enviar missões tripuladas", declarou Honary à AFP.

Em uma simulação de computador apresentada esta semana em Edimburgo, a pesquisadora demonstrou que a poeira não se comporta da mesma forma em toda a superfície da lua.

A força eletrostática que a faz levitar e aderir a superfícies está relacionada à exposição aos raios ultravioletas do sol, que repele os elétrons - com carga negativa - e, assim, dão à poeira uma carga elétrica positiva.

Mas, por outro lado, à noite ou na sombra, o vento solar (fluxo de partículas emitidas pelo Sol) atrai os elétrons de poeira, dando-lhes uma carga negativa.

Em outras palavras, é principalmente nas zonas da Lua onde o Sol está se levantando ou se pondo que a poeira mais se movimenta, quando as partículas de poeira com cargas elétricas opostas se atraem, em vez de cair no chão discretamente sob a influência da gravidade.

"Os engenheiros realmente devem levar isso em conta", ressalta Farideh Honary.

Segundo ela, uma boa opção seria a construção de veículos para andar na superfície da lua ("rovers") em forma de cúpula, permitindo que a poeira caia mais facilmente. Já um veículo em forma de caixa, muito angular ou com superfícies ásperas ou muito planas, tenderia a acumular poeira, o que seria prejudicial ao funcionamento deste.

A China anunciou recentemente que pretende enviar um robô de exploração à Lua no segundo semestre deste ano, para realizar um levantamento da área.

As autoridades indianas também sugeriram o envio de um rover em 2015

Pode haver vida em 60 bilhões de exoplanetas na Via Láctea, diz estudo

Apesar de apenas alguns exoplanetas potencialmente habitáveis terem sido detectados até hoje, cientistas afirmam que o universo deve estar repleto de mundo alienígenas capazes de abrigar vida. A Via Láctea sozinha pode ter 60 bilhões desses planetas em torno de estrelas anãs-vermelhas, conforme aponta uma nova estimativa.

Baseando-se em informações do "caçador de planetas" Kepler, telescópio espacial utilizado pela Nasa - a agência espacial americana - para a busca de exoplanetas, cientistas calcularam que deve haver um planeta do tamanho da Terra na zona habitável de cada anã-vermelha, o tipo de estrela mais comum. Agora, porém, um grupo de pesquisadores dobrou essa estimativa, depois de considerar que a cobertura de nuvens pode ajudar um mundo alienígena a sustentar formas de vida.As nuvens provocam aquecimento e tornam a Terra mais fria", afirmou em um comunicado o cientista Dorian Abbot. "Elas refletem a luz do Sol para esfriar as coisas, e absorvem radiação infravermelha da superfície para fazer o efeito estufa. Isso é parte do que torna o planeta quente o suficiente para abrigar vida", disse o pesquisador da Universidade de Chicago.

A zona habitável é definida como a região onde o planeta conta com temperatura adequada para conservar água em estado líquido na superfície - o que, segundo se entende, é uma condição necessária para o desenvolvimento das formas de vida como as conhecemos. Se o planeta está muito distante de sua estrela, a água congela; se está muito próximo, a água evapora. Como as anãs-vermelhas são mais escuras e frias que o nosso sol, sua zona habitável é mais "aconchegante" que a do Sistema Solar.

Pathfinder: espaçonave começou a explorar Marte há 16 anos

Mars Pathfinder enviou com sucesso sua primeira transmissão em 1997; acima, uma das imagens Foto: Nasa / Divulgação
Lançada em 4 de dezembro de 1996, a Mars Pathfinder foi a primeira da frota de espaçonaves que exploraria Marte durante aquela década. Depois de uma jornada sem imprevistos, a nave espacial pousou com segurança na superfície marciana no dia 4 de julho de 1997. A primeira leva de informações e imagens foi recebida na Terra naquele mesmo dia. O veículo continuou enviando informações ao longo de três meses.
Depois de operar na superfície do planeta vermelho por um tempo três vezes maior que o esperado e enviar grande quantidade de dados, a missão Pathfinder completou seu último ciclo de transmissão em 27 de setembro daquele ano. Esse programa, considerado de baixo custo (US$ 280 milhões) e alta eficiência pela Nasa - a agência espacial americana - cumpriu seus objetivos científicos e abriu caminho para as sondas que atualmente mapeiam Marte: Spirit e Opportunity.

A missão enviou cerca de 2,6 gigabits de informações, que incluíram mais de 16 mil imagens da paisagem marciana e aproximadamente 8,5 milhões de medições de temperatura, pressão e força dos ventos em Marte.

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