quinta-feira, 11 de julho de 2013

Vulcão no México é um dos principais observatórios astronômicos do mundo

Um centro astrofísico instalado no vulcão de Sierra Negra, no México, se transformou em uma grande janela para que os cientistas do mundo analisem, observem e avancem nos conhecimentos sobre o Universo, disseram à Agência Efe especialistas mexicanos.

Astrônomos, físicos e astrofísicos de diversas instituições mexicanas e estrangeiras fazem observações através do Grande Telescópio Milimétrico e outros equipamentos que ficam no topo do vulcão de Sierra Negra, no estado de Puebla, a mais de 4.600 metros acima do nível do mar.

"Devemos aproveitar um lugar com características raras em nível mundial, em particular a altitude de mais de 4.000 metros e com condições meteorológicas toleráveis, para desenvolver experimentos científicos que tenham impacto", explicou o diretor do Instituto Nacional de Astrofísica, Ótica e Eletrônica (INAOE), Alberto Carramiñana.

"O vulcão Sierra Negra se transformou em um centro astrofísico que atrai o interesse de cientistas de todo o mundo", disse o doutor em Física José Francisco Valdés, do Instituto de Geofísica da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM).

Carramiñana explicou que desde o início da construção do projeto do Grande Telescópio Milimétrico (GTM) em Sierra Negra, o maior radiotelescópio de sua categoria no mundo, atraiu a atenção da comunidade científica mundial, desde 1997.

O GTM, construído pelo INAOE e pela Universidade de Massachusetts mediante o investimento de US$ 180 milhões, permitirá avançar no estudo da formação das estruturas do Universo junto com outros radiotelescópios.

Além do GTM, em Sierra Negra se trabalha com um Telescópio de Nêutrons Solares, que "começou a operar há relativamente pouco tempo, e o detector que acaba de ser instalado é uma versão mais sofisticada e um experimento interessante", acrescentou Valdés.

Recentemente, foi instalado um supertelescópio que capta os raios cósmicos, doado pelo Japão e que por enquanto é o "o maior e mais preciso do mundo, capaz de detectar partículas solares".

Segundo Valdés, esta ferramenta poderá detectar qualquer tipo de partículas que venham do espaço, como múons, pósitrons, nêutrons, elétrons e raios gama.

Valdés, que foi diretor do Instituto de Geofísica da UNAM, explicou que este telescópio é "um aparelho único em nível mundial para a observação de partículas que resultam da atividade solar e chegam ao nosso planeta".

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